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Alberto João Jardim vai reflectir
o seu futuro a partir de 2007
No regresso de mais uma das suas deslocações a Bruxelas,
onde participou no Comité das Regiões, o presidente
do Governo Regional da Madeira disse aos jornalistas que, em 2007,
vai começar a reflectir sobre o seu futuro após
o mandato que está a cumprir.
Alberto João Jardim disse que «Este ano não
penso nisso. Este ano é lançar as obras que tenho
para lançar, para cumprir como sempre o meu Programa de
Governo. Pôr tudo em carrinhos, a andar, e em 2007 vamos
começar a reflexão».
Jardim explicou que não fala agora sobre o seu futuro daqui
a dois anos devido a três regras que cumpre: «Dormir
muito», «não me preocupar com as coisas antes
da altura certa» e «a partir das 9 da noite não
pensar em problemas», encontrando soluções
apenas no dia seguinte
Quanto à possibilidade de vir a candidatar-se a líder
do PSD a nível nacional, Alberto João Jardim lembrou
o compromisso que tem até 2008 com os madeirenses, mas
não descarta por completo uma candidatura à liderança
nacional. Admite-a, como «hipótese meramente académica»,
mas «só numa situação catastrófica
(dentro do PSD), em que tivessem de vir buscar uma pessoa de fora
do continente, mas tinha de vir buscá-la, eu não
me meto nisso». De qualquer modo, explicou que teria de
ser pelo sistema das “directas”, porque este método
não permite «jogos de oligarquias, e de grupos, e
de grupelhos, e de grupinhos dentro do partido».
É de explicar que uma eventual candidatura à liderança
do PSD nacional surgiu no âmbito de uma entrevista que o
presidente do Governo Regional da Madeira deu ao “Semanário”.
Foi-lhe perguntado se seria compatível a liderança
de um grande partido nacional e a manutenção do
cargo de presidente de um Governo Regional, ao que respondeu de
uma forma muito clara: «Não seria sério, porque
ineficaz, a acumulação da presidência do Governo
Regional com a liderança nacional de qualquer partido».
O governante madeirense realçou, no entanto, que neste
momento «está tudo normal» dentro do seu partido,
pelo que esta questão não se coloca, em seu entender.
A propósito, saliente-se que Jardim já confirmou
a sua presença no Congresso extraordinário do PSD,
a 17 de Março.
Centro de Santo António em obras
de requalificação urbanística
O centro da freguesia de Santo António vai começar
a ser remodelado já a partir deste ano, como divulgou o
presidente da Câmara Municipal de Santo António que,
na passada semana, esteve reunido com dirigentes da junta de freguesia.
Miguel Albuquerque referiu que o centro da maior freguesia da
Madeira «merece um arranjo urbanístico e, por isso
mesmo, vamos iniciar um projecto em três fases». Como
explicou, a primeira será iniciada ainda este ano e vai
consistir na demolição do antigo edifício
da junta de freguesia e construção de várias
infra-estruturas. Em 2007, será construída uma nova
esplanada e um jardim. A última fase será feita
em 2008 e consistirá no arranjo das zonas envolventes.
Por outro lado, o autarca reagiu a notícias sobre a pretensão
de «um ministro socialista» em encerrar o posto de
Polícia de Santo António. A esse respeito, Albuquerque
manifestou que “estamos literalmente contra este objectivo».
A junta e a autarquia elaboraram uma carta ao ministro, «chamando
a atenção da necessidade de preservar este posto
nesta freguesia, que desde que abriu tem sido muito útil
no serviço que tem prestado à população»,
divulgou ainda.
Segurança Social arrecadou 199
milhões em 2005
Em 2005, o Centro de Segurança Social da Madeira obteve
uma receita de contribuições ligeiramente superior
a 199 milhões de euros, o que significa um acréscimo
anual de 6,85% em relação ao ano anterior, noticia
o Jornal da Madeira, com base em declarações do
responsável pelo CSSM, Roque Martins.
“De acordo com o presidente do conselho de administração
do Centro de Segurança Social da Madeira, daquela percentagem,
dois por cento são resultantes das acções
de combate à evasão, o que permitiu àquele
organismo recuperar cerca de 3,7 milhões de euros no âmbito
do plano de combate às evasões contributivas.
O governante acrescenta que, igualmente, o valor em causa se refere
ao conjunto dos contribuintes de todo o sistema da Segurança
Social, quer entidades empregadoras quer trabalhadores independentes.
Recorde-se que, a nível nacional, conforme foi anunciado
em finais de Janeiro, a Segurança Social recuperou 297,6
milhões de euros no âmbito do plano de combate à
fraude e evasão contributivas e prestacionais. Daquele
montante, 280,7 milhões de euros foram recuperados junto
dos contribuintes para o sistema, como entidades empregadoras
ou trabalhadores independentes”, lê-se no artigo.
Complexo Habitacional de Santo Amaro ganha
polidesportivo
A Câmara Municipal do Funchal vai construir um polidesportivo
no Complexo Habitacional de Santo Amaro em 2007. A infra-estrutura
vai custar cerca de 150 mil euros, valor que inclui a criação
de um parque de estacionamento e o alargamento da estrada, referiu
o vice-presidente da edilidade funchalense.
Bruno Pereira explicou que um complexo da dimensão deste
necessita de espaços de usufruto para a sua população,
onde esta possa desenvolver um conjunto de actividades desportivas.
Como tal, e para que essa actividade seja feita nas melhores condições,
este polidesportivo permitirá a prática de futebol
de sete, terá um piso artificial de relva e todas as condições
em termos de balneários.
O polidesportivo será gerido pela Associação
dos Veteranos de Santo António, na sequência da política
implementada pela autarquia de dar a gestão de espaços
deste tipo a instituições. .
Santana voltou a viver Festa dos Compadres
O dia estava frio e chuvoso, mas nem por isso os foliões
desanimaram. A Festa dos Compadres, em Santana, voltou a reunir
milhares de pessoas. Organizado pela Câmara Municipal e
por diversas casas do povo e associações locais,
este evento é já considerado um dos grandes cartazes
turísticos daquele concelho e um dos mais importantes momentos
do Carnaval madeirense.
O cortejo alegórico desfilou pelas principais artérias
desta cidade nortenha, fazendo as delícias das várias
centenas de curiosos que se deslocaram ao local. Eram cerca das
15h00 de domingo último, quando o desfile saiu do armazém
municipal, passando pelas ruas centrais e culminando em frente
à autarquia.
A abrir o cortejo vinha a gigante “comadre”, que foi
seguida de grupos oriundos de todas as freguesias do concelho,
numa autêntica mostra etnográfica.
O grupo da Casa do Povo de São Jorge recriou o tema “A
rede como meio de transporte” e recordou aos presentes,
as classes sociais e algumas das profissões típicas
do mundo rural. O grupo da Casa do Povo de São Roque do
Faial, veio depois e adoptou a temática “Época
de Natal em São Roque do Faial”.
O grupo da Casa do Povo de Santana transportou para as ruas a
típica “Arrematação pelo Espírito
Santo”, costume que, aliás, é característico
de muitas freguesias da Região e que diz respeito ao leilão
que nalguns sítios ainda é feito no dia da visita
pascal, o qual reverte a favor da Igreja.
O grupo do Arco de São Jorge escolheu para tema as “Doces
tradições”, onde não faltaram o bolo
de mel e o pão caseiro típico daquela freguesia.
A freguesia do Faial optou por mostrar ao resto do concelho a
forma como vive os seus arraiais, com o tema “Romagens do
Faial”. A festa de Nossa Senhora da Natividade, que se realiza
em Setembro, servia de inspiração para o desfile.
Por fim, no que concerne a freguesias, a Ilha promoveu a sua “Semana
Cultural”, e, necessariamente, fez do limão a sua
bandeira.
O cortejo etnográfico contou ainda com a participação
de outros grupos, tais como a associação recreativa
Lírios do Norte, que recriou a “Escola dos Anos 60”,
e os “Xarambistas”, que, através da “Tenda
do ferreiro”, trouxeram até aos dias de hoje uma
das profissões mais antigas. Enfim, aliando a brincadeira,
a sátira e às tradições, lá
se festejou mais uma Festa dos compadres, em Santana.
Um milhão de atendimentos na Loja
do cidadão
A Loja do Cidadão previa atingir o seu atendimento número
um milhão no passado dia 23. Alcançou-o no dia anterior,
pelas 9 h 15, hora em que foi atendida uma emigrante madeirense
que trabalha e reside em Inglaterra, que foi solicitar a renovação
do seu Bilhete de Identidade.
João Lomelino de Freitas, director da Loja do Cidadão,
sublinhou que o sucesso do organismo superou as melhores expectativas.
Quanto à cliente atendida, Lomelino de Freitas disse que
«a senhora em causa veio à Loja do Cidadão
para obter um novo bilhete de identidade, até porque pretende
regressar à sua terra e cá construir uma casa, após
estar a trabalhar, há já alguns anos, no estrangeiro».
Para este responsável, um milhão de atendimentos
numa terra pequena como a Madeira (com cerca de 270 mil habitantes)
é um marco bastante significativo, especialmente se se
tiver em conta que a Loja do Cidadão, tutelada pela Vice-Presidência
do Governo Regional, foi inaugurada a 19 de Abril de 2002. Ou
seja, foram precisos apenas 22 meses para atingir uma sola tão
importante.
A adesão dos madeirenses tem ultrapassado todas as expectativas.
Tanto que são cada vez mais os organismos e empresas que
querem ter um espaço no local. «No início,
houve quem dissesse que era demasiado grande, mas a verdade é
que já começa a ser pequena face a tantas solicitações,
o que só demonstra o sucesso da iniciativa», comentou
o director da Loja do Cidadão.
A título de curiosidade, refira-se que o espaço
contempla 24 serviços, nomeadamente: Centro de Formalidades
de Empresas, Balcão Verde (da Secretaria Regional do Ambiente),
Caixa Geral de Depósitos, Câmara Municipal do Funchal,
Direcção Geral da Administração da
Justiça (Serviço de Identificação
Criminal e de Contumazes), Finanças, Certidões (Direcção
Regional da Administração da Justiça, DRAJ),
Registo Automóvel (DRAJ), Bilhete de Identidade (DRAJ),
Direcção regional da Administração
Pública (Passaportes), Direcção Regional
do Trabalho, Direcção Regional dos Transportes Terrestres
(cartas), Electricidade da Madeira, “Horários do
Funchal”, Inspecção das Actividades Económicas/Serviço
de Defesa do Consumidor, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras,
Inspecção Regional do Trabalho, Instituto de Desenvolvimento
Empresarial, IHM, Instituto Regional de Emprego, Portugal Telecom,
Secretaria Regional de Educação, Serviço
Regional de Saúde.
Ministro da República defende regionalização
de alguns serviços
O ministro da República para a Madeira defende que todos
os serviços da República sediados na Região
e que possam ser regionalizados devem sê-lo. Monteiro Diniz
falava na inauguração das novas instalações
do sub-destacamento da GNR de São Vicente.
O representante da República na Madeira esclareceu que
sempre defendeu esta ideia, porque «é mais fácil
ao poder regional, com o princípio da proximidade e o princípio
da subsidariedade, responder à resolução
das questões postas pelas populações».
Contudo, sublinhou que há serviços, como os tribunais,
a polícia e as forças militares, que haverá
sempre de ser da responsabilidade do poder central.
Já em tom de despedida, uma vez que abandona o cargo na
mesma altura em que Jorge Sampaio deixa a Presidência da
República, Monteiro Diniz disse que espera que, futuramente,
haja uma maior proximidade entre o poder central e o regional
em ordem à superação de determinadas matérias
que são de exclusiva dimensão logístico-material.
Militares da Zona Militar da Madeira viajam
este ano para os Balcãs
Um pequeno escalão de um pelotão da Zona Militar
da Madeira vai integrar uma força nacional destacada do
exército para a zona dos Balcãs no segundo semestre
deste ano. O anúncio foi feito pelo Chefe do Estado-Maior
do Exército quando chegou à Madeira para uma visita
de trabalho de dois dias. A sua deslocação à
Madeira teve por objectivo contactar com as realidades deste ramo
militar, concretamente as suas unidades de estabelecimento e os
diversos órgãos. O general Valença Pinto
reuniu-se ainda com o ministro da República e com os presidentes
da Assembleia Legislativa e do Governo Regional.
Quanto à presença de militares madeirenses no pelotão
nacional, o general Valença Pinto explicou que, pelo facto
de as forças do exército na Região serem
da dimensão de um batalhão de infantaria e de uma
bateria de artilharia antiaérea, «não é
compatível com o envio de um batalhão para uma missão
no exterior, sob pena de o dispositivo que há na Madeira
ficar completamente esvaziado».
O Chefe do Estado-Maior do Exército lembrou que o que tem
acontecido até agora nas diversas missões de paz
do exército português na zona dos Balcãs é
o destacamento de pequenas formações ou de escalão
mais baixo do que um pelotão da ZMM, situação
que «continuará a acontecer». «É
isso que vai acontecer também em 2006», frisou o
general, garantindo que, no segundo semestre deste ano, «haverá
um pequeno escalão de um pelotão da ZMM a integrar
uma força nacional destacada do exército para os
Balcãs».
Quanto ao desempenho dos militares da ZMM que são integrados
nas missões de paz, o general Valença Pinto regista
o «excelente desempenho desses militares e a excelente integração
que eles têm tido com as unidades continentais em que se
integram e com que vão para a Bósnia e o Kosovo».
Corpo de pescador resgatado do mar em
Machico
O corpo de um pescador de 36 anos foi encontrado na tarde de sexta-feira,
pelas 16:15 horas, no interior do porto de Machico. A vítima,
casada, foi tinha sido vista pela última vez na madrugada
de quarta para quinta-feira última, quando se dirigia para
a embarcação de pesca "José Ferreira".
A ausência de Sérgio Paulo Vieira só foi notada
pelos familiares quando a embarcação regressou ao
porto, na tarde de quinta-feira, sem a presença do pescador.
As autoridades foram alertadas por volta 22:00 horas, hora a partir
da qual a Polícia Marítima se ocupou do caso.
Juntamente com amigos e familiares da vítima, foi realizada
uma busca ao cais e à zona envolvente, onde se encontrou
indícios do que poderá ter estado na origem da morte
de Sérgio Vieira. No atuneiro "Porto Real", embarcação
pela qual o pescador teria de passar para chegar ao "José
Ferreira", foram encontrados vários pertences da vítima
- um saco contendo fruta, alguma roupa e cigarros -, indicando
que o pescador poderá ter caído no mar quando tentava
passar de uma embarcação para outra.
Sem luz, tal como na altura em que terá sucedido a tragédia,
a Polícia Marítima e uma equipa de mergulhadores
dos Bombeiros Voluntários Madeirenses começaram
as buscas subaquáticas na manhã de sexta-feira.
Buscas essas que se prolongaram até à tarde, altura
em que encontraram o corpo do pescador.
Governo Regional cria apoio para empresários
emigrantes
O vice-presidente do Governo, João Cunha e Silva, anunciou
esta semana em Caracas a criação de uma Unidade
de Apoio aos Empresários Emigrantes, através do
Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE), com o objectivo
de responder às aspirações dos emigrantes
empresários e facilitar as possibilidades ao nível
do investimento.
Na Venezuela, Cunha e Silva reuniu-se com mais de cem empresários
luso-venezuelanos para apresentar os fundos e meios de que dispõem
caso pretendam criar novas empresas na ilha.
Os tipos de apoio vão desde os serviços de aconselhamento
jurídico, técnico, económico e fiscal, à
formação profissional e divulgação
de apoios comunitários a nível nacional e regional,
para além da possibilidade de adesão a fundos de
financiamento, como o Capital de Risco e a Garantia Mútua,
como garante a incubação de empresas para jovens
empreendedores e a instalação em parques empresariais
da Madeira.
“Temos que arranjar alternativas e devemos apoiar o investimento
estrangeiro e dos emigrantes empresários que vivem na Venezuela”,
destacou Cunha e Silva, salientando ainda que, da mesma forma,
algumas empresas na ilha querem internacionalizar-se e, com apoio
dos investidores, isto é possível”.
Entre os parceiros da iniciativa do IDE apresentada aos emigrantes,
destacam-se o Centro de Empresas e Inovação da Madeira,
a Madeira Parques Empresariais e a Direcção Regional
de Formação Profissional.
Manuel Moreira, presidente Caporven Carabobo, disse ao correspondente
do Diário de Notícias na Venezuela que esta “é
uma boa oportunidade para demonstrar aos comerciantes venezuelanos
o potencial dos comerciantes portugueses”.
Também José Gabriel da Vera-Cruz, presidente Caporven
Aragua, considerou esta iniciativa “uma maravilha, pois
os emigrantes já sofrem muito na Venezuela”. “Não
quero ser egoísta neste sentido, mas penso que isto devia
ter sido feito há vinte anos atrás. Duvido que levemos
os nossos filhos para Portugal para constituírem empresas…
A não ser que haja algum problema neste país e tenhamos
que emigrar. Pois neste momento já é muito difícil
conseguir arrastá-los para a nossa terra. Nós como
venezuelanos, emigrantes portugueses, temos as nossas raízes
cá. Temos tudo cá. Contudo, é um excelente
apoio para os que tenham possibilidades de investir agora lá”,
referiu.
Para Nelson Coelho, presidente Lar Geriátrico de Maracay,
tratou-se de um encontro “muito positivo, pelo menos para
muitos emigrantes da Venezuela. É preciso dar resposta
aos empresários emigrantes para que estes saibam o que
têm de fazer para investir em Portugal, pois muito pouco
se sabia sobre o assunto. Isto deveria ter sido feito antes, mas
nunca é tarde”.
Empresa municipal para gerir parque habitacional
de Santa Cruz
A Câmara de Santa Cruz pretende constituir uma empresa municipal
para gerir o parque habitacional e toda a intervenção
da autarquia nesta área, por forma a garantir outra agilidade
e especialização a um sector apontado como um dos
mais problemáticos do município.
Conforme revelou o presidente de autarquia, a empresa vai actuar
não apenas na gestão das dezenas de apartamentos
sob responsabilidade camarária, como também vai
coordenar a intervenção do município junto
das cerca de mil famílias inscritas, neste concelho, em
diferentes programas de apoio à habitação.
Segundo José Alberto Gonçalves, a empresa vai ajudar
a encontrar soluções concretas ao nível do
arrendamento, da compra a custos controlados ou da cedência
de meios para reparações de habitações
degradadas.
Com a criação desta empresa, a Câmara Municipal
de Santa Cruz espera obter novos meios de financiamento, designadamente
apoios europeus, nacionais e também regionais.
O presidente da Câmara considera que esta medida, cuja implementação
conta com uma verba inicial de 50 mil euros, permitirá
maior capacidade de resposta perante os munícipes e uma
reorganização dos recursos humanos.
Delegados do ICEP na Europa visitam
“novas realidades” na Madeira
O secretário de Estado do Turismo, o madeirense Bernardo
Trindade, salientou quinta-feira no Funchal “o excelente
relacionamento institucional” existente entre o departamento
que dirige e as secretarias regionais do Turismo da Madeira e
dos Açores.
Bernardo Trindade falava para vários delegados do ICEP
destacados em vários Países da Europa e outros membros
do Instituto de Turismo de Portugal, que durante este fim-de-semana
se deslocaram à Madeira para conhecerem as novas infra-estruturas
criadas nos últimos anos e a nova realidade regional do
destino turístico.
O secretário de Estado esclareceu que a iniciativa de trazer
ao Funchal os delegados do ICEP integra-se numa acção
mais envolvente de trazer a Portugal os diversos agentes da oferta
turística nacional, tal como já tinha acontecido
em Setembro passado nos Açores, por ocasião do Dia
Mundial do Turismo.
Esta reunião no Funchal, a exemplo do que já tinha
sido feito nos Açores, em Setembro do ano passado, foi,
segundo o próprio secretário de Estado, uma forma
de abrir a rede de delegações do ICEP no estrangeiro
ao empresariado regional, a quem puderam colocar as suas questões
e preocupações, bem como esclarecer algumas questões
que estivessem mal explicadas.
Bernardo Trindade salientou também a necessidade de se
realizarem estas reuniões de trabalho atempadamente, no
início do ano, de forma a que possa ser preparada a época
de Outono-Inverno, que no caso particular da Madeira, é
a que maior número de turistas atrai e que, tradicionalmente,
desperta maior atenção dos mercados internacionais.
Por sua vez, o secretário regional do Turismo e Cultura
da Madeira, João Carlos Abreu, considerou os delegados
do ICEP “os verdadeiros embaixadores de Portugal nesses
países”, tendo em conta os interesses do sector turístico,
já que “é através deles que alcançamos
as clientelas que pretendemos atingir e outras, sobretudo nos
novos países aderentes à União Europeia,
que de outra forma não conseguiríamos”.
Os delegados do ICEP, com o seu presidente, Marques da Cruz, e
o presidente do Instituto de Turismo de Portugal, Orlando Carrasco,
reuniram com entidades regionais e empresários do sector,
visitaram novas unidades hoteleiras, efectuaram uma volta à
ilha, assistiram ao cortejo de Carnaval e terminaram a visita
à Região no Porto Santo onde conheceram o Campo
de Golfe, o complexo de campos de ténis, o campo de desportos
de praia do Penedo do Sono, a promenade, o Centro Cultural e de
Congressos e o Centro de Talassoterapia.
REPORTAGEM
Reproduzimos, na íntegra, uma reportagem feita pelo jornalista
Alberto Pita, sobre violência doméstica e publicada
no Jornal da Madeira.
Total de 2005 representou menos 99 casos
do que em 2004 709 queixas por violência doméstica
A violência doméstica é «talvez a mais
vergonhosa violação dos direitos humanos»,
como diz o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, mas ela
existe em todas as partes. Na Madeira, a PSP recebeu, no ano passado,
709 denúncias, e a Equipa de Apoio às Mulheres Vítimas
de Violência Doméstica do Centro de Segurança
Social da Madeira recebeu, nos últimos três anos,
o pedido de apoio de 269 mulheres. O JM conta aqui um desses casos.
Não podemos escrever o seu verdadeiro nome, porque, se
for identificada, pode voltar a ser agredida. Não podemos
dizer onde mora, porque ele pode ir lá. Temos de omitir
certos detalhes da sua história para sua segurança.
São estes os compromissos que assumimos quando finalmente
encontrámos uma mulher, vítima de violência
doméstica, disposta a contar a sua história.
A mulher, que aqui designamos por “Maria”, vive agora
escondida. Alugou uma casa e está em paz com os filhos.
Trabalha. Ganha o pão para alimentar os filhos.
Já não se sente humilhada como antes. Como quando
o pai dos seus filhos atirava as compras para o chão, ou
quando partia tudo o que tinha dentro de casa, as portas, a loiça,
ou como quando lhe rasgava as roupas, apesar de velhas e antigas.
Não. A sua vida está diferente.
“Maria” já não teme a chegada do homem
bêbedo a casa pronto a espancá-la. O medo já
não a consome quando o fim-de-semana se aproxima, porque
sabe que o homem já não pode descarregar nela a
fúria nascida nos bares por onde se embebedava. «Se
ele tinha uma discussão fora, eu é que pagava as
favas», recorda. Os sábados e os domingos já
não são para si um «inferno». Não.
Ele já não lhe “chega”.
Mas onde é que esta mulher ganhou forças para fugir?
Como ultrapassou o medo? Quem lhe deu a coragem? Os filhos. Tão-só.
Os filhos assistiam às agressões, às ameaças
com a foice, aos gritos de raiva dele e aos gemidos de dor dela.
Os filhos, ainda crianças, eram as suas testemunhas, mas
também os seus confidentes e suporte. Foram quem alimentou
a força que aos poucos foi ganhando para dizer basta e
correr atrás de ajuda.
Há mais de uma década que “Maria” vivia
em sofrimento. Foi agredida muitas vezes. Mas nunca foi ao hospital.
Não tinha autorização para sair de casa,
não podia falar com os outros, nem sequer com a família.
Esperava que as marcas desaparecessem. As do corpo saíam,
as outras não.
A violência tornou-se mais frequente quando decidiu começar
a trabalhar como ajudante de cozinheira.
“Maria” sabia que o homem não queria que ela
trabalhasse e que se o fizesse mais pancada viria. Por isso ia
às escondidas. O segredo, contudo, foi descoberto passados
uns meses. O homem ia fazer «escândalos» à
casa do patrão, mas o dono do restaurante não se
intimidou e disse-lhe que podia trabalhar para ele enquanto quisesse.
Ela aceitou e agradeceu-lhe.
A frequência das agressões intensificou-se. “Maria”
começou então a chamar a polícia. Pensava
meter um processo-crime contra o agressor, mas as suas «falinhas
mansas» faziam-na desistir. Tinha a frágil esperança
de que ele mudaria. Mas «dias depois voltava a mesma história».
Sentindo-se num beco sem saída, vivia desesperada. Um dia
ouviu falar da ajuda que a Segurança Social dava às
mulheres vítimas de violência. Decidiu ir pedi-la.
A Segurança Social deu-a.
Foi então que saiu das “amarras” do homem e
refugiou-se na Casa de Abrigo da Segurança Social, onde
esteve sete meses. Recebeu «ajuda psicológica»
e apoio diverso. Sente-se tão agradecida que não
consegue arranjar adjectivos suficientes para classificar o apoio
recebido.
«Consegui a paz», resume.
Após algum tempo e com dinheiro poupado, foi viver com
os filhos para uma casa de aluguer, onde está actualmente.
Agora, garante estar «bem» e aconselha a quem ainda
vive um calvário semelhante ao seu que «lute».
«Lutem, porque, se não, não conseguem. Pensem
positivamente», diz, reconhecendo que, também ela,
temeu o seu futuro quando foi para a Casa de Abrigo. “Maria”
diz que vale a pena as vítimas de violência doméstica
denunciarem os seus casos à polícia e pedirem ajuda
a este género de organismos. «Há muita mulher
que encobre, umas por medo outras por vergonha», afirma,
arriscando dizer que hoje «há mais violência
doméstica do que antigamente».
Não conseguimos confirmar esta última afirmação,
podemos, no entanto, dizer que há um aumento das denúncias
destes casos. Fruto das mudanças da nossa sociedade e das
políticas governamentais, as vítimas sentem cada
vez mais que vale a pena denunciar.
Teresa Carvalho, psicóloga na Equipa de Apoio às
Mulheres Vítimas de Violência Doméstica da
Segurança Social, acredita que «a mudança
está a acontecer: lenta, gradual, mas crescente».
Para o demonstrar, apresenta números que confirma que em
três anos (2003 a 2005) 269 mulheres solicitaram a intervenção
desta equipa, e 64 mulheres e 118 crianças, filhos destas
mulheres, tiveram protecção e apoio nas duas Casas
de Abrigo e Casa de Transição existentes na RAM.
Para Teresa Carvalho, «estas mudanças só se
tornaram possíveis pela vontade e esforço políticos
e sociais que criaram legislação, desenvolveram
estruturas, organizaram serviços, estabeleceram circuitos
de protecção e apoio e iniciaram um processo de
sensibilização e formação necessários
à mudança de conceitos e atitudes».
Violência doméstica origina cinco mortes por semana
De acordo com a União de Mulheres Alternativa e Resposta
(UMAR), em apenas um ano, 39 mulheres portuguesas foram assassinadas
pelos actuais ou ex-companheiros.
A notícia, publicada no final de Novembro último,
acrescentava ainda que cinco mulheres morreram por semana por
razões directas ou indirectamente relacionadas com este
tipo de violência, sendo os casos mais frequentes problemas
cardíacos e depressões que levam ao suicídio.
Por outro lado, a presidente da Comissão para a Igualdade
e Direitos das Mulheres, Elza Pais, denunciou, no Parlamento nacional,
a 31 de Janeiro último, que muitas mulheres vítimas
de violência doméstica «ajudam a apagar provas».
Perante a Subcomissão Parlamentar para a Igualdade de Oportunidades,
Elza Pais considerou urgente promover estudos para «perceber
o que é que se passa com a aplicação da lei
sobre violência doméstica», afirmando que «a
nível da aplicação da lei e criação
de condições há ainda um grande percurso
a percorrer juntamente com os tribunais e o Ministério
Público».
DESPORTO
Penafiel, 1 X Nacional, 2
O Nacional regressou às vitórias. Derrotou o Penafiel
por 1-2, após dois jogos com resultados negativos. As dificuldades
climatéricas foram sentidas pelas equipas não só
devido ao frio e à chuva, mas também opor causa
do terreno que não se encontrava nas melhores condições.
Apesar disso, os madeirenses foram superiores à equipa
anfitriã.
FC Porto, 1 X Marítimo, 0
O Marítimo saiu derrotado do Estádio do Dragão.
Perdeu ao Porto por um golo. Mesmo assim, a prestação
dos madeirenses foi elogiada. Faltaram os golos. Meireles marcou
o golo que gravou a vitória do Porto.
Cristiano Ronaldo veio à Madeira
para inaugurar
nova loja com as suas iniciais
o madeirense do Manchester United esteve, no passado fim-de-semana,
na Madeira, numa visita relâmpago. Veio marcar presença
na inauguração da loja de roupa CR7 (Cristiano Ronaldo,
nº 7), aberta na Ajuda pela sua irmã Elma Aveiro.
A abertura contou com a presença de vários curiosos
por ver o jogador madeirense que tem estado nas bocas do mundo,
não só pelos seus feitos desportivos mas também
pela sua vida pessoal, vindo a fazer capas de revistas”cor-de-rosa”.
Uma das convidadas foi Merche Romero, apresentadora da RTP 1.
Para além de vários amigos de Santo António,
onde nasceu e passou a infância, Cristiano Ronaldo contou
com a presença do presidente da Câmara Municipal
do Funchal e família para a inauguração da
loja da irmã.
A “estrela” madeirense do Manchester United, pouco
mais de 24 horas depois de ter jogado pela sua equipa para a Taça
de Inglaterra — derrota por 1-0 com o Liverpool —,
veio à Madeira para estar presente na inauguração
do novo espaço comercial, situado na Ajuda. A loja “CR7”
(Cristiano Ronaldo/número 7) contou com a presença
do presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque,
bem como da apresentadora da RTP1, Merche Romero.
«Não falo. Não posso, nem estou autorizado
a prestar declarações. Sobre a loja falem com as
minhas irmãs, Kátia e Elma». Estas as únicas
palavras que Cristiano Ronaldo proferiu aos jornalistas, ontem
à tarde, na inauguração do novo espaço
comercial, no Funchal — a loja “CR7”.
Pouco passava das 18h30 quando o internacional madeirense chegou
ao local para descerrar uma lona que tapava o nome da loja e juntar-se
às suas irmãs (Kátia e Elma), bem como ao
presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, e à
apresentadora do canal 1 da RTP, Merche Romero.
Além das dezenas de jornalistas, muitas outras dezenas
de curiosos aguardavam, impacientemente, a chegada do “craque”
do Manchester United, assim como a família do jogador e
amigos. Com alguma confusão à mistura, por entre
pequenos encontrões e empurrões, o espaço
foi inaugurado, com pompa e circunstância, e os convidados
de honra foran, ainda, brindados com copos de champanhe.
Os curiosos ficaram à porta, enquanto no novo espaço
— com uma decoração muito “soft”
e bem conseguida — os “convivas” iam comentando
e apreciando as roupas e os acessórios da loja. Com Ronaldo
em “black-out”, coube à sua irmã Elma
Aveiro Caires falar sobre o novo espaço
«Este sonho só foi possível concretizar devido
ao meu irmão, e estou muito feliz», começou
por dizer emocionada, salientando que «sem o apoio dele
tudo isto não seria possível. Como todos sabem,
trabalhamos para viver o dia-a-dia e, assim sendo, não
conseguia uma coisa destas».
Depois de ter trabalhado como empregada de mesa e lojas de roupa,
Elma Caires referiu que a loja ontem inaugurada irá vender
«roupa italiana e umas novas marcas que saíram agora
para o comércio, que iremos representar aqui na Madeira».
Quanto ao novo do espaço (“CR7”) frisou que
«foi em homenagem ao meu irmão — Cristiano
Ronaldo — porque foi ele que me ajudou. A finalizar, disse
que o futebolista do Manchester «irá ter uma presença
mais assídua na loja» e gracejou que «não
irá ser modelo, mas sim um cliente».
Refira-se que Ronaldo irá permanecer na Madeira cerca de
24 horas, partindo esta manhã rumo a Inglaterra, onde se
juntará à sua equipa, Manchester United.
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