Notícias da Madeira


Reitor da Universidade da Madeira demitiu
os dois vice-reitores

O reitor da Universidade da Madeira (UMa) demitiu na passada terça-feira os dois vice-reitores, Isabel Torres e Nuno Nunes, por alegados desentendimentos relativos ao cumprimento do programa sufragado para a instituição.
Em comunicado emitido no Funchal os dois vice-reitores alegam que, embora Pedro Telhado Pereira tenha assumido o compromisso "com um programa e uma equipa responsável pela sua execução", depois de eleito tem "frequentemente desautorizado" os restantes elementos do grupo e "optado por decidir individualmente ao arrepio dos pareceres nas respectivas áreas de competência".
Acrescentam que este "acentuado desencontro entre reitor e vice-reitores se agudizou nas últimas semanas", facto que não divulgaram para preservar a imagem e funcionamento da universidade madeirense.
"Esta situação atingiu hoje o cúmulo com a injusta e despropositada demissão do vice-reitor, Nuno jardim Nunes, com quem a vice-reitora, Isabel Torres, se solidarizou, tendo sido igualmente demitida", informa o mesmo documento.
Sustentam também que não existem condições para prosseguirem a sua tarefa e que está igualmente "colocada em causa a concretização do projecto sufragado" para a UMa e expressam a suas "maiores preocupações e receios pelo futuro imediato da instituição".
Entretanto, várias notícias avançam que outros elementos da equipa responsável pela UMa se terão solidarizado com os elementos afastados, apresentando a demissão.

Pedro Telhado:.«se os dois reitores ficassem, o reitor estava enfraquecido»
Pedro Telhado explicou nesse encontro com os jornalistas que a origem dos despedimentos dos vice-reitores foi um e-mail, com “acusações e insinuações» que «nenhum reitor deve aceitar.
O reitor não divulgou o teor do email que lhe foi enviado por Nuno Nunes (email esse que nos dias seguintes estaria a ser divulgado por várias pessoas).
Na conferência de imprensa, estava Rui Carita, pró-reitor que, por lealdade, ficou do lado de Pedro Telhado. Passou assim, a ser um vice-reitor.
De salientar que, na sequência do despedimento de Nuno Nunes e da apresentação de demissão de Isabel Torres, outros doutorados apresentaram também os seus pedidos de demissão.
Pedro Telhado não se sente isolado no lugar, apesar de reconhecer que «há pessoas que não querem continuar» na sua equipa. «Enquanto a Universidade não disser que quer encontrar e tem outra alternativa, eu continuarei a exercer as minhas funções com toda a força e com o apoio, de certeza, da comunidade académica. A UMa tem de ter vice-reitores que acatem que quem representa a Universidade é o reitor, por ser democraticamente eleito pela academia, e ele tem de ter a força de se responsabilizar, em última instância, por todas as decisões, mesmo as mais impopulares. O que os senhores vice-reitores chamam desautorização, eu chamo supervisão», comentou o reitor que considerou ainda que «as pessoas é que provocaram a crise ao exigirem que o reitor aceitasse algo que não deve aceitar».
«A razão por que demiti os vice-reitores é porque quero uma Reitoria forte», disse ainda, garantindo que o projecto da UMa é para continuar a desenvolver.

Cadáver de turista suíço dá à costa no Caniçal

O cadáver de um turista suiço foi resgatado domingo, dia 26, na praia no sítio da Foz dos Ribeiros, no Caniçal, ilha da Madeira, numa operação conjunta da capitania do Porto do Funchal e Bombeiros Municipais de Machico.
Em declarações à agência Lusa, o capitão do Porto do Funchal, Ramos Gouveia, afirmou que, de acordo com os elementos do passaporte que o homem tinha consigo, trata-se de um turista com 60 anos, dado como desaparecido há cerca de um mês na ilha do Porto Santo.
De acordo com o comunicado divulgado pela Capitania, o corpo, em avança do estado de decomposição foi avistado na manhã de domingo por um pescador local, tendo sido comunicado logo de seguida às autoridades marítimas.
O corpo resgatado foi transportado para o Instituto de Medicina Legal do Hospital Central do Funchal, onde seria autopsiado.
A Polícia Judiciária não quis adiantar qualquer elemento sobre este caso, limitando-se a afirmar que está em "fase de investigação".

Assassinos de agricultor madeirense que residia na África do Sul condenados a 12 e 18 anos

O tribunal da Magistratura de De lmas, nordeste de Joanesburgo, condenou quarta-feira a 12 e 18 anos de prisão os assassinos de um agricultor madeirense em Dezembro de 2004, uma sentença considerada branda pelos familiares da vítima.
Natural da Madeira, Joaquim Gouveia desapareceu a 15 de Dezembro de 2004 na zona de Heidelberg onde geria uma quinta, tendo o seu corpo sido encontrado três dias mais tarde exibindo marcas de violência.
Segundo o relatório da autópsia, a causa da morte terá sido estrangulamento e "um forte golpe na cabeça". O médico legista refere também que os assassinos teriam passado com a viatura da vítima por cima do cadáver diversas vezes.
Os dois jovens condenados quarta-feira pela sua morte eram filhos de trabalhadores agrícolas na altura empregados pela vítima.
Johannes Magudulelo e Tumelo Ismael Mgomezulu foram condenados a 12 e 1 8 anos de prisão respectivamente pela autoria da morte de Joaquim Gouveia. Um terceiro suspeito será julgado separadamente pelo mesmo crime.
Segundo o acórdão, o crime teve contornos de extrema violência e as marcas psicológicas provocadas pelas acções dos arguidos vão permanecer na memória da família da vítima para o resto dos seus dias.
No entanto, o magistrado considerou como atenuantes o facto de os acusa dos serem "muito jovens" e terem direito a beneficiar dos "efeitos reabilitadores" da sentença. Presentes no tribunal, os familiares de Joaquim Gouveia consideraram as penas aplicadas "um ultraje à memória da vítima".
Natália, uma das filhas da vítima, disse à agência Lusa que "as sentenças não fazem justiça à memória do pai"."A palavra reabilitação não faz sentido num crime como este, o mais provável é que eles cumpram metade das penas, sejam libertados e cometam mais crimes do género, como tantas vezes acontece na África do Sul", considerou.
Luísa, Ana Maria e Carlos, também filhos de Joaquim Gouveia, não se conformam com as penas aplicadas aos homicidas. Recordam que as circunstâncias agravantes eram, neste caso, muito mais fortes que as atenuantes, mas que o juiz decidiu no sentido oposto.
"Justiça foi coisa que não esteve hoje aqui presente neste tribunal", desabafou Luísa, recordando que é chocante terem sido os filhos daqueles a quem o pai dava trabalho a "matarem-no de forma tão bárbara".
David Gonçalves e Manny Ferreirinha, dois elementos da direcção do Fórum Português que deram apoio à família Gouveia durante todo o processo, salientaram em declarações à Lusa que a situação criminal na África do Sul continua a constituir uma séria preocupação.
"O memorial às vítimas do crime, erigido na igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Brentwood Park, já tem 360 nomes e fotos de vítimas portuguesas e a ironia é que, quando o governo diz que a criminalidade está sob controlo, o memorial já não tem mais espaço disponível para novas vítimas", referiu David Gonça es.
Em reacção à sentença deste caso, Gonçalves referiu que ela revela não existirem sinais de melhoria no sistema judicial. "Apenas quatro por cento dos casos de homicídios entre a comunidade portuguesa, ilustrada no nosso memorial, resultaram em condenações, isso diz tudo", concluiu o dirigente.

Jardim recusa-se a celebrar com oposição e diz que
a ele não dão lições sobre o 25 de Abril

O presidente do Governo Regional da Madeira pronunciou-se a respeito do facto do PSD e o Executivo não concordarem com uma celebração na Assembleia da Madeira do 25 de Abril. Este ano, a Assembleia não irá celebrar a efeméride.
Falando na inauguração da Estação elevatória da Ribeira Brava, Alberto João Jardim disse que a ele não dão lições sobre o 25 de Abril e que recusava celebrar a data com “figuras caricatas” e “hipócritas” que só falam no 25 de Abril no próprio dia. Para Jardim, 25 de Abril é celebrado diariamente, sendo a Madeira por si só uma grande celebração dos princípios de Abril.
«Se há alguém que concretizou o espírito do 25 de Abril — democratizar, descolonizar e desenvolver — foram os meus Governos. A Região democratizou-se, descolonizou-se sem pôr em causa a unidade Pátria, e desenvolveu-se. O que Abril significou para a democracia e desenvolvimento deve ser uma presença constante e não apenas numa única ocasião, com as mesmas figurinhas caricatas a dizer umas asneiradas numas sessões comemorativas», defendeu o governante. A data é celebrada com a realização da democracia, da autonomia e do desenvolvimento. «Portanto, ninguém me vai dar lições sobre o 25 de Abril e sobre estes temas», reforçou ainda.
Salientando haver muita hipocrisia em torno da data, Jardim disse que «são alguns dos que falam do 25 de Abril, que o iam transformando num regime totalitário. São esses que hoje falam que queriam e ainda querem o regime comunista em Portugal. Basta de hipocrisias. Se em Lisboa querem comemorar com os inimigos da democracia a festa da democracia, são livres de o fazerem. Mas na Madeira nós, que lutamos pela democracia, autonomia e desenvolvimento, recusamos partilhar a data com os seus inimigos e que sempre votaram contra e opuseram-se a todos os investimentos e melhoramentos que fomos fazendo na nossa terra», disse ainda.

Manuela Ferreira Leite defende a redução da despesa para país mais competitivo

A ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite esteve recentemente na Madeira, onde participou de uma palestra no âmbito de uma pós-graduação em fiscalidade na Escola Cristóvão Colombo. Nesse evento, a ex-ministra defendeu a alteração do sistema fiscal e a redução da despesa pública para que seja possível uma redução dos impostos, como pontos essenciais para um novo modelo de desenvolvimento do país. “Para uma maior competitividade do país a ex-ministra das Finanças do governo de Durão Barroso defende a simplificação do sistema fiscal como forma eficaz de combater a fraude e a evasão fiscal, a desburocratização para que todos os processos sejam céleres, um sistema de justiça eficaz, a formação dos trabalhadores e uma legislação laboral flexível.
Manuela Ferreira Leite lembra que Portugal está a divergir da média da União Europeia e a ser ultrapassado por outros países fundamentalmente depois da entrada no Euro, porque manteve uma política monetária expansionista, devido aos juros baixos, quando deveria ter apostado numa política orçamental contraccionista e na redução da despesa. O resultado desta opção, frisou, foi todos viverem acima daquilo que podiam com o natural endividamento das famílias, das empresas e do país.
Uma situação de desequilíbrio que fez disparar o desemprego, pois o país perdeu competitividade com o modelo de desenvolvimento baseado no consumo privado e público e no investimento do Estado. Manuela Ferreira Leite é de opinião que este modelo de desenvolvimento “está esgotado”, apesar de ter sido uma “aposta correcta” aquando da adesão à União Europeia. Nessa altura “precisavamos de fazer despesa pública para captar os fundos estruturais que estavam à disposição do país”, mas agora “considero que está esgotado”.
Sublinha que a entrada na moeda única deveria ter levado o país a uma inversão da política orçamental como outros países fizeram, aproveitando a redução das taxas de juro, para reduzir drasticamente a despesa pública e reduzir os impostos. Mas a aposta foi “agarrar” no dinheiro disponível com a redução dos encargos da dívida e canalizá-lo todo para mais despesa elevando-a para um nível insustentável. O que “esteve errado foi termos estragado tudo isto” e agora a solução é com um “custo muito superior e com dor”, pois o “emprego é a única cura para dar conserto à situação de crise que o país enfrenta”, escreve o Jornal da Madeira, na cobertura feita à palestra com Manuela Ferreira Leite

25 novos casos por ano de tuberculose na Madeira


Na Região Autónoma da Madeira há registo de 25 novos casos por ano de tuberculose por cada cem mil habitantes, um número que nos coloca abaixo da média nacional. Os dados foram divulgados ao Jornal da Madeira pela médica-pneumologista Conceição Pereira,
“Com o número de habitantes da Região, apura-se que devem aparecer, por ano, entre 60 a 70 novos casos de tuberculose, manifestamente menos do que acontecia há cerca de vinte anos em todo o país. E se actualmente há quem defenda que a protecção depois da vacina tem a duração de 15 anos, a verdade é que ainda não há muitos anos as crianças levavam todos os anos a “BCG”, administrada depois da prova tuberculínica, o tal adesivo colocado na pela durante 72 horas.
Maior incidência da tuberculose e desconhecimento da doença justificavam-se na altura, mas os custos elevados das profilaxias e a redução do número de casos levou a que agora só seja feita a vacinação nos primeiros dias de vida de uma criança, porque se sabe, segundo Conceição Pereira, que “a vacinação por BCG previne as formas graves de doença”. O que é importante num país como o nosso, onde os números ainda são elevados”, escreve o JM.
De referir que, apesar da Tuberculose já não representar os números de antigamente, continuam a ser mais elevados em Portugal do que a média europeia.
A tuberculose atingiu 31 em cada cem mil portugueses em 2005, registando uma diminuição da prevalência, mas mantendo Portugal com uma taxa de novos casos superior ao dobro da média na União Europeia.
Em 2004, a incidência era de 32,4 habitantes por cada cem mil, mas apesar desta diminuição, Portugal tem mais do dobro de novos casos de tuberculose do que os registados nos outros países da União Europeia, onde a média é de 12,8 por cem mil habitantes.

Quatro voos entre Portugal e Caracas fazem escala na Madeira


A partir do próximo dia 13 de Abril, a TAP vai voar diariamente entre Portugal e Caracas, na Venezuela. De acordo com o Diário de Notícias do Funchal, a decisão da companhia aérea corresponde à grande procura que se tem verificado nesta linha, nas duas direcções e, em particular para a Madeira.
Dessa feita, na nova programação da TAP, a Madeira é contemplada com um voo exclusivo, realizado aos sábados de Caracas para a Madeira (chegadas aos domingos).
Durante a semana, haverá mais três voos de Caracas que terão escala na Madeira. Isto no Verão, refere o Diário de Notícias. O esquema inverte-se a partir de meados de Agosto até Outubro, altura em que muitos emigrantes que vêm à Madeira de férias têm de regressar ao país de acolhimento.

Finanças penhora créditos a empresas devedoras ao fisco


A Direcção Regional dos Assuntos Fiscais vai enviar cartas a milhares de contribuintes a penhoras créditos de terceiros, recorrendo a um instrumento legal que se traduz na penhora dos saldos que os contribuintes devem a empresas com dívidas ao fisco.
Na prática, em vez da administração Fiscal penhorar o prédio ou outros bens da empresa devedora, aplica a penhora aos créditos em dívida dos clientes, pelo que os contribuintes deverão informar os serviços, no prazo de 10 dias, dos valores em causa. Assim, a dívida do cliente à empresa passa directamente para os cofres da administração fiscal, que é utilizada para pagar a dívida fiscal do seu fornecedor.
João Machado, director regional de Finanças, disse ao Jornal da Madeira que este mecanismo tem-se revelado “um instrumento altamente eficaz” no combate à divida do fisco por parte de milhares de empresas.
Salientou, por outro lado, que entre as prioridades da administração Fiscal está o evitar que as dívidas às Finanças por parte das empresas e dos contribuintes prescrevam e a eficácia da inspecção tributária, que se pretende mais célere, quer na resposta aos contenciosos quer nas reclamações feitas pelos contribuintes.

Governo Português desconhece casos de emigrantes
ilegais no Canadá


A Secretaria Regional dos Recursos Humanos, com a tutela das Comunidades Madeirenses, emitiu esta semana um comunicado informando desconhecer, até ao momento, casos de famílias que estejam em situação irregular no Canadá e que venham a ser objecto de repatriação.
Na nota assinada por Brazão de Castro, o Governo madeirense diz desconhecer a existência de emigrantes madeirenses indocumentados no Canadá, conforme informações recolhidas junto da Direcção de Serviços de Migrações e Apoio Social da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas do Ministério dos Estrangeiros, entidade a quem são comunicados, oficialmente, os casos de repatriação de portugueses.
O secretário regional acrescenta ainda que o Centro das Comunidades Madeirenses tem também estado em contacto com o conselheiro permanente das Comunidades Madeirenses no Canadá, o qual desconhece, até hoje, a existência de pessoas naturais da Madeira em situação de repatriação.
Ainda assim, revela que através de contacto com o Canadian Madeira Club, o Centro das Comunidades Madeirenses confirmou a existência de uma família madeirense que terá sido notificada para efeitos de repatriação no próximo mês, com a qual está a tentar contactar.
O comunicado refere, por último, que “em caso de repatriações, o Centro das Comunidades Madeirenses estará presente no Aeroporto da Madeira, a fim de prestar às pessoas repatriadas o acolhimento e encaminhamento que se justifique nestas situações, com o apoio da Segurança Social, se necessário, tendo em vista a sua reintegração na sociedade madeirense”.

Câmara encerra avenida no Funchal e introduz
rede de autocarros eléctricos

A Câmara Municipal do Funchal vai proceder, dentro em breve, ao encerramento definitivo da faixa sul da Avenida Arriaga, entre o Teatro Municipal Baltazar Dias e a Estátua João Gonçalves Zarco, com o objectivo de promover um novo e maior espaço pedonal no centro da cidade e, também, para que os comerciantes e as associações empresariais possam aqui desenvolver as suas actividades.
Bruno Pereira, vice-presidente da autarquia funchalense revelou ainda, esta semana, na abertura da terceira edição do “Stock in the Market” - feira de venda de artigos de vestuário e calçado a baixos preços - realizada no Largo da Restauração, que a cidade terá também, já a partir de Setembro, um sistema de transporte colectivo com mini-autocarros, com cerca de 20 lugares, que vão circular no centro histórico da cidade do Funchal, com ligações aos principais parques de estacionamento.
“São autocarros não poluentes, pois são eléctricos, que permitirão ter mais um meio de transporte a ligar os parques que existem na periferia ao centro da cidade do Funchal, nomeadamente à Av. Arriaga, Rua Fernão de Ornelas, Bom Jesus”, entre outras artérias, salientou.
Entretanto, a partir desta segunda-feira e até 17 de Abril, a Câmara Municipal do Funchal vai proceder ao encerramento da Rua Câmara Pestana para substituição das condutas e rede de saneamento básico, tendo escolhido a altura de férias de Páscoa de modo a provocar o menor transtorno no trânsito automóvel.

Começaram os trabalhos de desmonte no sítio do Maçapez


Já está concluída a via de acesso à escarpa no sítio do Maçapez, no Arco da Calheta, que permitirá a entrada de camiões e máquinas para efectuar o desmonte no local onde foi detectada uma enorme fenda que obrigou à evacuação de várias famílias e colocou em perigo oito moradias.
Os trabalhos estão a ser efectuados pelas Secretaria Regional do Equipamento Social e Transportes, cujo titular, o Engº Santos Costa, garantiu que o Governo está a cumprir integralmente com aquilo que decidiu.
Os trabalhos estão a ser feitos de uma forma cautelosa para evitar “que se verifique a queda de blocos, terras ou outros materiais para os terrenos que ficam subjacentes à escarpa”.
O governante sublinhou que o desmonte está a ser feito a bom ritmo e irá prosseguir até ser encontrada uma posição de estabilidade. O Governo não tem ainda uma data definida para o regresso dos moradores às suas casas, que entretanto se encontram realojados em apartamentos cedidos pela Câmara Municipal da Calheta e empresa Investimentos de Habitação da Madeira.
“É impossível prever o tempo que vamos demorar a concluir os trabalhos mas o certo é que tudo decorre a bom ritmo e o tempo tem ajudado muito”, concluiu.

CMF recorre ao “interesse público” para avançar
obra do Funchal Centrum

Os vereadores do PSD e CDS na Câmara Municipal do Funchal aprovaram, esta semana, uma resolução para suspender “o efeito suspensivo da providência cautelar apresentada contra a construção do centro comercial Funchal Centrum”, considerando o interesse público da continuação daquelas obras para a Cidade do Funchal.
Na base desta decisão, que vai agora ser analisada pelo juiz do Tribunal Administrativo do Funchal, e que recebeu os votos contra do PS e CDU, estão diversos argumentos que, segundo a maioria, condicionam a normalidade do funcionamento da Cidade, como o trânsito (está prevista a construção de uma rotunda), a segurança (a obra embargada implica desligar as bombas que estão a retirar a água) e a própria imagem turística da cidade.

DESPORTO

Open Madeira: Primeiro "cachet" do profissional
Tiago Cruz foi de 5.923 euros

Tiago Cruz entrou na história do Open da Madeira de golfe ao fazer o melhor resultado de sempre de um português, na 28ª posição, com 285 pancadas (71+71+69+74), três abaixo do PAR do Santo da Serra.
Aos 23 anos e depois de falhar dois "cuts" (Estoril Challenge e Peugeot Tour de Sevilha), Tiago Cruz, que embolsou 5.923 euros de primeiro "cachet" de profissional, tem finalmente razões para acreditar que deixar o estatuto de amador há pouco mais de um mês, juntamente com Ricardo Santos, foi uma boa escolha.
"É pena ter acabado assim, mas foi um bom trabalho", afirmou de forma bem profissional o jogador de Vila Sol, numa referência às 74 pancadas marcadas na quarta e última volta do torneio insular, um resultado insuficiente para lhe tirar o melhor resultado de sempre entre portugueses.
A distinção estava na posse de Daniel Silva, com um 46º lugar na edição de 2003, com um agregado de 294 pancadas (76+76+72+70), embora José-Filipe Lima tenha conseguido ficar no grupo dos 29's, com 292 (70+73+74+75), em 2004, quando ainda representava as cores da França.
"Não sabia. Fico contente!" limitou-se a comentar o jovem estorilense, ainda detentor do título de campeão nacional de amadores, que teve no passado fim-de-semana a companhia do credenciado sueco Niclas Fasth (54º do "ranking" mundial), o mais jovem campeão do Open da Madeira, na edição de 2000, então com 27 anos e 324 dias.

Van de Velde "exorciza fantasmas" no Santo da Serra
vencendo Open Madeira

O francês Jean Van de Velde exorcizou velhos fantasmas ao bater o "putt" vitorioso na quarta e última volta do 14º Open da Madeira em golfe no Santo da Serra, terminando com uma curta vantagem de uma pancada sobre o inglês Lee Slattery.
No ar ainda pairou o espectro da repetição dos desaires no British Open de 1999, quando perdeu para o escocês Paul Lawrie precisamente no 72º buraco, com um triplo-"bogey", ou a derrota no "play-off" do Open de França do ano passado frente ao seu compatriota Jean-François Remesy.
Por isso, não foi de estranhar ver Van de Velde tremer quando bateu aquele segundo "putt", que, apesar de significar um duplo- "bogey", era suficiente para arrecadar o cheque de 116.660 euros para o campeão do torneio insular, acompanhado de 24 pontos do "ranking" mundial, dada a vantagem de três "shots" que trazia na "bagagem".
Poucos minutos depois, o francês recebia das mãos do presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, o ambicionado troféu, coroando uma semana em que ascendeu ao topo da classificação na segunda volta para não mais deixar o primeiro posto.
Além do prémio monetário, Van de Velde deixou a Madeira com a grata satisfação de subir quase sete dezenas de lugares na Ordem de Mérito europeia, até ao 31º posto (ganhos de 155.533,79 euros), e relançar a candidatura a uma segunda presença na equipa europeia da Ryder Cup, sendo agora o 28ß da tabela de qualificação (255.594,54 pontos).
"Isto é fantástico. Os últimos quatro meses da minha curta vida têm sido abençoados e estou muito feliz por isso", confessou o francês, que na Madeira encontrou forma de relançar uma carreira, iniciada em 1987, que esteve prestes a fechar-se para o golfe profissional quando, em 2002, um grave acidente de esqui o forçou a uma delicada operação cirúrgica de reconstrução de um joelho.

Nacional e Rio Ave empataram a uma bola

O Nacional da Madeira e o Rio Ave empataram no passado sábado por 1-1, em jogo da 28ª jornada da Liga portuguesa de futebol, um resultado que mantém a equipa madeirense no sexto posto e a de Vila de Conde em zona perigo.
Depois de sexta-feira, dia 24, o nevoeiro ter impedido a realização do encontro, as duas equipas protagonizaram no dia seguinte uma partida "morna" quase sempre dominada pela formação orientada por Manuel Machado.

Marítimo venceu ao Belenenses

O Marítimo conseguiu no passado sábado a primeira vitória sob o comando de Ulisses Morais, ao triunfar por 1-0 na recepção ao Belenenses, em jogo da 28ª jornada da Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio dos Barreiros, no Funchal.
A equipa madeirense, com vários jogadores influentes castigados e lesionados, regressou assim às vitórias, resultado que não conseguia desde a 25ª jornada, quando triunfou por 2-0 no terreno da Naval, ainda sob o comando de Paulo Bonamigo.

Novo campo do Porto Santo este ano e Ponta do Pargo em 2007

Governo Regional deverá avançar este ano com a construção do segundo campo de golfe no Porto Santo e, em 2007, com um novo percurso de 18 buracos na Ponta do Pargo, na zona Oeste da Ilha da Madeira, escreve o jornalista Jorge Fogueira, da Agência Lusa.
A construção do projecto madeirense, orçado em 10 milhões de euros, já recebeu "luz verde" e ficará nas mãos de uma sociedade anónima, com capitais do Governo Regional e das câmaras da Ribeira Brava, Ponta do Sol e Calheta.
O novo "percurso de competição" poderá vir a ser desenhado pela empresa de Nick Faldo, associando um nome inglês à imagem de marca dos percursos de golfe da região, que já conta com os do norte-americano Robert Trent Jones Senior (Santo da Serra) e do espanhol Severiano Ballesteros (Porto Santo).
A Madeira aposta decisivamente num produto turístico de qualidade, tornando-se viável a possibilidade do número de voltas na região ascenderam das actuais 70.000 (60.000 na Madeira e 10.000 no Porto Santo) às 100.000 "ainda esta década".
Estudos recentes garantem que a oferta turística da Ilha da Madeira, actualmente de 28.000 camas, comporta "um mínimo de seis campos" de golfe. Actualmente, a ilha dispõe de apenas dois: Santo da Serra e Palheiro.
O quarto campo da Madeira poderá, entretanto, nascer no Faial (zona Este), uma vez que o "plano director" daquela edilidade prevê a possibilidade de construção de um traçado de 18 buracos.
As novidades foram avançadas à Agência Lusa pelo vice-presidente da Assembleia Regional da Madeira, Miguel de Sousa, que admitiu ainda a possibilidade do Open insular, uma das duas provas do Circuito Europeu em Portugal, vir a realizar-se no campo do Porto Santo, inaugurado em Novembro de 2004, dentro de "três anos".
"Penso que, quando estiveram criadas as condições logísticas no Porto Santo, e depois do tempo necessário à maturação do campo, poderemos encarar a possibilidade de lá realizar o Open da Madeira", sustentou Miguel de Sousa.
Quanto ao projecto da Ponta do Pargo, Miguel de Sousa acredita que, após a fase de "aquisição dos 50 a 60 hectares de terrenos para a sua construção, numa zona plana, de falésia, junto mar", o campo "poderá estar jogável em 2009".
O novo campo acrescenta mais uma infra-estrutura de excelência à zona Oeste da Ilha, que conta já com duas marinas, uma praia artificial e acesso da Via Rápida, permitindo aos jogadores chegarem em 20 minutos, desde o Funchal.
Em relação ao Porto Santo, o impacto do produto golfe também não é de desprezar. A segunda ilha do arquipélago, que actualmente dispõe de uma oferta de 1.500 camas hoteleiras, registou 150.000 dormidas em 2006, prevendo-se que a construção do novo campo venha a duplicar este número.