Depois da fome, da guerra
Da prisão e da tortura
Vi abrir-se a minha terra
Como um cravo de ternura
Vi nas ruas da cidade
O coração do meu povo
Gaivota da Liberdade
Voando num Tejo novo
Agora o povo unido
Nunca mais será vencido
Nunca mais será vencido
Vi nas bocas, vi nos olhos
Nos braços, nas mãos acesas
Cravos vermelhos aos molhos
Rosas livres portuguesas
Vi as portas da prisão
Abertas de par em par
Vi passar a procissão
Do meu país a cantar
Nunca mais nos curvaremos
Às armas da repressão
Somos a força que temos
A pulsar no coração
Enquanto nos mantivermos
Todos juntos lado a lado
Somos a glória de sermos Portugal ressuscitado
(Poema: J.C. Ary dos Santos e é
cantado por InClave+Tonicha+Fernando Tordo)
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