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Criado na Madeira pólo
da Associação Portuguesa de Bioética
A Madeira passou a ter um pólo da Associação
Portuguesa de Bioética (APB). O núcleo madeirense,
presidido por Judite Gonçalves, vai funcionar provisoriamente
nas instalações da Universidade Católica,
no Colégio dos Jesuítas, como um espaço de
reflexão para a classe médica da Região.
O responsável pela APB disse haver consenso em torno da
maior parte das questões que envolvem a clonagem, a inseminação
artificial, a procriação medicamente assistida,
entre outros aspectos.
«Aquilo que une os portugueses nesta matéria é
muito mais do que aquilo que os divide. Há consenso sobre
cerca de 80 por cento das grandes questões, como, por exemplo,
a ilicitude da clonagem reprodutiva de seres humanos».
No entanto, como referiu Rui Nunes, existem temas que estão
a dividir «profundamente» os cidadãos, como
o acesso de casais homossexuais às técnicas de procriação
medicamente assistida, a inseminação artificial
heteróloga em alguns casos e o anonimato ou não
dos dadores.
A seu ver «o País deve adoptar uma legislação
que seja consentânea com os valores nucleares da nossa sociedade
e aquelas que foram as grandes conquistas civilizacionais de Portugal
no pós-25 de Abril». Portugal tem, a seu ver, uma
forte postura de defesa dos direitos humanos e «tem de haver
tolerância face a alguns temas, mas sem desvirtuar aquilo
que é a essência dos valores nucleares da nossa sociedade».
É de salientar que estão em análise em sede
de comissão especializada na Assembleia da República,
quatro diplomas sobre a procriação medicamente assistida.
A secretária regional dos Assuntos Sociais, presente na
cerimónia, espera que o Pólo/Madeira da Associação
Portuguesa de Bioética dê o seu contributo aos profissionais
da área da saúde da Madeira. Numa altura de grande
predominância tecnológica, em que surgem questões
quanto à intervenção tecnológica a
nível do ser humano, em áreas da saúde, é
importante, a seu ver, debater qual a função que
a tecnologia deve ter em relação à pessoa
humana.
Madeira pretende entidade coordenadora
para comissões de protecção de menores
A Madeira vai propor, ao Governo da República, que seja
criada, na Madeira, uma entidade coordenadora regional das comissões
de protecção de menores. Isto no âmbito da
já anunciada reformulação da legislação
para as comissões de protecção de crianças
e jovens em risco. A pretensão do Centro Regional de Segurança
Social é que esta entidade ficasse responsável pela
gestão integrada de todas as comissões de menores
concelhias, hoje feita pela Comissão Nacional de Protecção
de Crianças e Jovens em Risco.
«A coordenação das Comissões de Protecção
a nível da RAM, que no cenário actual é efectivamente
uma solução positiva (isto à luz da Autonomia
e da realidade sociogeográfica diferenciadora, que caracteriza
a Região Autónoma da Madeira, em relação
ao espaço nacional), responderá à necessidade
de constituir uma entidade integradora, que promova a actuação
das diferentes equipas, sem comprometer a articulação
e a integração nacional, ganhando, assim, vantagens
que advêm da adaptação da actuação
destas, às necessidades e problemáticas sociais
reais da Região», explicou o responsável pelo
Centro Regional de Segurança Social, em declarações
prestadas ao Jornal da Madeira.
Roque Martins salientou ainda que «a coordenação,
o acompanhamento, a avaliação e a auditoria permanente
deverão ser da entidade reguladora, isto é do Estado,
ou Região, se a tese da entidade coordenadora vingar, enquanto
entidade com responsabilidade de fazer cumprir a lei e a defesa
dos direitos de qualquer cidadão, e em particular os que
por meios próprios não o possam fazer».
Dez armas de fogo apreendidas entre o
dia 1 e 26 de Dezembro
No âmbito da “Operação Natal em Segurança”,
a Polícia de Segurança Pública, realizou,
entre os dias 1 e 26 de Dezembro quase 3.700 acções
de fiscalização a viaturas ligeiras, além
de 528 a veículos de duas rodas.
Nas acções foram efectuados 28 mandados de detenção,
26 detenções por excesso de álcool, tendo
sido ainda levantados 95 autos por infracções graves
e oito autos por infracções muito graves, sendo
estes dois últimos números relacionados com excesso
de velocidade.
A operação deste ano do “Natal em Segurança”
detectou ainda em mais de vinte infracções por falta
de uso de cinto de segurança, outras 25 por falta de inspecção
automóvel, 21 por utilização de telemóvel
durante a condução e uma dezena de veículos
apresentava falta de seguro obrigatório.
“Também nos 26 dias em análise no último
mês verificou-se que a Polícia de Segurança
Pública fez 9 apreensões de viaturas, tendo apreendido
também 10 armas de fogo e encontrado por 17 vezes documentos
com diversas irregularidades em viaturas.
Quanto à sinistralidade rodoviária, sabe-se que
a PSP esteve envolvida — mas estes números são
tidos em conta entre os dias 1 e 29 de Dezembro — na resuloção
de 328 acidentes de viação, tendo esses se traduzido
em cinco mortos — no acidente com o autocarro de turismo
em São Vicente — 102 feridos, 12 deles graves e noventa
ligeiros.
Nesses mesmos dias também foram feitos cinco assaltos com
armas de fogo, 16 furtos a pessoas, três assaltos por esticão,
tendo sido verificadas duas burlas, enquanto aconteceram 16 furtos
ao interior de veículos”, escreve o Jornal da Madeira.
Primeiro bebé do ano a nascer na
Madeira é menino
Francisco Rogério, com dois quilos e
560 gramas, nasceu de parto normal, na madrugada do primeiro dia
do ano, às 5 horas e 15 minutos. Maria da Graça
entrou no HCF a 30 de Dezembro. Mas foi aguentando até
que o trabalho de parto começou ainda antes da meia-noite.
“Não foi uma hora curta mas, o mais importante, é
que o bebé nasceu de parto normal e é saudável.
Este é o primeiro filho de Maria da Graça, casada
e residente no Caniço.
O relógio marcava as 10 horas e 30 minutos. Na sala de
partos, algumas mulheres preparavam-se para o nascimento da sua
criança. Mais além, ao fundo do corredor do lado
poente do 4.º andar do Hospital Central do Funchal, descansava
o Francisco Rogério. Nasceu às 5 horas e 15 minutos
de ontem e foi o primeiro bebé do ano na Madeira. Rosado,
vestido de amarelo, este recém-nascido parecia tentar compreender
o “espalhafato” que se fazia em seu redor. A máquina
fotográfica tentava apanhar a melhor imagem da sua pequena
e redonda carinha. Era, provavelmente, a primeira fotografia das
muitas que irá tirar vida fora. O Francisco Rogério
é filho único de Maria da Graça e pesa 2
quilos e 560 gramas. Às 10 horas e 30 minutos da manhã
de ontem, mais ou menos cinco horas depois de nascer, ainda não
tinha chorado muito nem dado “muita maçada à
mãe”.
Mas se não deu trabalho nas primeiras horas de vida, o
mesmo não se poderá dizer relativamente às
últimas horas em que permaneceu no útero da mãe.
Maria da Graça, de 34 anos, residente no Livramento de
Cima, no Caniço, entrou no Hospital Central do Funchal
já na tarde do penúltimo dia do ano. “As águas
rebentaram”, contou, visivelmente cansada, à nossa
equipa de reportagem.
Maria da Graça entrou em 2006 na sala de partos. Viu o
fogo-de-artifício deitada e olhando para uma pequena janela
existente naquele espaço onde já sentia algumas
dores fortes.
“Não consegui dar atenção a todo o
espectáculo pirotécnico porque as dores já
apertavam”, explica. Mas mesmo assim, o Francisco Rogério,
que nasceu de parto normal, “veio a nascer cinco horas depois”.
Mesmo assim, veio ao Mundo no dia que estava previsto.
Maria da Graça está satisfeita com o nascimento
do seu menino mas, para já, não pensa em aumentar
a família. “Acho que não me apetece”,
responde envergonhada. Questionada sobre se é importante
saber que o seu bebé foi o primeiro a nascer em 2006, esta
mãe é peremptória: “isso não
interessa nada. O que me interessa é que o menino é
saudável”. Para o ano que agora começou, Maria
da Graça não tem qualquer desejo em especial, a
não ser que 2006 decorra tão bem como o de 2005.
Francisco Rogério, o primeiro bebé do ano de 2006
na Madeira, tinha um outro menino da sua “idade” como
companhia de quarto. Curiosamente, chama-se também Francisco
e foi um dos últimos bebés de 2005, uma vez que
nasceu a 31 de Dezembro.
Ao contrário de Francisco Rogério, o Francisco Antero
dormia profundamente enquanto a sua mãe ponha a leitura
em dia. Apesar de não estar muito entusiasmada para falar
aos jornalistas, a mãe de Francisco Antero sorria e brincava
com a coincidência dos nomes. “Isto parece uma avalancha
de Franciscos”, retorquiu”, como se fica a saber no
texto escrito pela jornalista Carla Ribeiro do Jornal da Madeira.
Noite e espectáculo de fogo foram
momentos únicos
O secretário regional do Turismo e Cultura
estava muito feliz com o espectáculo de fogo-de-artifício
que vestiu a baía do Funchal, para receber o ano novo.
Durante oito minutos, o céu tornou-se multicolor e brilhante,
um evento visto por vários milhares de pessoas. No balanço
que efectuou ao fim-de-ano, João Carlos Abreu classificou
o espectáculo pirotécnico de “extraordinário”.
Mesmo assim, o governante referiu que, para o ano, há que
repensar alguns pontos de lançamento, algo que vai ter
de ser pensado desde já, pelo facto de, o mais tardar em
Março, ter de ser lançado o concurso público
internacional para o espectáculo do próximo Fim-de-Ano.
Quanto ao espectáculo deste ano, João Carlos Abreu
salientou que houve “uma grande coordenação
dos postos, mas a noite também ajudou” e “estive
perto de estrangeiros, nomeadamente de um grupo de austríacos
que todos os anos escolhe um local no mundo para passar esta data.
“Vieram pela primeira vez à Madeira e disseram que
nada se compara a isto”. A seu ver, essa noite madeirense
é mágica.
O secretário realçou ainda o do calor humano, com
as pessoas, na rua, a oferecer champanhe, a animação
da cidade e as tradições que nos distinguem dos
outros. E durante a manhã, apesar do amontoado de lixo
que se via na cidade, os homens da Câmara limparam tudo,
“um trabalho notável” que fez com que os turistas,
quando acordaram, se deparassem com um cartaz extremamente cuidado.
Todos esses aspectos tornam a magia do espectáculo madeirense
de fim-de-ano conhecido internacionalmente naquela que é
a noite mais concorrida do ano.
De salientar ainda que a Secretaria Regional do Turismo e Cultura
já está a preparar o Carnaval 2006, cujo tema será
“Noites da Madeira”, a sair para a rua no corso carnavalesco
no dia 25 de Fevereiro. Depois, no dia de Carnaval, sai o Cortejo
Trapalhão, como é habitual.
Air Luxor acaba com linha regular para
a Madeira
e fecha loja e balcão
A Air Luxor deixa de realizar voos regulares
entre a Madeira e Lisboa, aquela que foi a sua primeira linha
com estas características. O último voo realiza-se
no dia 10, no que diz respeito à referida ligação.
A Madeira perde assim dois voos directos em cada sentido para
além da loja e o balcão da Air Luxor no Aeroporto,
que vai encerrar.
A companhia admite operar na rota da Madeira num futuro próximo
apenas em época alta, concretamente nos meses de Verão,
férias escolares, Natal e Fim-de-Ano, altura em que poderão
ser efectuados voos “charter” para a Região
Autónoma. A Air Luxor não quis deixar de «agradecer
todo o apoio e incentivo que o Governo da Região Autónoma
da Madeira deu à Air Luxor ao longo destes quatro anos
de presença nesta linha». Ao que tudo indica, a programação
com voos regulares ou não regularesda Air Luxor vai depender
da autorização que for obtida pelo Instituto Nacional
de Aviação Civil.
A Air Luxor referiu que a operação para a Madeira
ficou abaixo das expectativas devido a factores que condicionaram
a operação, como a entrada de mais duas companhias
na mesma linha, após a Air Luxor, nomeadamente SATA e Portugália,
o que, em seu entender, «provocou o excesso da oferta durante
uma parte significativa do ano». E com o diz ser uma consequência
do excesso de oferta «assistiu-se a uma degradação
da tarifa média para além do desejável».
A juntar a estas componentes, a transportadora da família
Mirpuri refere ainda o aumento significativo dos custos operacionais,
nomeadamente das taxas do Aeroporto da Madeira, que vinca ter
sido agravado pela eliminação do desconto de 50%
que existia para os voos territoriais nos aeroportos portugueses.
Outra componente apontada prende-se com o aumento «muito
significativo» no custo do combustível nos últimos
dois anos «sem que tenha sido possível fazer a correcção
correspondente nas tarifas ou nível de subsídios».
Sobre a saída da Air Luxor das ligações regulares
com a Madeira, o presidente do Governo Regional da Madeira disse
que é sempre bom para a Região haver concorrência.
Porém, tal como afirmou, «não podemos impedi-la».
Quanto à disponibilidade de lugares, Alberto João
Jardim entende que a decisão da Air Luxor decisão
não irá influenciar, porque, se houver mercado,
as restantes companhias deverão aproveitar. «Deixem
o mercado funcionar», sublinhou o presidente do Executivo
madeirense.
Região está preparada para
adversidades que se avizinham
O presidente do Governo Regional realizou, a
sua primeira inauguração de 2006, no Arco da Calheta,
nomeadamente a nova estrada entre o sítio do Rochão
e o Paul da Serra. Na ocasião, João Jardim referiu
que essa obra é também um sinal daquilo que será
o próximo ano para os madeirenses, com novas obras, novos
investimentos.
Começando por referir que as expectativas do país
para este ano «não são grande coisa»,
Jardim salientou, no entanto, que os madeirenses, e a sua história,
provam que sempre foram capazes de enfrentar, com sucesso, as
adversidades.
«Toda a história da Madeira, toda a história
do povo madeirense, foi sempre a de lutar contra as dificuldades
e de saber vencê-las. Nas alturas em que houve fome e desemprego
na Madeira, aí o madeirense não teve outro remédio
senão emigrar. E, lá fora, venceu também
as dificuldades que se lhe opunham e venceu. Está na nossa
cultura enfrentar as dificuldades e vencê-las». «Ao
marcar para este primeiro dia de trabalho de 2006 uma inauguração,
isto é já para dar o tom e marcar o que vai ser,
outra vez, este ano. Vamos continuar a inaugurar e a apresentar
coisas novas».
Jardim prometeu ainda fazer «cabelos brancos àqueles
que ficam cheios de raiva, de inveja, que ficam a remoer, que
dormem mal, só porque temos sucesso, só porque andamos
com as coisas para a frente».
Quanto à nova estrada, Jardim explicou que foi um acesso
que lhe tinha sido pedido por alguns populares há algum
tempo, por altura das “autárquicas”. Mas que,
na altura, disse que não podia ser. Porém, a obra
avançou, satisfazendo a população do concelho
da Calheta e sem promessas.
Jardim aproveitou ainda este evento para desejar a todos os madeirenses
e portossanteneses um bom ano novo.
Criança de dois anos faleceu devido
a meningite
Uma menina de dois anos morreu, no Hospital
Central do Funchal, alegadamente, devido a uma infecção
sepsis meningocócica, confirmou à agência
Lusa fonte daquela unidade de saúde. De acordo com a responsável
do serviço de Pediatria daquele hospital, Amélia
Cavaco, a criança, residente na freguesia dos Canhas, concelho
da Ponta do Sol, deu entrada sexta-feira em estado grave, «bastante
debilitada, e faleceu meia hora depois».
Trata-se de «uma situação rara, provocada
por uma bactéria que pode provocar a meningite»,
explicou a médica. Foi dado conhecimento da situação
ao delegado de saúde e foram adoptadas medidas de profilaxia
aos familiares da vítima.
Nos últimos anos, em Portugal, foram detectados, em média,
cerca de duzentos casos de doenças meningocócicas
por ano, cinco a dez por cento dos quais mortais. O novo Programa
Nacional de Vacinação, que entrou em vigor no passado
domingo, já inclui a vacina contra a meningite C e o Ministério
da Saúde lançou, também domingo, uma campanha
de vacinação contra a doença, dirigida aos
menores de 18 anos.
Governo deve à EEM mais de 8,5
milhões de euros
No âmbito do processo de convergência
tarifária, o Governo da República deve à
Empresa de Electricidade da Madeira 8.562.000 euros, revelou esta
semana o presidente da empresa Rui Rebelo.
O acordo prevê que as transferências das verbas respeitantes
à convergência até ao ano 2002, inclusive,
sejam feitas através de compensações do Orçamento
de Estado. A partir de 2003, com a extensão da Entidade
Reguladora do Sector Energético à Região
Autónoma da Madeira, o modo da convergência é
diferente, não havendo dívidas atrasadas.
Rui Rebelo disse ao Jornal da Madeira que o problema está
na transferência das verbas apuradas sobre os anos anteriores
a 2002, tendo o Governo da República acumulado uma dívida
à Empresa de Electricidade da Madeira de cerca de 42.410.000
euros. Terá ficado acordado a transferida desse montante
ao longo de dez anos, em pagamentos anuais a serem transferidos
através de compensações do Orçamento
de Estado. Em falta estão as prestações dos
anos de 2003, 2004 e 2005, num valor global de 8,5 milhões
de euros, mais cerca 200 mil euros de juros.
Constituído grupo de trabalho para
analisar transportes aéreos
O Governo Regional decidiu criar um grupo de
trabalho para avaliar a situação do transporte aéreo
para a Região Autónoma da Madeira. A ideia é
analisar todos os estudos efectuados recentemente sobre o transporte
aéreo para a Madeira e de propor um conjunto de medidas
para as estruturas aeroportuárias, como para as empresas
do sectores público e privado relacionadas com o turismo.
O grupo de trabalho, cuja constituição não
foi ainda totalmente conhecida, terá de analisar a situação
actual e indicar a melhor forma de dar consistência a uma
perspectiva permanente do mercado do transporte aéreo,
antecipando eventuais consequências nefastas para a Região.
Terá ainda de, até ao fim da legislatura, de propor
um plano de actuação com acções calendarizadas,
recursos necessários e fontes de financiamento. Sabe-se
apenas Duarte Ferreira, do Conselho de Administração
da ANAM irá presidir a este grupo, que terá um representante
da Secretaria Regional do Turismo e Cultura, da Agência
de Promoção da Madeira, da Associação
Comercial e Industrial do Funchal e ainda do Centro Empresarial
da Madeira.
Governo Regional retoma reuniões
com as onze câmaras
O Governo Regional iniciou, quarta-feira, no
Porto Santo, a habitual ronda de reuniões anuais com as
onze câmaras da Região, onde observou o andamento
do programa previsto para aquela ilha, designadamente “obras
emblemáticas” e outras já em fase de conclusão.
Das obras em curso, destacam-se a recuperação do
núcleo histórico entre a capela do Espírito
Santo e a capela de São Pedro e ampliação
do campo de golfe, a norte do aeroporto, todas a cargo da Sociedade
de Desenvolvimento do Porto Santo.
Para além destas, o Executivo madeirense vai abrir uma
estrada entre a capela de São Pedro e Estrada Regional
111.
Alberto João Jardim salientou, na ocasião, que apesar
da redução dos fundos europeus a partir do próximo
ano e do aumento da dívida pública, “a dívida
pública madeirense, tendo em conta o Produto Interno Bruto,
é uma dívida muito pequena”.
Por estas razões, o líder madeirense diz ser necessário
levar o programa até ao fim e sem haver problemas pelo
meio. “Uma vez que estamos sujeitos a uma posição
de garrote, que nos foi imposta, indecentemente, pelo Governo
da República, nós temos de levar isto com muito
cuidado até que ele (o Estado) derrape antes de nós”,
afirmou.
Durante esta semana, o Governo Regional retoma o ciclo de reuniões
com as restantes dez autarquias.
Parque Temático vai receber primeiro
simulador a 4 dimensões
O Pavilhão da Viagem Fantástica,
um dos mais visitados do Parque Temático da Madeira, em
Santana, vai receber no próximo mês de Fevereiro
o primeiro simulador a quatro dimensões do país,
constituindo assim uma nova atracção naquele recinto
Com esta tecnologia, será simulada uma viagem à
flora regional, no que será uma “espécie”
de aula, protagonizada por personagens-tipo da Madeira sobre a
flora endémica, permitindo ao visitante tornar-se uma personagem
activa no enredo que será contado.
Devido à tipologia do filme, o visitante utilizará
óculos especiais 3D, à semelhança do que
já acontece com o actual simulador a três dimensões.
Com estas alterações, a direcção do
Parque Temático espera atingir durante o ano de 2006 um
total de 200 mil visitantes, ou seja, o dobro do número
registado em 2005.
Tiago Freitas considera o Parque Temático uma obra de “sucesso”
e um “espaço de excelência”, quer para
turistas quer para madeirenses, já que são muitos
os que não se ficam pela primeira visita, registando-se
forte adesão na compra da modalidade dos cartões
familiares e dos passes anuais.
Mais de 3,9 milhões de euros para
recuperar escolas
Reunido sob a presidência de Alberto João
Jardim, o Conselho de Governo decidiu esta semana adjudicar um
conjunto de obras em várias escolas por um valor total
de 3,936 milhões de euros.
Assim, será feito o redimensionamento da Escola Básica
do 1.º ciclo do Seixal, concelho do Porto Moniz, de modo
a permitir melhores condições de funcionamento e
a sua utilização no regime de escola a tempo inteiro,
a nível do ensino básico e do pré-escolar.
A escola terá um novo pátio coberto, cozinha ampliada,
campo polidesportivo com piso sintético, um parque infantil
e zonas ajardinadas. As obras custarão 588 mil euros.
Igualmente, será feito o redimensionamento da Escola Básica
da Achada do Teixeira e Creche de São Jorge, em Santana,
pelo valor de 1,3 milhões de euros, dotando aquele estabelecimento
escolar de uma creche e de novas salas para actividades educativas
e novas zonas de recreio para os alunos.
No concelho da Ponta do Sol, a Escola Básica do 1.º
ciclo do Lombo dos Canhas também será alvo de obras,
num investimento do governo que ascenderá a 1,1 milhões
de euros. A escola passará a ter 1.º ciclo, com pré-escolar,
em regime de tempo inteiro, seis novas salas, três gabinetes
de apoio, um recreio coberto e a reestruturação
da cozinha e das instalações sanitárias.
O polidesportivo será recuperado e serão criadas
novas zonas de recreio com parque infantil.
No Caniçal, por 948 mil euros, será redimensionada
a Escola Básica do 1.º ciclo, que passará a
ter 15 salas de aula. O edifício será recuperado
e modernizado a nível interior e exterior.
Paz e diálogo social têm
permitido negociações laborais
A introdução e manutenção
de um clima de diálogo social permitiu na Madeira haver
uma série de negociações sem necessidade
de intervenção administrativa do Governo Regional
na fixação de condições de trabalho.
Esta foi uma das tónicas destacadas pelo secretário
regional dos Recursos Humanos, Brazão de Castro, no habitual
jantar que promove todos os anos com os parceiros sociais.
Para Brazão de Castro, esta política comprova também
“a vitalidade e o elevado grau de maturidade dos nossos
parceiros sociais” e realçando a importância
da paz social no desenvolvimento económico e na justiça
social, acrescentou que, “na política social estão
sempre presentes os objectivos de melhoria das condições
de vida e da justiça social. A Justiça precede a
paz”.
O secretário regional considerou fundamental a existência
do Diálogo Social, sobretudo para “garantir baixos
níveis de conflitualidade laboral”, referindo, ainda
assim, que “na Madeira, a conflitualidade laboral com recurso
à greve, relacionadas com negociações de
base regional, tem expressão nula, o que evidencia os resultados
de uma política de concertação, estabilidade
e aposta na Paz Social”.
Quanto ao desemprego, e apesar de algum aumento verificado recentemente,
a Madeira mantém uma taxa baixa, “de 4,4 por cento,
o País com 7,7 por cento e a União Europeia com
uma média de 8,8 por cento”.
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