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Reitor da Universidade da Madeira demitiu
os dois vice-reitores
O reitor da Universidade da Madeira (UMa) demitiu
na passada terça-feira os dois vice-reitores, Isabel Torres
e Nuno Nunes, por alegados desentendimentos relativos ao cumprimento
do programa sufragado para a instituição.
Em comunicado emitido no Funchal os dois vice-reitores alegam
que, embora Pedro Telhado Pereira tenha assumido o compromisso
"com um programa e uma equipa responsável pela sua
execução", depois de eleito tem "frequentemente
desautorizado" os restantes elementos do grupo e "optado
por decidir individualmente ao arrepio dos pareceres nas respectivas
áreas de competência".
Acrescentam que este "acentuado desencontro entre reitor
e vice-reitores se agudizou nas últimas semanas",
facto que não divulgaram para preservar a imagem e funcionamento
da universidade madeirense.
"Esta situação atingiu hoje o cúmulo
com a injusta e despropositada demissão do vice-reitor,
Nuno jardim Nunes, com quem a vice-reitora, Isabel Torres, se
solidarizou, tendo sido igualmente demitida", informa o mesmo
documento.
Sustentam também que não existem condições
para prosseguirem a sua tarefa e que está igualmente "colocada
em causa a concretização do projecto sufragado"
para a UMa e expressam a suas "maiores preocupações
e receios pelo futuro imediato da instituição".
Entretanto, várias notícias avançam que outros
elementos da equipa responsável pela UMa se terão
solidarizado com os elementos afastados, apresentando a demissão.
Pedro Telhado:.«se os dois reitores ficassem,
o reitor estava enfraquecido»
Pedro Telhado explicou nesse encontro com os jornalistas que a
origem dos despedimentos dos vice-reitores foi um e-mail, com
“acusações e insinuações»
que «nenhum reitor deve aceitar.
O reitor não divulgou o teor do email que lhe foi enviado
por Nuno Nunes (email esse que nos dias seguintes estaria a ser
divulgado por várias pessoas).
Na conferência de imprensa, estava Rui Carita, pró-reitor
que, por lealdade, ficou do lado de Pedro Telhado. Passou assim,
a ser um vice-reitor.
De salientar que, na sequência do despedimento de Nuno Nunes
e da apresentação de demissão de Isabel Torres,
outros doutorados apresentaram também os seus pedidos de
demissão.
Pedro Telhado não se sente isolado no lugar, apesar de
reconhecer que «há pessoas que não querem
continuar» na sua equipa. «Enquanto a Universidade
não disser que quer encontrar e tem outra alternativa,
eu continuarei a exercer as minhas funções com toda
a força e com o apoio, de certeza, da comunidade académica.
A UMa tem de ter vice-reitores que acatem que quem representa
a Universidade é o reitor, por ser democraticamente eleito
pela academia, e ele tem de ter a força de se responsabilizar,
em última instância, por todas as decisões,
mesmo as mais impopulares. O que os senhores vice-reitores chamam
desautorização, eu chamo supervisão»,
comentou o reitor que considerou ainda que «as pessoas é
que provocaram a crise ao exigirem que o reitor aceitasse algo
que não deve aceitar».
«A razão por que demiti os vice-reitores é
porque quero uma Reitoria forte», disse ainda, garantindo
que o projecto da UMa é para continuar a desenvolver.
Cadáver de turista suíço
dá à costa no Caniçal
O cadáver de um turista suiço foi
resgatado domingo, dia 26, na praia no sítio da Foz dos
Ribeiros, no Caniçal, ilha da Madeira, numa operação
conjunta da capitania do Porto do Funchal e Bombeiros Municipais
de Machico.
Em declarações à agência Lusa, o capitão
do Porto do Funchal, Ramos Gouveia, afirmou que, de acordo com
os elementos do passaporte que o homem tinha consigo, trata-se
de um turista com 60 anos, dado como desaparecido há cerca
de um mês na ilha do Porto Santo.
De acordo com o comunicado divulgado pela Capitania, o corpo,
em avança do estado de decomposição foi avistado
na manhã de domingo por um pescador local, tendo sido comunicado
logo de seguida às autoridades marítimas.
O corpo resgatado foi transportado para o Instituto de Medicina
Legal do Hospital Central do Funchal, onde seria autopsiado.
A Polícia Judiciária não quis adiantar qualquer
elemento sobre este caso, limitando-se a afirmar que está
em "fase de investigação".
Assassinos de agricultor madeirense que
residia na África do Sul condenados a 12 e 18 anos
O tribunal da Magistratura de De lmas, nordeste
de Joanesburgo, condenou quarta-feira a 12 e 18 anos de prisão
os assassinos de um agricultor madeirense em Dezembro de 2004,
uma sentença considerada branda pelos familiares da vítima.
Natural da Madeira, Joaquim Gouveia desapareceu a 15 de Dezembro
de 2004 na zona de Heidelberg onde geria uma quinta, tendo o seu
corpo sido encontrado três dias mais tarde exibindo marcas
de violência.
Segundo o relatório da autópsia, a causa da morte
terá sido estrangulamento e "um forte golpe na cabeça".
O médico legista refere também que os assassinos
teriam passado com a viatura da vítima por cima do cadáver
diversas vezes.
Os dois jovens condenados quarta-feira pela sua morte eram filhos
de trabalhadores agrícolas na altura empregados pela vítima.
Johannes Magudulelo e Tumelo Ismael Mgomezulu foram condenados
a 12 e 1 8 anos de prisão respectivamente pela autoria
da morte de Joaquim Gouveia. Um terceiro suspeito será
julgado separadamente pelo mesmo crime.
Segundo o acórdão, o crime teve contornos de extrema
violência e as marcas psicológicas provocadas pelas
acções dos arguidos vão permanecer na memória
da família da vítima para o resto dos seus dias.
No entanto, o magistrado considerou como atenuantes o facto de
os acusa dos serem "muito jovens" e terem direito a
beneficiar dos "efeitos reabilitadores" da sentença.
Presentes no tribunal, os familiares de Joaquim Gouveia consideraram
as penas aplicadas "um ultraje à memória da
vítima".
Natália, uma das filhas da vítima, disse à
agência Lusa que "as sentenças não fazem
justiça à memória do pai"."A palavra
reabilitação não faz sentido num crime como
este, o mais provável é que eles cumpram metade
das penas, sejam libertados e cometam mais crimes do género,
como tantas vezes acontece na África do Sul", considerou.
Luísa, Ana Maria e Carlos, também filhos de Joaquim
Gouveia, não se conformam com as penas aplicadas aos homicidas.
Recordam que as circunstâncias agravantes eram, neste caso,
muito mais fortes que as atenuantes, mas que o juiz decidiu no
sentido oposto.
"Justiça foi coisa que não esteve hoje aqui
presente neste tribunal", desabafou Luísa, recordando
que é chocante terem sido os filhos daqueles a quem o pai
dava trabalho a "matarem-no de forma tão bárbara".
David Gonçalves e Manny Ferreirinha, dois elementos da
direcção do Fórum Português que deram
apoio à família Gouveia durante todo o processo,
salientaram em declarações à Lusa que a situação
criminal na África do Sul continua a constituir uma séria
preocupação.
"O memorial às vítimas do crime, erigido na
igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Brentwood Park, já
tem 360 nomes e fotos de vítimas portuguesas e a ironia
é que, quando o governo diz que a criminalidade está
sob controlo, o memorial já não tem mais espaço
disponível para novas vítimas", referiu David
Gonça es.
Em reacção à sentença deste caso,
Gonçalves referiu que ela revela não existirem sinais
de melhoria no sistema judicial. "Apenas quatro por cento
dos casos de homicídios entre a comunidade portuguesa,
ilustrada no nosso memorial, resultaram em condenações,
isso diz tudo", concluiu o dirigente.
Jardim recusa-se a celebrar com oposição
e diz que
a ele não dão lições sobre o 25 de
Abril
O presidente do Governo Regional da Madeira pronunciou-se
a respeito do facto do PSD e o Executivo não concordarem
com uma celebração na Assembleia da Madeira do 25
de Abril. Este ano, a Assembleia não irá celebrar
a efeméride.
Falando na inauguração da Estação
elevatória da Ribeira Brava, Alberto João Jardim
disse que a ele não dão lições sobre
o 25 de Abril e que recusava celebrar a data com “figuras
caricatas” e “hipócritas” que só
falam no 25 de Abril no próprio dia. Para Jardim, 25 de
Abril é celebrado diariamente, sendo a Madeira por si só
uma grande celebração dos princípios de Abril.
«Se há alguém que concretizou o espírito
do 25 de Abril — democratizar, descolonizar e desenvolver
— foram os meus Governos. A Região democratizou-se,
descolonizou-se sem pôr em causa a unidade Pátria,
e desenvolveu-se. O que Abril significou para a democracia e desenvolvimento
deve ser uma presença constante e não apenas numa
única ocasião, com as mesmas figurinhas caricatas
a dizer umas asneiradas numas sessões comemorativas»,
defendeu o governante. A data é celebrada com a realização
da democracia, da autonomia e do desenvolvimento. «Portanto,
ninguém me vai dar lições sobre o 25 de Abril
e sobre estes temas», reforçou ainda.
Salientando haver muita hipocrisia em torno da data, Jardim disse
que «são alguns dos que falam do 25 de Abril, que
o iam transformando num regime totalitário. São
esses que hoje falam que queriam e ainda querem o regime comunista
em Portugal. Basta de hipocrisias. Se em Lisboa querem comemorar
com os inimigos da democracia a festa da democracia, são
livres de o fazerem. Mas na Madeira nós, que lutamos pela
democracia, autonomia e desenvolvimento, recusamos partilhar a
data com os seus inimigos e que sempre votaram contra e opuseram-se
a todos os investimentos e melhoramentos que fomos fazendo na
nossa terra», disse ainda.
Manuela Ferreira Leite defende a redução
da despesa para país mais competitivo
A ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira
Leite esteve recentemente na Madeira, onde participou de uma palestra
no âmbito de uma pós-graduação em fiscalidade
na Escola Cristóvão Colombo. Nesse evento, a ex-ministra
defendeu a alteração do sistema fiscal e a redução
da despesa pública para que seja possível uma redução
dos impostos, como pontos essenciais para um novo modelo de desenvolvimento
do país. “Para uma maior competitividade do país
a ex-ministra das Finanças do governo de Durão Barroso
defende a simplificação do sistema fiscal como forma
eficaz de combater a fraude e a evasão fiscal, a desburocratização
para que todos os processos sejam céleres, um sistema de
justiça eficaz, a formação dos trabalhadores
e uma legislação laboral flexível.
Manuela Ferreira Leite lembra que Portugal está a divergir
da média da União Europeia e a ser ultrapassado
por outros países fundamentalmente depois da entrada no
Euro, porque manteve uma política monetária expansionista,
devido aos juros baixos, quando deveria ter apostado numa política
orçamental contraccionista e na redução da
despesa. O resultado desta opção, frisou, foi todos
viverem acima daquilo que podiam com o natural endividamento das
famílias, das empresas e do país.
Uma situação de desequilíbrio que fez disparar
o desemprego, pois o país perdeu competitividade com o
modelo de desenvolvimento baseado no consumo privado e público
e no investimento do Estado. Manuela Ferreira Leite é de
opinião que este modelo de desenvolvimento “está
esgotado”, apesar de ter sido uma “aposta correcta”
aquando da adesão à União Europeia. Nessa
altura “precisavamos de fazer despesa pública para
captar os fundos estruturais que estavam à disposição
do país”, mas agora “considero que está
esgotado”.
Sublinha que a entrada na moeda única deveria ter levado
o país a uma inversão da política orçamental
como outros países fizeram, aproveitando a redução
das taxas de juro, para reduzir drasticamente a despesa pública
e reduzir os impostos. Mas a aposta foi “agarrar”
no dinheiro disponível com a redução dos
encargos da dívida e canalizá-lo todo para mais
despesa elevando-a para um nível insustentável.
O que “esteve errado foi termos estragado tudo isto”
e agora a solução é com um “custo muito
superior e com dor”, pois o “emprego é a única
cura para dar conserto à situação de crise
que o país enfrenta”, escreve o Jornal da Madeira,
na cobertura feita à palestra com Manuela Ferreira Leite
25 novos casos por ano de tuberculose
na Madeira
Na Região Autónoma da Madeira há registo
de 25 novos casos por ano de tuberculose por cada cem mil habitantes,
um número que nos coloca abaixo da média nacional.
Os dados foram divulgados ao Jornal da Madeira pela médica-pneumologista
Conceição Pereira,
“Com o número de habitantes da Região, apura-se
que devem aparecer, por ano, entre 60 a 70 novos casos de tuberculose,
manifestamente menos do que acontecia há cerca de vinte
anos em todo o país. E se actualmente há quem defenda
que a protecção depois da vacina tem a duração
de 15 anos, a verdade é que ainda não há
muitos anos as crianças levavam todos os anos a “BCG”,
administrada depois da prova tuberculínica, o tal adesivo
colocado na pela durante 72 horas.
Maior incidência da tuberculose e desconhecimento da doença
justificavam-se na altura, mas os custos elevados das profilaxias
e a redução do número de casos levou a que
agora só seja feita a vacinação nos primeiros
dias de vida de uma criança, porque se sabe, segundo Conceição
Pereira, que “a vacinação por BCG previne
as formas graves de doença”. O que é importante
num país como o nosso, onde os números ainda são
elevados”, escreve o JM.
De referir que, apesar da Tuberculose já não representar
os números de antigamente, continuam a ser mais elevados
em Portugal do que a média europeia.
A tuberculose atingiu 31 em cada cem mil portugueses em 2005,
registando uma diminuição da prevalência,
mas mantendo Portugal com uma taxa de novos casos superior ao
dobro da média na União Europeia.
Em 2004, a incidência era de 32,4 habitantes por cada cem
mil, mas apesar desta diminuição, Portugal tem mais
do dobro de novos casos de tuberculose do que os registados nos
outros países da União Europeia, onde a média
é de 12,8 por cem mil habitantes.
Quatro voos entre Portugal e Caracas fazem
escala na Madeira
A partir do próximo dia 13 de Abril, a TAP vai voar diariamente
entre Portugal e Caracas, na Venezuela. De acordo com o Diário
de Notícias do Funchal, a decisão da companhia aérea
corresponde à grande procura que se tem verificado nesta
linha, nas duas direcções e, em particular para
a Madeira.
Dessa feita, na nova programação da TAP, a Madeira
é contemplada com um voo exclusivo, realizado aos sábados
de Caracas para a Madeira (chegadas aos domingos).
Durante a semana, haverá mais três voos de Caracas
que terão escala na Madeira. Isto no Verão, refere
o Diário de Notícias. O esquema inverte-se a partir
de meados de Agosto até Outubro, altura em que muitos emigrantes
que vêm à Madeira de férias têm de regressar
ao país de acolhimento.
Finanças penhora créditos
a empresas devedoras ao fisco
A Direcção Regional dos Assuntos Fiscais vai enviar
cartas a milhares de contribuintes a penhoras créditos
de terceiros, recorrendo a um instrumento legal que se traduz
na penhora dos saldos que os contribuintes devem a empresas com
dívidas ao fisco.
Na prática, em vez da administração Fiscal
penhorar o prédio ou outros bens da empresa devedora, aplica
a penhora aos créditos em dívida dos clientes, pelo
que os contribuintes deverão informar os serviços,
no prazo de 10 dias, dos valores em causa. Assim, a dívida
do cliente à empresa passa directamente para os cofres
da administração fiscal, que é utilizada
para pagar a dívida fiscal do seu fornecedor.
João Machado, director regional de Finanças, disse
ao Jornal da Madeira que este mecanismo tem-se revelado “um
instrumento altamente eficaz” no combate à divida
do fisco por parte de milhares de empresas.
Salientou, por outro lado, que entre as prioridades da administração
Fiscal está o evitar que as dívidas às Finanças
por parte das empresas e dos contribuintes prescrevam e a eficácia
da inspecção tributária, que se pretende
mais célere, quer na resposta aos contenciosos quer nas
reclamações feitas pelos contribuintes.
Governo Português desconhece casos
de emigrantes
ilegais no Canadá
A Secretaria Regional dos Recursos Humanos, com a tutela das Comunidades
Madeirenses, emitiu esta semana um comunicado informando desconhecer,
até ao momento, casos de famílias que estejam em
situação irregular no Canadá e que venham
a ser objecto de repatriação.
Na nota assinada por Brazão de Castro, o Governo madeirense
diz desconhecer a existência de emigrantes madeirenses indocumentados
no Canadá, conforme informações recolhidas
junto da Direcção de Serviços de Migrações
e Apoio Social da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares
e Comunidades Portuguesas do Ministério dos Estrangeiros,
entidade a quem são comunicados, oficialmente, os casos
de repatriação de portugueses.
O secretário regional acrescenta ainda que o Centro das
Comunidades Madeirenses tem também estado em contacto com
o conselheiro permanente das Comunidades Madeirenses no Canadá,
o qual desconhece, até hoje, a existência de pessoas
naturais da Madeira em situação de repatriação.
Ainda assim, revela que através de contacto com o Canadian
Madeira Club, o Centro das Comunidades Madeirenses confirmou a
existência de uma família madeirense que terá
sido notificada para efeitos de repatriação no próximo
mês, com a qual está a tentar contactar.
O comunicado refere, por último, que “em caso de
repatriações, o Centro das Comunidades Madeirenses
estará presente no Aeroporto da Madeira, a fim de prestar
às pessoas repatriadas o acolhimento e encaminhamento que
se justifique nestas situações, com o apoio da Segurança
Social, se necessário, tendo em vista a sua reintegração
na sociedade madeirense”.
Câmara encerra avenida no Funchal
e introduz
rede de autocarros eléctricos
A Câmara Municipal do Funchal vai proceder,
dentro em breve, ao encerramento definitivo da faixa sul da Avenida
Arriaga, entre o Teatro Municipal Baltazar Dias e a Estátua
João Gonçalves Zarco, com o objectivo de promover
um novo e maior espaço pedonal no centro da cidade e, também,
para que os comerciantes e as associações empresariais
possam aqui desenvolver as suas actividades.
Bruno Pereira, vice-presidente da autarquia funchalense revelou
ainda, esta semana, na abertura da terceira edição
do “Stock in the Market” - feira de venda de artigos
de vestuário e calçado a baixos preços -
realizada no Largo da Restauração, que a cidade
terá também, já a partir de Setembro, um
sistema de transporte colectivo com mini-autocarros, com cerca
de 20 lugares, que vão circular no centro histórico
da cidade do Funchal, com ligações aos principais
parques de estacionamento.
“São autocarros não poluentes, pois são
eléctricos, que permitirão ter mais um meio de transporte
a ligar os parques que existem na periferia ao centro da cidade
do Funchal, nomeadamente à Av. Arriaga, Rua Fernão
de Ornelas, Bom Jesus”, entre outras artérias, salientou.
Entretanto, a partir desta segunda-feira e até 17 de Abril,
a Câmara Municipal do Funchal vai proceder ao encerramento
da Rua Câmara Pestana para substituição das
condutas e rede de saneamento básico, tendo escolhido a
altura de férias de Páscoa de modo a provocar o
menor transtorno no trânsito automóvel.
Começaram os trabalhos de desmonte
no sítio do Maçapez
Já está concluída a via de acesso à
escarpa no sítio do Maçapez, no Arco da Calheta,
que permitirá a entrada de camiões e máquinas
para efectuar o desmonte no local onde foi detectada uma enorme
fenda que obrigou à evacuação de várias
famílias e colocou em perigo oito moradias.
Os trabalhos estão a ser efectuados pelas Secretaria Regional
do Equipamento Social e Transportes, cujo titular, o Engº
Santos Costa, garantiu que o Governo está a cumprir integralmente
com aquilo que decidiu.
Os trabalhos estão a ser feitos de uma forma cautelosa
para evitar “que se verifique a queda de blocos, terras
ou outros materiais para os terrenos que ficam subjacentes à
escarpa”.
O governante sublinhou que o desmonte está a ser feito
a bom ritmo e irá prosseguir até ser encontrada
uma posição de estabilidade. O Governo não
tem ainda uma data definida para o regresso dos moradores às
suas casas, que entretanto se encontram realojados em apartamentos
cedidos pela Câmara Municipal da Calheta e empresa Investimentos
de Habitação da Madeira.
“É impossível prever o tempo que vamos demorar
a concluir os trabalhos mas o certo é que tudo decorre
a bom ritmo e o tempo tem ajudado muito”, concluiu.
CMF recorre ao “interesse público”
para avançar
obra do Funchal Centrum
Os vereadores do PSD e CDS na Câmara Municipal
do Funchal aprovaram, esta semana, uma resolução
para suspender “o efeito suspensivo da providência
cautelar apresentada contra a construção do centro
comercial Funchal Centrum”, considerando o interesse público
da continuação daquelas obras para a Cidade do Funchal.
Na base desta decisão, que vai agora ser analisada pelo
juiz do Tribunal Administrativo do Funchal, e que recebeu os votos
contra do PS e CDU, estão diversos argumentos que, segundo
a maioria, condicionam a normalidade do funcionamento da Cidade,
como o trânsito (está prevista a construção
de uma rotunda), a segurança (a obra embargada implica
desligar as bombas que estão a retirar a água) e
a própria imagem turística da cidade.
DESPORTO
Open Madeira: Primeiro "cachet"
do profissional
Tiago Cruz foi de 5.923 euros
Tiago Cruz entrou na história do Open
da Madeira de golfe ao fazer o melhor resultado de sempre de um
português, na 28ª posição, com 285 pancadas
(71+71+69+74), três abaixo do PAR do Santo da Serra.
Aos 23 anos e depois de falhar dois "cuts" (Estoril
Challenge e Peugeot Tour de Sevilha), Tiago Cruz, que embolsou
5.923 euros de primeiro "cachet" de profissional, tem
finalmente razões para acreditar que deixar o estatuto
de amador há pouco mais de um mês, juntamente com
Ricardo Santos, foi uma boa escolha.
"É pena ter acabado assim, mas foi um bom trabalho",
afirmou de forma bem profissional o jogador de Vila Sol, numa
referência às 74 pancadas marcadas na quarta e última
volta do torneio insular, um resultado insuficiente para lhe tirar
o melhor resultado de sempre entre portugueses.
A distinção estava na posse de Daniel Silva, com
um 46º lugar na edição de 2003, com um agregado
de 294 pancadas (76+76+72+70), embora José-Filipe Lima
tenha conseguido ficar no grupo dos 29's, com 292 (70+73+74+75),
em 2004, quando ainda representava as cores da França.
"Não sabia. Fico contente!" limitou-se a comentar
o jovem estorilense, ainda detentor do título de campeão
nacional de amadores, que teve no passado fim-de-semana a companhia
do credenciado sueco Niclas Fasth (54º do "ranking"
mundial), o mais jovem campeão do Open da Madeira, na edição
de 2000, então com 27 anos e 324 dias.
Van de Velde "exorciza fantasmas"
no Santo da Serra
vencendo Open Madeira
O francês Jean Van de Velde exorcizou velhos
fantasmas ao bater o "putt" vitorioso na quarta e última
volta do 14º Open da Madeira em golfe no Santo da Serra,
terminando com uma curta vantagem de uma pancada sobre o inglês
Lee Slattery.
No ar ainda pairou o espectro da repetição dos desaires
no British Open de 1999, quando perdeu para o escocês Paul
Lawrie precisamente no 72º buraco, com um triplo-"bogey",
ou a derrota no "play-off" do Open de França
do ano passado frente ao seu compatriota Jean-François
Remesy.
Por isso, não foi de estranhar ver Van de Velde tremer
quando bateu aquele segundo "putt", que, apesar de significar
um duplo- "bogey", era suficiente para arrecadar o cheque
de 116.660 euros para o campeão do torneio insular, acompanhado
de 24 pontos do "ranking" mundial, dada a vantagem de
três "shots" que trazia na "bagagem".
Poucos minutos depois, o francês recebia das mãos
do presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João
Jardim, o ambicionado troféu, coroando uma semana em que
ascendeu ao topo da classificação na segunda volta
para não mais deixar o primeiro posto.
Além do prémio monetário, Van de Velde deixou
a Madeira com a grata satisfação de subir quase
sete dezenas de lugares na Ordem de Mérito europeia, até
ao 31º posto (ganhos de 155.533,79 euros), e relançar
a candidatura a uma segunda presença na equipa europeia
da Ryder Cup, sendo agora o 28ß da tabela de qualificação
(255.594,54 pontos).
"Isto é fantástico. Os últimos quatro
meses da minha curta vida têm sido abençoados e estou
muito feliz por isso", confessou o francês, que na
Madeira encontrou forma de relançar uma carreira, iniciada
em 1987, que esteve prestes a fechar-se para o golfe profissional
quando, em 2002, um grave acidente de esqui o forçou a
uma delicada operação cirúrgica de reconstrução
de um joelho.
Nacional e Rio Ave empataram a uma bola
O Nacional da Madeira e o Rio Ave empataram no
passado sábado por 1-1, em jogo da 28ª jornada da
Liga portuguesa de futebol, um resultado que mantém a equipa
madeirense no sexto posto e a de Vila de Conde em zona perigo.
Depois de sexta-feira, dia 24, o nevoeiro ter impedido a realização
do encontro, as duas equipas protagonizaram no dia seguinte uma
partida "morna" quase sempre dominada pela formação
orientada por Manuel Machado.
Marítimo venceu ao Belenenses
O Marítimo conseguiu no passado sábado
a primeira vitória sob o comando de Ulisses Morais, ao
triunfar por 1-0 na recepção ao Belenenses, em jogo
da 28ª jornada da Liga portuguesa de futebol, disputado no
Estádio dos Barreiros, no Funchal.
A equipa madeirense, com vários jogadores influentes castigados
e lesionados, regressou assim às vitórias, resultado
que não conseguia desde a 25ª jornada, quando triunfou
por 2-0 no terreno da Naval, ainda sob o comando de Paulo Bonamigo.
Novo campo do Porto Santo este ano e Ponta
do Pargo em 2007
Governo Regional deverá avançar
este ano com a construção do segundo campo de golfe
no Porto Santo e, em 2007, com um novo percurso de 18 buracos
na Ponta do Pargo, na zona Oeste da Ilha da Madeira, escreve o
jornalista Jorge Fogueira, da Agência Lusa.
A construção do projecto madeirense, orçado
em 10 milhões de euros, já recebeu "luz verde"
e ficará nas mãos de uma sociedade anónima,
com capitais do Governo Regional e das câmaras da Ribeira
Brava, Ponta do Sol e Calheta.
O novo "percurso de competição" poderá
vir a ser desenhado pela empresa de Nick Faldo, associando um
nome inglês à imagem de marca dos percursos de golfe
da região, que já conta com os do norte-americano
Robert Trent Jones Senior (Santo da Serra) e do espanhol Severiano
Ballesteros (Porto Santo).
A Madeira aposta decisivamente num produto turístico de
qualidade, tornando-se viável a possibilidade do número
de voltas na região ascenderam das actuais 70.000 (60.000
na Madeira e 10.000 no Porto Santo) às 100.000 "ainda
esta década".
Estudos recentes garantem que a oferta turística da Ilha
da Madeira, actualmente de 28.000 camas, comporta "um mínimo
de seis campos" de golfe. Actualmente, a ilha dispõe
de apenas dois: Santo da Serra e Palheiro.
O quarto campo da Madeira poderá, entretanto, nascer no
Faial (zona Este), uma vez que o "plano director" daquela
edilidade prevê a possibilidade de construção
de um traçado de 18 buracos.
As novidades foram avançadas à Agência Lusa
pelo vice-presidente da Assembleia Regional da Madeira, Miguel
de Sousa, que admitiu ainda a possibilidade do Open insular, uma
das duas provas do Circuito Europeu em Portugal, vir a realizar-se
no campo do Porto Santo, inaugurado em Novembro de 2004, dentro
de "três anos".
"Penso que, quando estiveram criadas as condições
logísticas no Porto Santo, e depois do tempo necessário
à maturação do campo, poderemos encarar a
possibilidade de lá realizar o Open da Madeira", sustentou
Miguel de Sousa.
Quanto ao projecto da Ponta do Pargo, Miguel de Sousa acredita
que, após a fase de "aquisição dos 50
a 60 hectares de terrenos para a sua construção,
numa zona plana, de falésia, junto mar", o campo "poderá
estar jogável em 2009".
O novo campo acrescenta mais uma infra-estrutura de excelência
à zona Oeste da Ilha, que conta já com duas marinas,
uma praia artificial e acesso da Via Rápida, permitindo
aos jogadores chegarem em 20 minutos, desde o Funchal.
Em relação ao Porto Santo, o impacto do produto
golfe também não é de desprezar. A segunda
ilha do arquipélago, que actualmente dispõe de uma
oferta de 1.500 camas hoteleiras, registou 150.000 dormidas em
2006, prevendo-se que a construção do novo campo
venha a duplicar este número.
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