|
Parque ecológico do Funchal com
mais 12 hectares
A Câmara Municipal do Funchal apresentou, recentemente,
em conferência de imprensa, a nova área de 12 hectares
que passa a estar integrada no Parque Ecológico do Funchal,
denominada Montado dos Curraleiros. Esta área foi cedida
à edilidade funchalense pela antiga colectividade de regantes
“Associação da Levada da Cova do Vento”,
e vai permitir o aumento da área protegida no Parque para
pouco mais de mil hectares.
Um dos objectivos principais da cedência é a preservação
e melhoramento do coberto vegetal indígena desta parcela
de terreno, de grande valor botânico, contribuindo assim
para a melhoria da qualidade ambiental e biodiversidade do concelho.
Miguel Albuquerque sublinhou, na apresentação, que
esta “nova maravilha” é propriedade de todos
os funchalenses e madeirenses.
O presidente da edilidade louvou publicamente o conjunto de cidadãos
que fez a cedência gratuita do terreno para a cidade e,
por outro lado, apelou às famílias e escolas para
que usufruam ainda mais daquele «espaço magnífico»,
com toda a sua diversidade de plantas e animais e, sobretudo,
do centro de educação ambiental, na Ribeira das
Cales.
«Temos uma zona de lazer para piqueniques, para passeios
turísticos, as levadas estão recuperadas. Penso
que temos aqui uma zona de recreio e lazer ao serviço da
população, para além de ser uma zona de preservação
da nossa vegetação endémica», disse
ainda.
Em 2005, foram emitidos 10.105 passaportes
na Madeira
Em 2005, foram emitidos na Madeira 10.105 passaportes, um número
que representa um recorde a este nível.
Em 2005 alcançou-se «o maior número de passaportes
emitidos, na RAM, nas últimas duas décadas, ultrapassando,
pela primeira vez, a mítica barreira dos dez mil».
De acordo com o director regional da Administração
Pública e local, do total de passaportes emitidos, cinco
foram especiais. Para além disso, e comparando a 2004,
notou-se um aumento de 788 passaportes, correspondente a um acréscimo
de 8,5 por cento.
Segundo Jorge Oliveira, os madeirenses estão a viajar cada
vez mais para o estrangeiro, daí o aumento dos pedidos
de passaporte.
Pronunciando-se a respeito da evolução que se tem
registado nos últimos 18 anos, em termos de emissão
de passaportes, o responsável salientou que “entre
1989 (9.148 passaportes emitidos) e 1996 (4.957, o número
mais baixo) houve um lento, mas contínuo, decréscimo
nas emissões. Mas, a partir de 1996, houve um aumento,
embora com oscilações diversas».
“Enquanto em finais da década de 80 e mesmo em 1990,
a média anual de passaportes emitidos rondava os nove mil,
esse número caiu para uma média de sete mil na primeira
metade dos anos 90, vindo a cifrar-se em cerca de cinco mil no
final dessa década. Em 2000, 2001 e 2002, a emissão
de passaportes ultrapassou, de novo, a barreira dos seis mil,
em 2003 superou o limiar dos sete mil, em 2004 excedeu os nove
mil e em 2005 atingiu os 10.105», referiu ainda.
Explicando as razões da diminuição inicial
dos valores, Jorge Oliveira apontu três factores: “por
um lado, desde 1989, a validade dos passaportes passou de cinco
para dez anos no caso de maiores de 25 anos, por outro, com a
adesão à União Europeia, o bilhete de identidade
converteu-se em documento suficiente para a entrada nos respectivos
Estados-membros e, por último, a diminuição
acentuada da emigração madeirense».
Por seu turno, o aumento registado nos últimos anos ficou
a dever-se, realça Jorge Oliveira, por um lado, «aos
emigrantes, que aproveitam os seus períodos de férias
na Região para renovar os seus documentos pessoais e, por
outro, ao incremento do fenómeno turístico, que
vem associado à crescente melhoria do nível de vida
dos madeirenses». A propósito, é de salientar
que, no Verão, o número de pedidos aumenta, o que
vem comprovar a opinião anteriormente manifestada pelo
responsável.
Vinte famílias poderão ser
expulsas este ano devido
a actos de vandalismo
A Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) poderá tomar
medidas de expulsão de duas dezenas de famílias
dos bairros sociais, devido a actos de vandalismo e má
conduta. Isto após sucessivos avisos por parte do organismo
para que alterassem o seu comportamento. Paulo Atouguia reconhece
que esta não é a situação desejável
mas, sendo a instituição que preside confrontada
com situações complicadas em bairros sociais, por
vezes vê-se obrigada a expulsar pessoas das casas que lhes
foram entregues. O presidente da IHM sublinhou no entanto, que
despejar uma família porque não pagou a renda ou
vandalizou não é fácil porque esta fica mais
entregue a si própria. Mas há casos em que é
necessário porque estão a prejudicar a vida da comunidade.
Quanto às expulsões, estas poderão ocorrer
com famílias residentes em bairros sociais do Funchal,
em Câmara de Lobos e no Bairro da Nogueira, na Camacha.
Estas medidas devem-se a diversas situações de comportamentos
anti-sociais “muito, muito graves em todos os bairros sociais”
os quais, segundo o presidente da IHM, Paulo Atouguia terão
que ter uma solução.
É de referir que a empresa está a fazer um levantamento
dos casos mais problemáticos em cada bairro. A instituição
pretende fazer uma última tentativa, em colaboração
com outras entidades, para ver se há possibilidades de
resolver o problema.
No entanto, referiu que são situações sobre
as quais terão que ser tomadas medidas. “A situação
assim é que não poderá continuar porque não
é admissível que uma única família
faça de um bloco de apartamentos de famílias “normais”
e mais ou menos organizadas um bloco indisciplinado — todas
as famílias têm os seus problemas, como é
evidente — mas estamos a falar aqui de situações
limite”. Exemplificando, Paulo Atougua disse que se tratam
de situações de pessoas que não deixam ninguém
dormir, ameaçam e agridem. Por isso, e numa situação
limite, a solução passa pela acção
de despejo.
“A IHM, numa primeira fase, tenta chamar a atenção
das pessoas em causa. O que acontece é que, em alguns casos,
estas não alteram o seu comportamento e continuam a ser
um factor desestabilizador para o meio onde vivem. Só em
último recurso é que a IHM avança com a acção
de despejo.
Paulo Atouguia lamentou os actos de vandalismo que assolam alguns
bairros sociais tendo recordado que há um esforço
enorme que é feito pelos contribuintes para dar condições
de habitação às famílias mais frágeis
e mais carenciadas.
No entanto, estas acabam por ser prejudicadas por duas ou três
situações que, embora minoritárias põem
em causa o bom ambiente porque há pessoas que vandalizam,
geram insegurança e levam o tráfico de estupefacientes
para os bairros sociais, pondo em causa o bem-estar e a qualidade
de vida das restantes famílias”, pode ler-se nas
declarações de Atouguia ao Jornal da Madeira.
Câmara do Funchal quer criar mercado
de flores na Arriaga
A faixa sul da Avenida Arriaga, onde se encontra o Teatro Municipal
Baltazar Dias, por exemplo, será encerrada ao trânsito
após a Festa da Flor, em Abril ou Maio. Após as
obras, que tornarão aquele espaço numa zona restrita
aos transeuntes, a Câmara Municipal do Funchal vai programar
uma série de eventos para a nova placa que ali ficará
localizada. De acorco com o presidente da edilidade, Miguel Albuquerque,
a intenção é criar um espaço livre
pedonal onde, para além de uma zona de esplanadas, serão
promovidos alguns eventos culturais e, também, um pequeno
mercado de flores, que se realizará duas vezes por mês.
«Todos os anos, a própria Secretaria do Turismo promove
uma pequena exposição de flores que regista um grande
número de visitas», recordou, salientando que esta
iniciativa será importante não só para os
turistas como para os madeirenses. Para a realização
da feira, serão colocados “stands” amovíveis
para a venda de todo o tipo de flores. «É uma oferta
interessante, do ponto de vista da promoção da ilha,
aproveitando o próprio turismo de cruzeiros», disse
ainda.
Quanto à abertura de esplanadas, Miguel Albuquerque avisou
desde já que terão de ostentar a mesma qualidade,
hoje, presente no Golden Gate. «Não vamos admitir
nada inferior, nem permitir que ocupe a via toda», acentuou.
O “Café do Teatro”, para já, é
um dos interessados, mas a Câmara espera que outros possam
surgir, avisando também que a edilidade não irá
autorizar a abertura de quiosques.
Investir na Região é uma
garantia apesar
do que suceder no resto do país
O presidente do Governo Regional presidiu, no final da semana
passada, a inauguração do Hotel Vila Galé
Santa Cruz, um evento que contou com a presença de cerca
de 500 convidados, entre os quais o secretário de Estado
do Turismo, Bernardo Trindade.
Trata-se de um investimento superior aos 20 milhões de
euros e que se tornou possível graças ao empenho
e espírito de entreajuda focados pelo homem forte deste
grupo hoteleiro nacional, o segundo maior de Portugal. Por isso
mesmo, o presidente da Câmara, José Alberto Gonçalves,
agraciou Nuno Rebelo de Almeida com o brasão daquele município.
O presidente do Governo Regional começou por dizer, no
seu discurso, que o facto de a Madeira ser uma Região Autónoma,
não faz dos madeirenses menos portugueses. Mas, por outro
lado, esta distância e estatuto criam uma espécie
de competitividade sã no Estado.
Criticando “guerrinhas” de representantes de governos
de partidos distintos, Alberto João Jardim sublinhou que
“não é com este tipo de mediocridades que
se leva por diante um país”, sendo necessário
olhar para o futuro, fazer o país criar rendimento e distribui-lo
pelas populações.
Como tal, Jardim confessou, com algum sentido de humor, que gosta
de ter na Madeira muitos empresários, que tenham muitos
lucros, que paguem muitos impostos, para que assim faça
muitas obras, muitas inaugurações e ganhe, dessa
forma, eleições. “os portugueses da Madeira
estão aqui para trabalhar, para ajudar a fazer Portugal,
mas da Madeira que entendermos e não como nos for imposto”,
garantiu depois. Como tal, “suceda o que suceder no resto
do país, não há investimento tão seguro
como este, porque aqui não se tenta conciliar o inconciliável
e que tem levado Portugal a situações de impasses”.
Ou seja, “aqui não haverá impasses, o seu
investimento está mais do que garantido”, disse Jardim
dirigindo-se ao sector hoteleiro.
A inauguração de um hotel na Madeira por parte do
segundo maior grupo hoteleiro de Portugal mereceu a presença
do secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade que,
no seu discurso, falou sobre a dignificação do concelho,
da Região e do país em virtude do sucesso do investimento
num sector que hoje em dia representa 11 por cento da riqueza
nacional e dez por cento do emprego.
Mercado Hortícola do Sul concluído
em 2008
O secretário regional do Ambiente e Recursos Humanos inaugurou,
na passada semana, o Mercado Hortícola dos Canhas. Na oportunidade,
Manuel António Correia anunciou que o mercado hortícola
do Sul será uma realidade em 2008.
Este será um espaço pensado a servir os agricultores
localizados no eixo Ribeira-Brava/Machico e que irá cobrir,
na íntegra, toda a Região.
O governante explicou que os projectos estão em fase de
elaboração e que a obra deverá ficar concluída
até 2008.O novo espaço ficará localizado
no concelho do Funchal e perto das novas acessibilidades. Quanto
ao mercado inaugurado nos Canhas, é um complemento a outros
já em funcionamento nos Prazeres, em Santana e em Gaula,
durante todos os domingos.
Direcção Regional de educação
faz levantamento do
abandono e insucesso escolar
A Direcção Regional de Educação
vai fazer um levantamento nas escolas da Região dos dados
relativos ao abandono e ao insucesso escolar, noticia o Jornal
da Madeira com base em declarações do director regional.
De acordo com Rui Anacleto, a taxa de abandono escolar na Madeira
está dentro das médias nacionais, o que não
deixa de ser preocupante. Como tal, a Direcção Regional
vai avançar com o levantamento das situações
anteriormente referidas.
Foi enviado um ofício-circular às escolas da Região
dando conta desta medida. O processo já está a ser
feito na página de Internet deste organismo, pelo que os
referidos dados vão depois estar disponíveis neste
sítio.
Um milhão de atendimentos na Loja
do Cidadão
A Loja do Cidadão deverá atingir, até ao
próximo dia 23, um milhão de atendimentos. Um número
a ser atingido pouco mais de um ano de funcionamento, como reforçou
o vice-presidente do Governo Regional, que inaugurou no Porto
Santo, o Posto de Atendimento do Cidadão.
Para João Cunha e Silva, um milhão de atendimentos
na Loja do Cidadão é também significativo,
tendo em conta que a Região tem 270 mil habitantes.
«A Loja do Cidadão abriu há um ano e pouco,
e é com natural regozijo que anuncio, aqui, que as previsões
são para que, no próximo dia 23, possamos atingir
um milhão de atendimentos nos diversos serviços
da loja», disse na abertura do Posto de Atendimento do Porto
Santo. Salientou ainda que não é só a quantidade
que interessa. «A quantidade e a qualidade do serviço
que prestamos, e que tem sido elogiado por todos, deve-se sobretudo
ao excelente serviço prestado pelos funcionários
da Loja do Cidadão à população da
Madeira», enalteceu.
No que diz respeito ao posto inaugurado, o vice-presidente do
Governo Regional da Madeira disse aos presentes que este espaço
dota o Porto santo com alguns dos serviços da Loja do Cidadão,
“numa perspectiva de cada vez ter mais acuidade e que é
de modernizar, desburocratizar e servir melhor o cidadão».
«Porque o Porto Santo é uma ilha, entendeu-se que
fazia todo o sentido abrir aqui, um primeiro posto de atendimento
ao cidadão, uma extensão da Loja do Cidadão»,
explicou ainda João Cunha e Silva. «Na medida que
nos é possível, vai servir melhor os porto-santenses
e fazer com que não tenham de se deslocar ao Funchal, para
tratar de assuntos urgentes e que têm a ver com a sua documentação».
Bordado Madeira produzido para o mercado
americano
Cerca de duas dezenas de trabalhos em Bordado Madeira foram desenhados
especificamente para serem comercializados no mercado americano,
pensados na procura e no gosto dos clientes. Este é o resultado
de um contrato celebrado em Janeiro entre o Governo Regional,
através do instituto do Bordado, Tapeçarias e Artesanato
da Madeira, e a Associação Empresarial Portuguesa
para alargar o número de negócios do Bordado Madeira
nos Estados Unidos.
Na sequência desse acordo, realizou-se um estudo junto do
mercado americano para apurar quais as características
e a produção que melhor poderiam interessar a esse
mercado, sem prejuízo de manter as técnicas e caracterização
própria do Bordado Madeira.
Segundo revelou, esta semana, o secretário regional da
tutela, Manuel António Correia, foi elaborada uma produção
específica, própria, para entregar ao mercado americano,
garantindo boas condições de negócio para
os empresários.
“Há muito tempo que falamos em inovação
e modernização. Penso que isto é um passo
decisivo nessa modernização”, referiu o Manuel
António Correia sobre o Bordado Madeira, que no mês
de Março será divulgado em Chicago e, em Abril,
marcará presença no “Showroom”, em Nova
Iorque.
Fernando Seabra defende câmaras
a vender dívidas
Fernando Seabra, presidente da Câmara Municipal de Sinta
e homem do futebol, defendeu esta semana no Funchal a venda das
dívidas das autarquias como alternativa ao financiamento
dos municípios, a exemplo do que se passou com a administração
central.
Na sua opinião, “titularizar os créditos”
das autarquias pode ser uma solução para combater
a falta de dinheiro das Câmaras, o que significa vender
a entidades privadas dívidas para com a autarquia.
Falando na conferência “O futuro das autarquias locais
e a gestão municipal”, organizada pela JSD-M, Fernando
Seabra considerou que as autarquias passam por um momento difícil
e “a viver um tempo de centralismo efectivo ao nível
das concepções entre as relações da
administração central e a administração
local. Mas vai voltar o tempo do municipalismo, pois tem verbas,
tem receitas”.
Fernando Seabra disse não ter dúvidas que as autarquias
vão ter a afectação de algum tipo de impostos
nacionais. A questão, frisou, é saber que tipo de
impostos nacionais e que percentagem de derrama virá para
as autarquias, pois só há três hipóteses:
IRS, IRC ou IVA. “Esta ponderação e as consequências
desta ponderação serão totalmente diferentes.
Tem que haver uma concepção que tenha em conta as
dimensões das afectações dos novos quadros
de financiamento”, concluiu.
Assembleia Legislativa aprova exploração
do jogo até 2023
A Assembleia Legislativa da Madeira aprovou esta semana, com os
votos favoráveis do PSD, a proposta do Governo Regional
de prorrogar até 2023 a concessão da exploração
de jogos de fortuna ou azar no Casino da Madeira à Sociedade
de Investimentos turístico na Ilha da Madeira (ITI).
Apesar dos protestos de todas as bancadas da oposição,
que votaram contra esta proposta por considerarem pouco claras
as contrapartidas exigidas à entidade concessionária,
nomeadamente a construção de um hotel no Porto Santo,
isenção de impostos e o pagamento à Região,
a título de contrapartida pecuniária, 4.250.000
euros, o secretário regional do Turismo e Cultura assegurou
que neste processo “não há favores”,
mas apenas o cumprimento da lei.
João Carlos Abreu salientou que a ideia de criar um hotel
no Porto Santo surge pelo facto de precisar de mais turistas e
de “ninguém querer investir” naquela ilha.
“O turismo em todo o mundo está a atravessar um momento
muito grave e há, portanto, que incentivar”, frisou.
Governo levanta inquérito à
empresa Ilhas Verdes
O Conselho de Governo resolver esta semana proceder à abertura
de um inquérito tendente a analisar a substância
das acusações formuladas ao projecto Ilhas Verdes,
“para clarificar a lisura da sua intervenção
e dos seus serviços, bem como tirar as devidas e legais
consequências relativas”.
Esta posição surge na sequência de uma denúncia
do deputado comunista Edgar Silva, que levantou na Assembleia
Legislativa da Madeira a suspeita de má gestão e
funcionamento na empresa de tratamento de resíduos Ilhas
Verdes, projecto criado com o aval do Governo Regional e com apoios
da União Europeia.
Manuel António Correia, porta-voz do Conselho de Governo,
referiu que o projecto responde às necessidades expressas
no Plano Regional de Política de Ambiente, onde se inclui
a reciclagem de entulhos. O Executivo admite, porém, que
“na execução do projecto têm sido detectadas
diversas ineficiências, todas da responsabilidade do promotor,
as quais têm sido alvo de diversas acções
na Administração Pública para obrigar o mesmo
a repará-las, porque o bom andamento do projecto é
essencial à Região”.
O Governo decidiu-se ainda pela abertura de inquérito por
considerar que “cenário descrito não se compadece
com o conjunto de acusações feitas pelo deputado
do Partido Comunista Português na Assembleia Legislativa,
“muito menos aceita-o a defesa da honra de quem a tem e
não pode ser beliscado seja por quem for”.
Por outro lado, o Conselho de Governo resolveu abrir concurso
público para a construção da Praça
para Convívio Comunitário da Tabua, no concelho
da Ribeira Brava, inserida no projecto de qualificação
urbana daquela freguesia, com a criação de espaços
para a sede da Casa do Povo, anfiteatro e zona de parque infantil.
Madeira com plano de contingência
por causa da gripe das aves
Os serviços de Saúde Pública da Madeira já
tem delineado um plano de contingência para acautelar e
actuar no caso de se verificar na Região a presença
da estirpe H5N1 do vírus da gripe das aves.
Em toda a Europa, têm-se tomado medidas drásticas
na tentativa de travar o avanço da estirpe, altamente patogénica
e transmissível ao Homem. A directora regional de Planeamento
e Saúde Pública garante que o Governo acompanha
com preocupação as notícias, mas diz que,
para já, a única coisa a fazer é estar atento
e preparar tudo da melhor maneira possível. “Os conselhos
que nós deixamos é o de que as pessoas se mantenham
informadas e mantenham são o seu sistema imunitário”.
Isabel Lencastre escusou-se a revelar se a medicação
existente para combater os efeitos de contaminação
se encontra disponível na Saúde Pública ou
nas farmácias. Segundo apurou o Jornal da Madeira, o “Tamiflu”
é considerado um dos poucos antivirais eficazes no tratamento
de pacientes com gripe das aves e encontra-se disponível
em algumas farmácias da Madeira, pelo preço de 25,17
euros, mas só pode ser vendido mediante receita médica.
Carlos Dória, director regional de Veterinária,
assegura que a observação de aves na Região
tem sido feita com especial atenção para a captura
de cadáveres de animais selvagens e às sintomatologias
que, eventualmente, possam aparecer.
“De há dois anos a esta parte, estamos a proceder
à recolha de amostras, e das centenas de análises
enviadas pela Região para Lisboa, até agora, todas
foram negativas”, disse o director regional.
Carlos Dória aconselha a população a estar
tranquila “e ir comendo o frango”, enquanto se pode,
sem grandes alardes.
Alteração à lei da
nacionalidade permite maior inclusão social
O director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras na Madeira
considera a alteração à lei da nacionalidade,
aprovada na Assembleia da República, uma medida extremamente
positiva no sentido da integração daqueles que,
nados e criados em Portugal, ou aqui permanecendo durante algum
tempo, têm toda a legitimidade de serem considerados portugueses.
Em declarações ao Jornal da Madeira, César
Inácio explica que há muitos cidadãos que
nasceram e que se tornaram homens e mulheres no nosso país
e que nunca estiveram no país supostamente da sua nacionalidade,
pelo que não faria muito sentido chamar, por exemplo, “cabo-verdiano”
a um jovem que nasceu há 10 em Portugal e que sempre aqui
viveu.
César Inácio realça ainda o facto desta medida
promover aquilo que é mais importante entre os homens:
uma sociedade coesa.
Tanto a Associação Janela Europeia como a Associação
Cultural e Recreativa Africana estão, igualmente, de acordo
com a alteração à lei, que consideram vir
permitir uma maior inclusão social.
A nova lei permite a atribuição de nacionalidade
portuguesa a imigrantes de terceira geração, desde
que tenham um progenitor nascido em Portugal, e concede também
nacionalidade a imigrantes de segunda geração desde
que o progenitor se encontre há 5 anos em situação
legal e às crianças nascidas em Portugal e que tenham
concluído o primeiro ciclo do ensino básico.
DESPORTO
Marítimo, 0 X Vitória de
Guimarães, 1
O Marítimo manteve uma prestação fraca no
jogo frente ao Vitória de Guimarães. E saiu derrotado
por 1 a 0. A má exibição da equipa madeirense
resultou numa derrota inesperada e colocou a equipa numa situação
incómoda, numa altura em que começam a desenhar-se
os "candidatos" aos quatro lugares indesejáveis
da tabela. De salientar ainda que o Marítimo viu a equipa
em campo reduzida com as expulsões de Mitchell e de Marcinho.
Nacional, 1 X União de Leiria,
4
O União de Leira deu uma goleada ao Nacional. Venceu os
anfitriões por 4-1. A jogar mal e com uma táctica
questionável, oNacional ofereceu quase tudo aos adversários
que apenas tiveram que marcar. Manteve-se a tradição
do Leiria conquistar bons resultados na Choupana, relvado onde
venceram por 2-0 e 3-0 nas duas anteriores temporadas, respectivamente.
Secretário de estado do Desporto
esteve na Madeira
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino
Dias, responsabilizou o Governo da República anterior para
os problemas que afectam o sector desportivo, em Portugal. O governante
esteve recentemente na Madeira e generalizou o problema provocado
pela decisão da Federação Portuguesa de Andebol
em “afastar” a Madeira dos campeonatos nacionais,
(ainda mais quando o Madeira Andebol sagrou-se campeão
nacional no último campeonato), ao realçar que,
no quadro institucional em que está inserido, “tem
ao mesmo tempo de respeitar o Estatuto das regiões autónomas
e a autonomia do movimento associativo e dos seus órgãos
próprios, as federações”.
As federações têm o seu espaço de decisão
até ao momento “em que as decisões e os propósitos
das suas acções violem os princípios de legalidade
que a legislação define”, defendeu Laurentino
Dias que considerou. importante para ultrapassar a situação
denunciada pela Madeira, encontrar uma solução concensualizada
para o problema das viagens dos atletas, entre a Administração
pública central, a administração regional
e as federações, onde estão incluídos
atletas das duas regiões autónomas.
Laurentino Dias reconheceu que a “questão andebol”,
é a “ponta de um iceberg” de um movimento que
pode “contaminar várias modalidades”.
“Temos de olhar para este assunto com a clareza que nos
permita, de uma vez por todas, possam clarificar o sentido em
que tudo deve funcionar quando se trata deste problema”,
apontou. “Este é um problema de custos a avaliar
pelo justificativo de algumas decisões, daí que
tenhamos de saber com que meios podemos atacar esse problema”.
“Evasivo e sem mencionar a matéria que motivou o
protesto do órgãos próprios da Região,
Laurentino Dias remeteu para a futura Lei de Bases do Desporto
a ser apresentada em Março na Assembleia da República
grande parte das soluções e enquadramento legal
das federações, associações e gestão
do desporto, escreve o Jornal da Madeira, na reportagem sobre
a deslocação do secretário de Estado à
Madeira.
Já o secretário regional de Educação,
Francisco Fernandes, exigiu cumprimento das obrigações
do Estado. A aplicação dos regulamentos da Federação
Portuguesa de Andebol “configura uma ilegalidade”,
a propósito do polémico veto à participação
madeirense nas fases regulares dos campeonatos nacionais. Francisco
Fernandes considerou que “o Estado não usou o poder
de intervenção sobre o modelo de competição
ferido de inconstitucionalidade, logo ilegal”, pelo que,
ao não ter regulamentado o princípio da continuidade
territorial, “cometeu uma ilegalidade por omissão”.
“O princípio da continuidade territorial faz incumbir
ao Estado o suporte dos custos das desigualdades, resultantes
do afastamento e da insularidade, o que não tem sido cumprido.
E foi claro: “A Região Autónoma da Madeira
não aceita nenhum princípio de organização
desportiva que crie para a Região uma situação
discriminatória tendo como justificação custos
de participação nacional acrescidos pela insularidade”.
O secretário de Educação, disse concordar
com a reformulação das competições,
mas sem discriminação e exigiu que a Região
seja ressarcida pelos danos causados, pela aplicação
dos regulamentos da Federação de Andebol e pela
não intervenção do Estado, lê-se ainda.
|