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Jardim acusa Governo de levar Portugal
"para o abismo"
O líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, acusou
o Governo da República de estar a levar Portugal "para
o abismo" e de falta de capacidade e competência para
mudar o país. Alberto João Jardim falava na festa
anual do PSD Madeira, no planalto do Chão da Lagoa, nas
serras do Poiso.
"O Governo da República não tem condições,
capacidade e competência para mudar o país e está
a trazer-nos para o abismo", afirmou o líder do PSD-Madeira.
"Ou nos vemos livres de José Sócrates ou daqui
a um ano ou dois o país está irrecuperável",
acrescentou. Jardim acusou ainda o PS de estar a impor um garrote
económico à região."O que nos estão
a fazer é miserável, para ver se nos vendemos e
votamos naquele tipo de gente", afirmou.
O presidente do Governo regional da Madeira afirmou ainda que
"oaparelho da Justiça em Portugal está politizado
nas mãos da Esquerda".
Jardim, que está de luto devido à morte da mãe,
sábado no Funchal, surgiu no palco, depois de ter sido
chamado várias vezes, vestido de preto e foi aplaudido
pelos muitos milhares de pessoas que se concentravam no local.
Começou por dizer que a autonomia "não é
mais como uma experiência, mas um direito histórico
do povo madeirense" conquistado nos últimos 30 anos
e sublinhou que esta conquista "é um percurso muito
longo que vai passar de geração em geração".
"Não temos a preocupação da unidade,
nem que todos estejam de acordo, o que queremos é que esta
maioria tenha capacidade de não ceder a intrigas e invejas
para continuar a fazer da autonomia o sucesso que foram estes
30 anos" afirmou. "Queremos sempre a autonomia no seio
da nação portuguesa e não podemos desculpar
que, apesar desta fidelidade, indivíduos em Lisboa nos
caluniem e diga m mentiras", considerou.
Madeira sempre fez resistência pacífica
Invocou o exemplo de Ghandi para salientar que a Madeira sempre
fez "resistência pacífica", um modelo que
pretende continuar a seguir, alegando que a região não
"é violenta ou separatista”. "Se há
alguém a quem os portugueses devem reconhecer patriotismo,
dignidade e honra de ser português é a nós,
pagamos o preço e, mesmo na diferença, somos sempre
os melhores portugueses", salientou.
Jardim realçou que a unidade interna do partido é
imprescindível". Os adversários sabem que só
podem rebentar o PSD-M pordentro" - referindo que existe
"um pacto de sangue entre os autonomistas social-democratas
para estarem sempre juntos". Voltou a defender o princípio
da unidade diferenciada nas três parcelas do território
português (Continente, Madeira e Açores), dizendo
que esta região rejeita "o presente modelo político
que Lisboa quer impor a todos os portugueses".
Disse ainda não existir pluralismo de informação
em Portugal e que se vive uma "caricatura de democracia".
Teceu duras críticas à política educativa
do Governo que, sustentou, está a fomentar uma "forma
perigosa de sociedade"composta "por medíocres,
sem capacidade crítica". Para Jardim, "a política
económica que José Sócrates quer impor ao
país destina-se a camuflar, a esconder, a destruição
de valores na sociedade portuguesa".
Apontou ainda a existência de "colaboracionistas madeirenses
(políticos e jornalistas)", de "calças
arreadas e rabo virado para Lisboa". O líder do PSD-M
considerou ainda a Constituição Portuguesa "inadequada
" e, embora reconheça que tem alguns aspectos positivos,
disse que "é preciso mudar" o diploma.
Concluiu apelando ao contributo da sociedade civil para conseguir
um acordo para a revisão constitucional em 2009.
José Sócrates: “Zé
Mentiroso e arrogante”
Nas restantes intervenções políticas na festa-comício
do PSD-M, as baterias estiveram apontadas também para o
primeiro-ministro e a política seguida pelo Governo socialista.
Foi o caso do secretário-geral do PSD/M, Jaime Ramos, que
apelou ao Presidente da República para que "esteja
atento e ponha cobro às atitudes inconstitucionais do Zé
Mentiroso e arrogante", referindo-se ao primeiro-ministro,
José Sócrates.
"Ponha cobro a este descalabro, este plano inclinado para
um poço que o país está a seguir. Há
esperança que algo mude neste país e nós
vamos lutar até o fim para que a Madeira não seja
subjugada por Lisboa", disse.
Quanto ao presidente da câmara do Funchal, Miguel Albuquerque,
considerou que "desde há muitos anos Portugal está
doente, mascom este governo socialista o país moribundo".
Por seu turno, o dirigente da JSD-M, Jaime Filipe Ramos, criticou
os "ataques baixos e sujos do PS para prejudicar a Madeira",
afirmando que "o povo da Madeira não escolheu democraticamente
os socialistas e José Sócrates, mas o PSD
e Alberto João Jardim".
Muitos milhares de pessoas concentraram-se no planalto do Chão
da Lagoa para a festa anual do PSD-M, que voltou a não
ter a presença do líder nacional do partido.
Animação musical teve como cabeça de cartaz
Tony Carreira e os Gomo, mas havia ainda desporto radical e outras
actividades recreativas.
Açores e Madeira beneficiam de
regime
de apoio a frotas de pesca
A Comissão Europeia propôs esta semana que terminou,
em Bruxelas, a prolongação até ao fim do
corrente ano do actual regime de auxílios públicos
à modernização e renovação
das frotas de pesca nos Açores e Madeira.
Para o executivo comunitário "são necessárias
condições específicas para estas regiões,
atendendo à importância dos respectivos sectores
das pescas, bem como às particularidades da sua situação
estrutural, social e económica".
Nos termos da regulamentação comunitária,
a introdução de um navio na frota de pesca deve
ser compensada pela retirada de capacidades pelo menos equivalentes.
Contudo, Açores e a Madeira, as ilhas Canárias e
os departamentos franceses da Guiana e a Reunião irão
até ao fim do ano poder introduzir novas capacidades na
frota sem retirar capacidades equivalentes, no respeito de determinados
limites ("níveis de referência").
Os auxílios públicos à renovação
dos navios de pesca foram suspensos, no Continente, a partir de
1 de Janeiro de 2005 e omesmo deveria também ter acontecido
nas regiões ultraperiféricas comunitárias
a partir do início do corrente ano.
Os auxílios à modernização podem ser
concedidos aos navios comunitários a título de várias
medidas, nomeadamente utilização de artes de pesca
mais selectivas e melhoria da higiene e da qualidade dos produtos
da pesca a bordo.
A concessão destes auxílios é, regra geral,
sujeita à condição de os auxílios
não dizerem respeito à capacidade em termos de arqueação
ou de potência, não se aplicando, no entanto, esta
condição às regiões ultraperiféricas.
A proposta da Comissão relativa à prorrogação
das derrogações segue-se à adopção
pelo Conselho, em Junho de 2006, do regulamento sobre o Fundo
Europeu para as Pescas, acompanhado de uma declaração
conjunta do Conselho e da Comissão relativa às frotas
das regiões ultraperiféricas.
Madeira quer sensibilizar agências viagens
para destino com promoção
A Madeira quer atrair mais portugueses do continente e vai apostar
em acções de sensibilização das agências
de viagens que dão pouca relevância a este destino
face a outros concorrentes, defendeu o secretário regional
do Turismo e Cultura da Madeira, João Carlos Abreu, em
declarações à Agência Lusa. O responsável
escusou-se a avançar o valor do investimento destinado
à promoção para este objectivo, mas uma informação
do Turismo da Madeira refere que o valor será de cerca
de 1,8 milhões de euros.
O responsável da Madeira explicou que "as agências
de viagens dão mais relevo a outros destinos [concorrentes
à ilha], o que pode ter a ver com preços, mas também
com o interesse em transportar clientes para cursos mais longos".
No entanto, não deixa de admitir os preços elevados
do transporte aéreo para a Madeira, "embora os charters
[voos não regulares] consigam ser mais baratos".
Um estudo da Deloitte apresentado conclui que há muito
desconhecimento da Madeira junto dos continentais, refere João
Carlos Abreu, e o objectivo é promover-se para aumentar
o número de turistas das várias regiões portuguesas,
principalmente do norte, centro e Lisboa, aquelas que considera
terem mais potencial para este destino.
Por outro lado, a meta contempla também subir a estadia
média dos turistas portugueses, que actualmente é
de 3,5 dias contra seis a sete dias dos outros visitantes.
Por isso, vão ser realizadas várias acções
de divulgação e promoção, também
junto dos consumidores finais, apelando à diversidade dos
produtos oferecidos pela Madeira, da paisagem, ao sol e praia,
gastronomia, cultura, desportos náuticos, que, no entanto,
devem ser apresentados como um todo, defende o secretário
regional.
Os planos do Turismo da Madeira incluem acções de
promoção "mais agressivas" junto das agências
de viagens e dos "próprios balconistas que estão
em contacto directo com os potenciais viajantes e lhes dão
conselhos acerca de destinos".
Os funcionários das agências de viagens deverão
mesmo ser convidados a visitar a Madeira e Porto Santo para conhecer
todas as possibilidades que oferecem, acrescenta.
Os segmentos definidos como alvo integram os congressos e incentivos,
seminários ou grupos, além dos turistas individuais.
O consumidor final não é esquecido é deve
ser alvo de campanhas, onde o tema escolhido para o lema 'Body.Mind'
para as campanhas internacionais e que "tem funcionado muito
bem", terá de ser adaptado.
O que se pretende é transmitir a ideia de que a Madeira
é o local ideal para o repouso do corpo e da mente, uma
imagem apresentada na Bolsa de Turismo de Lisboa, em Janeiro.
"A Madeira foi o terceiro destino mais escolhido entre os
portugueses em 2005 e este ano já está em primeiro
lugar", avança João Carlos Abreu. Os continentais
ocupam o primeiro lugar entre os turistas a chegar à Madeira,
seguindo-se os ingleses e os alemães.
De acordo com o estudo de mercado da Deloitte, a estratégica
de captação de turistas do continente para a Madeira
e Porto Santo deve ser traçada à medida de cada
uma das ilhas, que são distintas, por segmento de mercado
e por motivação.
Apesar da Madeira ser identificada com oferta hoteleira de qualidade,
com preço elevado, para classes etárias mais velhas,
existe uma oferta turística diferente e inovadora ligada
a investimentos mais recentes que ainda é desconhecida
do público, salienta a Deloitte.
Por isso, a estratégia de captação de turistas
para a Madeira baseia-se no reposicionamento do destino, com quatro
"marcas" de prestígio: "Momentos",
"Glamour", "First Time" e "Team Spirit",
orientada para grupos-alvo das classes alta e média-alta,
pessoas activas, individuais, casais ou pequenos grupos.
Para Porto Santo, a estratégia assenta na diferenciação
do destino, segmentando em três marcas "Amantes do
Tempo", "Happy Family" e "Once in a Lifetime",
e vocacionado para grupos-alvo de classes alta e média-alta,
pessoas activas, individuais e famílias.
Três em cada 100 portugueses do
continente
visitam Madeira e Açores
Mais de 3 em cada 100 portugueses que passam férias em
Portugal mas fora de casa visitaram a Madeira e os Açores,
divulgou um estudo realizado pela Deloitte a pedido da secretaria
Regional da Madeira.
Segundo o estudo, baseado em dados de 2004, do total da população
portuguesa que passou férias fora da residência habitual
e em Portugal, 3,3 por cento foram para as ilhas e, destes, mais
de metade (53,8 por cento) escolheu a Madeira.
Estes visitantes foram para a Madeira atraídos pelos desportos
náuticos, pela beleza natural, pelo clima e pela qualidade
das unidades hoteleiras e, apesar de algumas dificuldades, 90
por cento ficou muito satisfeito com as férias.
Mais de metade (52 por cento) dos turistas portugueses que vão
à Madeira são oriundos de Lisboa e Porto, seguindo-se
Coimbra e Santarém.
Actualmente, a quota de hóspedes nacionais representa cerca
um quarto (26 por cento) do total de visitantes registados nos
estabelecimentos hoteleiros da Madeira.
Para caracterizar o turista português que visita a Madeira,
a Deloitte apresenta os resultados de inquéritos efectuados
onde concluiu que as actividades e imagens associadas à
ilha se relacionam com flores e jardins (19 por cento das respostas),
com sol e mar (10 por cento) e com caminhadas, bem-estar/SPA e
aventura (todos com oito por cento). Por isso, 27 por cento referem
os desportos náuticos e 10 por cento o golfe como actividades
turísticas oferecidas pela Madeira.
Mas, os aspectos positivos ainda contemplam as acessibilidades,
a gastronomia (ambos com sete por cento), a qualidade das infra-estruturas,
a simpatia da população e a segurança (todos
com seis por cento de respostas). A beleza é o atributo
escolhido por 20 por cento dos inquiridos para caracterizar a
Madeira, seguindo-se o clima. Cerca de 58 por cento dos inquiridos
refere que a última visita à Madeira foi efectuada
há menos de um ano e para 32 por cento a escolha deste
destino deveu-se a recomendações da família
ou dos amigos.
Dos turistas nacionais a visitar a Madeira, a Deloitte concluiu
que 26,8 por cento realizaram mais de cinco viagens internacionais
e 17,2 por cento mais de duas.
Quanto ao grau de satisfação terminada a visita,
tanto na lha da Madeira como do Porto Santo, atinge 90 por cento
no primeiro caso e é de 77 por cento no segundo (turistas
positivamente surpreendidos e muito positivamente surpreendidos).
No entanto, ainda foram recolhidas algumas opiniões denotando
retracção face à deslocação
à Madeira referindo- se a ser um destino mais caro que
outros em Portugal, o facto de ser necessário utilizar
o avião para lá chegar ou a pequena dimensão
das ilhas, sendo Porto Santo muitas vezes esquecida.
Ainda assim, a Madeira assuma a liderança dos destinos
insulares mais atractivos, com 56 por cento das referências,
seguido de longe pelas Baleares com nove por cento e dos Açores
com seis por cento, enquanto com Porto Santo fica com cinco por
cento.
E a imagem associada sugere oferta de qualidade e de preço
elevado, nomeadamente na hotelaria onde há uma referência
aos SPA, além da beleza da paisagem, da gastronomia (peixe,
vinho, doces e frutos) e do comércio.
A Deloitte faz questão de chamar a atenção
para o facto de em nenhuma das situações referenciadas
de comunicação, como os catálogos, da Madeira
terem assumido um papel de despertar de interesse pela viagem
à ilha.
Por outro lado, a percepção de quem nunca visitou
a região e a experiência de quem já lá
esteve é de que se trata de um destino para três
ou quatro dias. Para Porto Santo o conhecimento é muito
superficial e a maior parte dos que visitaram a ilha foi porque
esta deslocação se integrou nas férias na
Madeira
Lobos-marinhos madeirenses crescem e aparecem
Com uma média de três nascimentos por ano, os lobos-marinhos
da Madeira são os únicos do mundo pertencentes a
esta espécie ameaçada que não só aumentam
como estão a perder a timidez: deixaram as grutas e aventuram-se
nas praias.
A colónia de "monachus monachus", nome científico
destes animais simpáticos e brincalhões, ascende
neste momento na Madeira a 30 exemplares e tem registado nos últimos
cinco anos um crescimento constante.
Segundo Rosa Pires, responsável do projecto para a protecção
e estudo do lobo-marinho da Madeira, que chega a pesar 400 quilos
e a medir três metros, esta colónia madeirense de
animais ameaçados de extinção a nível
mundial é a única que dá indícios
de aumento e de expansão.
Em declarações à agência Lusa, Rosa
Pires disse que, além de aumentarem em número, os
lobos-marinhos da Madeira estão a distribuir- se por mais
áreas e a adoptar novos hábitos, "aparecendo
em praias abertas em vez de grutas".
Inicialmente habitavam as Ilhas Desertas, um sub-arquipélago
madeirense constituído pelos ilhéus Chão,
Deserta Grande e Bugio, a 22 milhas do Funchal, mas nos últimos
anos têm sido observados em várias outras zonas da
Madeira, o que não acontecia há cerca de 30 anos.
Este facto levou o Parque Natural da Madeira a "intensificar
as acções de informação sobre estes
animais e seu comportamento".
"Até parece que não fazemos mais nada",
acrescentou Rosa Pires anunciando que está a ser preparada
uma "Semana do Lobo-Marinho", um programa a decorrer
de 21 a 27 de Agosto, organizada com o apoio da câmara Municipal
de Santa Cruz, local onde com frequência são observados
exemplares de lobo marinho.
"É um animal brincalhão, chegando perto de
embarcações e mergulhadores, e em jovem também
é curioso, aproxima-se das pessoas sem receio", explica
Rosa Pires.
Pode dormir à superfície da água parecendo
estar inanimado, mas após um período de sono de
12 minutos tem de se movimentar para respirar e precisa de terra
para repousar.
Rosa Pires refere que, por muito curioso e amigável que
o lobo-marinho seja, é preciso nunca esquecer que se trata
de "um animal selvagem e como tal pode ter reacções
agressivas caso se sinta ameaçado, sendo ainda de grande
porte, com tamanho desproporcional em relação ao
homem".
Na Madeira são desconhecidos casos de comportamentos agressivos
para com os humanos e os raros acidentes relatados tiveram origem
em atitudes humanas imprudentes.
Durante as acções de divulgação, os
interessados são aconselhados a não entrar e evitar
aproximar-se das grutas onde estejam os lobos-marinhos, a manter
a distância e evitar grandes movimentações
à volta do animal, que não deve ser perturbado nem
alimentado.
Quem estiver a pescar a vir aproximar-se um destes animais deve
"afastar-se calmamente e contactar o serviço do Parque
Natural da Madeira", aconselha Rosa Pires.
Este animal, também chamado foca monge do Mediterrâneo,
é a foca mais rara do planeta e uma das espécies
animais mais ameaçadas de extinção, existindo
cerca de 500 exemplares em todo o mundo, distribuídos por
colónias no Mediterrâneo, Mar Negro e Oceano Atlântico,
costa noroeste de África e na Madeira.
Desde 1988 que o governo madeirense, através do Parque
Natural da Madeira iniciou um projecto de conservação
do lobo-marinho e do seu habitat que é assegurado por vigilantes
da natureza que fazem patrulhas de bote ao longo das ilhas e efectuam
observações directas dos animais sem intervir nas
suas actividades.
Para melhor apoiar este trabalho foi construída uma casa
nas Ilhas Desertas que permite aos vigilantes do Parque Natural
desempenharem as suas funções, visto que ficam isolados
da civilização por cerca de quinze dias, em melhores
condições.
Rosa Pires salientou ainda estar a aumentar o número de
pessoas que se predispõe a colaborar neste projecto em
regime de voluntariado e que têm crescido os pedidos de
autorização para visitar a zona.
Em 1997 foi criada uma unidade de reabilitação nas
Ilhas Desertas para lidar com eventuais casos de animais debilitados.
O lobo-marinho é um animal que está ligado à
descoberta da Madeira, datando os primeiros registos destas focas
de 1419 quando os portugueses chegaram à ilha colónia
na costa sul, o que deu inclusive origem ao nome de um dos concelhos
da Região, Câmara de Lobos.
Estes animais utilizavam as praias para repousar e reproduzir-
se, mas, perseguidos e caçados pelo homem, o número
dos lobos diminuiu na Região e verificou-se um processo
de regressão também devido à actividade piscatória
no arquipélago.
Deixaram de ser vistos com frequência na ilha da Madeira
até que uma colónia foi detectada nas Ilhas Desertas,
tendo sido mais tarde desencadeados programas de protecção.
Segundo os especialistas, o aumento dos exemplares da colónia
e a sua expansão para outras zonas da Madeira demonstram
que estão a voltar a ter os hábitos ancestrais que
se alteraram devido à perseguição humana.
DESPORTO
Rali Vinho da Madeira com Travaglia e
Panizzi
O italiano Renato Travaglia e o francês Gille Panizzi são
os dois pilotos FIA A que encabeçam a lista de 90 concorrentes
da 47ª edição do Rali Vinho Madeira, na estrada
este fim-de-semana.
A prova pontuável com o coeficiente máximo para
o Campeonato Europeu de Ralis conta ainda com cinco pilotos FIA
B e foi apresentadano final da semana passada pela Comissão
Organizadora, a cargo do Club Sports Madeira.
Os maiores destaques vão para as presenças de Renato
Travaglia, em Peugeot 206 S1600, campeão europeu em título
e vencedor da última edição da prova, e do
francês Gilles Panizzi (Renault Clio S1600), que já
foi um assíduo nas provas do "Mundial".
O italiano Giandomenico Basso (Fiat Punto Abarth S2000), actual
líder do Europeu, o seu compariota Marco Cavigioli (Renault
Clio S1600), o francês Simon Jean Joseph (Renault Clio S1600)
e os portugueses Armindo Araújo (Mitsubishi Lancer EVO
VIII) e Miguel Campos (Subaru Impreza WRC), todos pilotos FIA
B, são outros nomes em destaque.
A prova é composta por duas etapas, divididas em quatro
secções e 19 provas especiais de classificação,
num total de 285,74 quilómetros cronometrados.
Esta 47ª edição do Rali Vinho Madeira tem,
de acordo com o presidente da Comissão Organizadora, Paulo
Fontes, grande divulgação por parte do canal desportivo
Eurosport, que emitirá algumas etapas.
O Rali Vinho Madeira deixará, este ano, de ser candidato
ao Mundial da modalidade, em virtude de o Rali de Portugal ter
sido reintegrado no calendário da Federação
Internacional de Automobilismo.
Nacional vence ao Rio Maior
Na passada segunda-feira, o Nacional venceu o Rio Maior num jogo
de preparação para o campeonato que está
prestes a começar. Fora da Madeira, o Nacional mostrou
a sua superioridade no marcador. Venceu a partida por 0-2.
Marcos Freitas conquistou título
de campeão europeu
O madeirense Marcos Freitas conquistou, no passado fim-de-semana,
o título de campeão europeu de juniores em ténis
de mesa. O jovem, que joga actualmente pelo CD São Roque,
vai passar a fazer parte do TTC SIG Combibloc Julich, da Alemanha.
Neste campeonato da Europa de Jovens, o madeirense venceu a final
que disputou contra o húngaro David Zombori.
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