CULTURA E PROGRESSO: PERSPECTIVANDO
O FUTURO DO CONCELHO DAS LAJES DO PICO


Por Paulo Luís Ávila - Adiaspora.com

"...o Concelho das Lajes tem uma apetência diferente e especial para a cultura..."
Eng. Cláudio José Gomes Lopes

No passado dia 25 de Outubro, Paulo Luís Ávila, nosso colaborador e colega, teve a oportunidade de trocar algumas impressões com o Eng. Cláudio José Gomes Lopes, o dinâmico Presidente da Câmara Municipal das Lajes do Pico aquando da sua visita a Pawtucket, Rhode Island por ocasião da XIII Confraternização de Picoenses na Costa Leste dos Estados Unidos.

.Adiaspora.com: A primeira pergunta que vamos colocar-lhe como é que vê estes últimos anos de governação à frente da Câmara Municipal das Lajes do Pico?

Eng. Cláudio Lopes: A governação a nível local é sempre um processo que é muito mais vasto do que propriamente os interesses locais e específicos de uma localidade que pretende levar a cabo o progresso, o desenvolvimento e o bem-estar das suas populações. Não só temos que estar preocupados com isso, fundamental e prioritariamente, como também ter uma perspectiva de abertura ao, e de ligação com o exterior. Neste caso concreto, privilegiamos o contacto com as nossas comunidades açorianas espalhadas pelo mundo, não só nos Estados Unidos como no Canadá e em outras paragens onde os açorianos encontraram uma luz, uma nova esperança de melhorar suas vidas pessoais e familiares e também de contribuir para o bem-estar das suas famílias que ficaram nas ilhas dos Açores.

Adiaspora.com: Para si, qual é o ponto máximo deste mandato que já vai em quase doze anos de governação à frente do Município das Lajes?

Eng. Cláudio Lopes: Este ano, completo dez anos de governação a nível local e tenho a grata satisfação de sentir que contribui, ou ajudei a contribuir, para o bem-estar social, e para que a qualidade de vida das populações do Concelho das Lajes fosse maior do que há dez anos atrás. Bem sei que não foi uma governação que tivesse iniciativas e projectos de grande visibilidade popular, mas fizemos um trabalho de retaguarda, potenciador de um bem-estar social e de um desenvolvimento económico futuro do Concelho que se reduziu e baseou no projecto das águas, saneamento básico, e das acessibilidades que hoje são uma mais valia para o estímulo de novas iniciativas, sobretudo no campo dos privados, para que o Concelho das Lajes possa assegurar de forma sustentada o seu futuro.

Sempre acreditei que o Concelho das Lajes, no contexto da Ilha do Pico, e dos Açores, há-de ter um futuro risonho e promissor. Os lajenses e os habitantes do Concelho das Lajes merecem. Trabalhei por isso nesse sentido para assegurar as infra-estruturas básica e aquilo que de essencial é prioritário realizar para o bem-estar de quem reside naquela parcela da ilha e também criar condições favoráveis para que os empresários invistam.

Hoje, tenho o grato prazer de ver intenções de investimento fortes que até, de alguma forma, nos remetem para alguma preocupação em termos de fazer opções para o cenário que prevemos ser o desenvolvimento futuro sustentado daquele Concelho para que os próprios empresários não saiam com insucesso dos seus próprios empreendimentos. Por isso, tenho muito orgulho em hoje assistir a uma pressão forte por parte de empresários privados que querem investir na área do turismo no Concelho das Lajes como um concelho de futuro na Ilha do Pico, Região Autónoma dos Açores.

Adiaspora.com: Vou colocar três pontos ao Senhor Presidente: Aeroporto, Muralha de Defesa, Águas e Saneamento Básico. Como vê?

Eng. Cláudio Lopes: No que se refere ao saneamento básico, penso que estamos na recta final de um trabalho árduo, nem sempre bem compreendido e de alguma impopularidade. Mas penso estarmos no fim dessa recta. Hoje, penso que a questão do Aeroporto do Pico constitui um passo fundamental em termos de criar uma nova confiança no desenvolvimento do Pico e também na segurança do investimento dos próprios empresários particulares. É por este motivo que hoje vejo com muito agrado intenções de investimento no nosso Concelho, talvez investimentos e intenções que são mais relevantes do que aqueles que existem nos outros concelhos do Pico. Também porque considero que o Concelho das Lajes do Pico tem uma mais valia em termos do turismo, qualidade de vida e oferta turística. O Concelho das Lajes do Pico ainda bem que, nalgumas matérias, não foi pioneira. E digo isto com alguma satisfação porque há determinadas infra-estruturas e estruturas que não são muito compatíveis com a qualidade de vida e por esta razão sempre tive a esperança - e hoje ainda a confirmo mais - de que o Concelho das Lajes do Pico há-de ter um futuro muito risonho. A prova está à vista. Os empresários, sobretudo no campo do turismo, estão a pretender com prioridade o Concelho das Lajes sobre os demais concelhos da ilha. Nós hoje temos uma dificuldade que há ano e meio, dois anos, não era previsível que é gerir a pressão e os interesses. Portanto, temos que criar condições para aquilo que consideramos que seja um crescimento sustentável e harmónico e que não atire os próprios empresários para o insucesso. Temos responsabilidades nessa matéria e é bom que quem detém algum poder político, sejam os autarcas, seja o poder regional, tenha consciência da escala local.

O Pico é uma ilha grande em dimensão mas pequena em população e tem de crescer de forma sustentada. Acredito que o futuro do Pico está aí e não devemos perder essa oportunidade. Por este motivo, é preciso que quem decide, decida em consciência e com muita responsabilidade e bom senso. Tenho consciência plena de que o Concelho das Lajes vai ter o seu futuro. O futuro está aí. É preciso tomar as melhores opções e ver quem oferece as melhores condições para investir no nosso Concelho para que este seja uma realidade de progresso, de crescimento económico, mas também, e sobretudo, de fixação de pessoas, de bem-estar social e desenvolvimento sócio-cultural.

A Muralha de Defesa é uma prioridade no Concelho das Lajes, particularmente na Vila das Lajes. É com bom agrado que vejo esta iniciativa governamental. Já tive a iniciativa pessoal e institucional de elogiar o Governo Regional dos Açores por este empreendimento. Sou um autarca e um político local que, não só reclama aquilo que acho e tenho a noção do que é importante para o Concelho e não abdicarei dos meus princípios, mas também tenho a capacidade de reconhecer quando qualquer órgão governamental decide e actua no sentido das nossas reclamações. É com agrado que vejo esta decisão do governo mas também a vejo com algumas reservas. Fui eu próprio a tomar a iniciativa de levar à Câmara Municipal um voto de congratulação ao Governo por realizar esta obra.

Contudo, fui acautelando de que esta obra devia não só incluir a protecção da orla costeira da Vila das Lajes, com o seu próprio ordenamento da baía, mas também potenciar a baía como um núcleo de dinamização da própria Vila das Lajes. Pois é isso que penso que a Vila das Lajes deve ter. Deverá virar-se para o mar, virar-se para as actividades de recreio náutico e transformar-se numa vila de interesse turístico, que já o é. Mas deverá ser cada vez mais um núcleo de atracção turística, não só pelo Museu dos Baleeiros que é um pólo de atracção importante, não só dos Açores, pois hoje é talvez o museu temático mais visitado de Portugal e é um núcleo de interesse turístico e um pólo dinamizador do desenvolvimento da Vila das Lajes e do Concelho em particular.

Em relação ao Aeroporto do Pico, considero ser uma infra-estrutura fundamental e crucial para o desenvolvimento e progresso da nossa ilha. Esperamos que esta obra seja concretizada nos próximos dois anos, não só a nível da construção das próprias infra-estruturas, mas também, e sobretudo, na própria colocação do Aeroporto do Pico nas rotas internacionais que consideramos fundamental para o progresso e desenvolvimento do Pico.

Adiaspora.com: Quanto aos toques semanais? Qual é sua opinião?

Eng. Cláudio Lopes: Em relação a este aspecto, temos uma deliberação da Câmara tomada por unanimidade, e que foi uma proposta de um dos vereadores da oposição inclusive, para que o Aeroporto tivesse numa primeira fase quatro toques semanais. Considero que as coisas têm que ser tomadas em linha de conta de uma forma progressiva e sustentada. Ainda há pouco lia num jornal que o Aeroporto da Horta não há muitos anos tinha apenas um voo semanal entre o exterior e a própria Ilha do Faial. Hoje, já temos uma realidade concreta na qual a Horta, e a Ilha do Faial, tem voos quase diários. Sou da opinião que as coisas têm de começar por um princípio, por uma base e depois progredir de acordo com a procura. Não sou defensor de que coloquemos a parada muito alta para termos uma realidade concreta muito aquém daquilo que desejamos e repugnamos. Penso que o Pico e os Açores têm um papel fundamental no desenvolvimento e na atracção do turismo que deve ser vista e entendida por quem governa a Região de forma especial e particular.


Victor Machado, Eng. Cláudio Lopes, Presidente da Câmara Municipal das Lajes do Pico
e Paulo Ávila da Adiaspora.com

Adiaspora.com: Há tempos, o Senhor Presidente disse que o Concelho das Lajes era o Concelho da Cultura. Fale-nos da cultura do Concelho das Lajes.

Eng. Cláudio Lopes: Relativamente à cultura, não posso ser juiz em causa própria. Mas acho e sinto como cidadão comum que o Concelho das Lajes tem uma apetência para uma cultura tradicional muito diferente do que se passa nos outros concelhos. Basta ouvirmos o feedback de pessoas que lá vão, por exemplo, fazer concertos, concertos muito específicos e temáticos que pertencem, de alguma forma, a elite muito própria, e de lançamentos de livros. O Concelho das Lajes tem um auditório que não se encontra em outros concelhos que têm três, quatro, cinco ou até sete vezes mais população do que o nosso Concelho. Consequentemente, isto denota uma grande apetência e revelação do nosso Concelho das Lajes para a questão da cultura. E é isso que nós, ao longo dos anos, temos procurado alimentar, embora sujeitos a críticas. Tenho sido criticado, ao longo destes anos, de que dou muita atenção e uma ênfase particular à cultura. Mas penso ser pela cultura que se desenvolve os povos e as terras. Não poderia ir mais longe sem reflectir sobre um pensamento do próprio Jean Monet, um dos ideólogos do sistema de desenvolvimento da própria comunidade europeia, que afirmou que, se hoje tivesse de repensar o próprio modelo de desenvolvimento da comunidade, repensá-lo-ia pela cultura. Isto prova que é nas próprias pessoas que temos de apostar, porque temos de criar pessoas possuidoras de uma cultura melhor e diferente para potenciarmos o nosso próprio desenvolvimento social, cultural e económico. Consequentemente, penso que tudo aquilo que se possa investir na área das infra-estruturas, mas também na área da cultura, é fundamental para qualquer político, seja à escala nacional, regional ou local.

Adiaspora.com: Referiu aí "tudo aquilo que se posso investir na área da cultura". Recordamos que em 2001, aquando da Comemoração dos Quinhentos Anos do Concelho, da primeira acta existente do Concelho das Lajes, (se bem que a história e alguns historiadores digam que foram os povoadores que trouxeram o foral para a constituição deste Concelho), vimos, com muita satisfação e agrado, a planta do polivalente, auditório e biblioteca municipais, um projecto muito bem elaborado, um projecto que era um mimo se fosse executado e que fazia parte de um conjunto arquitectónico do Largo General Lacerda Machado que não ia deixar, em nada, as Lajes diminuída em relação às outras vilas dos Açores. O que nos pode dizer acerca disto?

Eng. Cláudio Lopes: Acerca desta questão, quero dizer que estou a cumprir o meu terceiro mandato no Concelho das Lajes do Pico e que, fazendo a avaliação do meu trabalho e do trabalho da Câmara Municipal ao longo destes dez anos, tivemos dois mandatos sobretudo preocupados com as questões essenciais: o saneamento básico, o abastecimento de águas a todas as populações de todas as localidades, a todas as zonas, mesmo de veraneio, que mereciam ter essa atenção e essa dignidade. Neste terceiro mandato, tinha eleito duas áreas prioritárias, a da cultura e a do desporto. A da cultura passava, fundamentalmente, pela construção do novo auditório e a do desporto pela construção do novo estádio municipal em condições que desse um lugar próprio para o desporto do nosso Concelho, nomeadamente, na área do futebol. A nível da cultura, tínhamos um anteprojecto de um auditório direccionado para galvanizarmos no Concelho das Lajes algumas iniciativas e alguns eventos que pudessem, nos períodos de baixa estação, trazer mais gente às Lajes do Pico, dinamizando assim os sectores hoteleiro e da restauração, o que seria de extrema importância.

Depois, por outro lado, porque o Concelho das Lajes por si só, e como já foi afirmado, tem uma apetência cultural diferente e especial no contexto da ilha e dos Açores. Tenho ouvido da parte de alguns artistas que quando chegam ao Concelho das Lajes, à Vila das Lajes, têm um gosto muito especial pelo auditório. Ainda há poucos dias perguntava a um grande escritor natural do nosso Concelho, Urbano Bettencourt, que fez um lançamento de um seu livro no Concelho das Lajes, se ele, no Concelho de Ponta Delgada que nada tem a ver com a dimensão populacional do nosso, tinha o auditório equiparado ao que encontrou na Vila das Lajes. Disse-me não haver e que ia pessoalmente fazer relevo deste facto no próprio jornal do nosso Concelho "O Dever".

Isto prova que o Concelho das Lajes tem uma apetência diferente e especial para a cultura. Impõe-se que tenhamos outras condições físicas para receber e dinamizar eventos culturais. Por outro lado, considero que, ao longo destes dez anos, já passamos um capítulo que foi o do saneamento básico e das acessibilidades. Hoje, temos que pensar de forma diferente de encarar a sociedade local e de promover, cada vez mais, o desenvolvimento e o progresso do nosso Concelho. Isto passa pela vertente da cultura, do desporto e das actividades lúdicas que tenham a ver quer com a terceira idade, quer com os jovens, quer com o primeiro escalão da sociedade que são as crianças. Nessa matéria, temos já algumas iniciativas em curso. Temos de as aprofundar e as dinamizar. Penso que o Auditório Municipal das Lajes do Pico é uma estrutura fundamental para alimentarmos esta grande chama e grande motivação que há por parte da nossa população local em termos culturais.

Por outro lado, se fizermos uma avaliação do índice populacional relativamente ao nível de equipamentos colectivos que temos, o Concelho das Lajes dá um exemplo fundamental na Região. Temos os melhores e a maior quantidade de salões comunitários que possam existir nos Açores, não só em termos de animação, mas também em termos de qualidade. Penso ser importante analisarmos essa matéria porque isso é fundamental para que o Concelho das Lajes possa manter esta chama cultural viva que, há muitos anos, não se deve só às administrações públicas, mas à iniciativa da própria sociedade que tem a capacidade de construir uma sociedade mais sã e activa de progresso e bem-estar.

Adiaspora.com: Reforço então a pergunta. Quando prevê o início da construção do Auditório? Será dentro deste mandato?

Eng. Cláudio Lopes: Uma das bandeiras deste mandato era o Auditório e o campo de jogos. O primeiro teve alguns percalços no seu percurso a nível da elaboração técnica e dos recursos financeiros para os quais esse projecto técnico apontava. Estamos, hoje, a analisar, de forma mais racional e consensual, aquilo que é importante e possível. Estamos a reformular esse projecto e em breve vamos apresentar um outro que possa ser mais plausível para a própria realidade local.

Adiaspora.com: Bem como a biblioteca?

Eng. Cláudio Lopes: Bem como a biblioteca.

Adiaspora.com: Duas perguntas finais. Acho que é da sua autoria (se não é, corrija-nos) que falou em promover a Piedade a vila. Circulam uns rumores que, não será nos próximos cinquenta anos, mas será daqui a cem anos, o Pico será esvaziado de dois concelhos, ficando um na ponta da ilha e outro na Madalena. Façamos futurologia?

Eng. Cláudio Lopes: Relativamente a essa matéria, gostava de transmitir uma opinião pessoal, mesmo correndo o risco de que esta possa estar colada à opinião institucional. Considero que a Ilha do Pico perde por ter uma divisão administrativa como tem actualmente. Três concelhos e dezassete freguesias é negativo para a Ilha do Pico e para o seu desenvolvimento. Foi-o ao longo dos tempos. Se calhar não é actualmente tão negativo. Penso que o Pico deveria ter uma gestão mais global do que tem actualmente se houvesse entendimentos globais ao nível da ilha que proporcionassem uma maior eficácia e eficiência dos recursos a nível gestão. Todavia, compreendo que é muito difícil qualquer órgão decisório sobre esta matéria contrariar o sistema administrativo existente. O que propus, e indo em concreto à vossa pergunta, para a Freguesia da Piedade, e, nomeadamente, quanto à sua elevação a vila rural - gostava de sublinhar isso, porque muita gente não entendeu esta minha proposta - e não como vila sede de um novo município, porque se estou a dizer que penso que o Pico perde por três municípios em termos administrativos, jamais me atreveria a propor um quarto.

Proponho a Piedade apenas como vila rural. Apenas proponho um novo estatuto para esta freguesia porque é legítimo na minha opinião. A Freguesia da Piedade tem, ao longo dos tempos, vindo a registar em termos económicos uma nova dinâmica empresarial, fruto de muita vontade, coragem e arrojo de pessoas que nem sempre encontraram os melhores condições de apoio a nível institucional e que tiveram a coragem de avançar. Por este motivo, acho que a Piedade merece uma nova visibilidade, que já é real, por aquilo que é fruto do próprio trabalho dos empresários a nível individual, e não só. É nesse sentido que sou da opinião que as instituições, nomeadamente a Câmara das Lajes, devem acompanhar o progresso e o desenvolvimento. Por esta razão, proponho que a Piedade seja uma freguesia com um novo estatuto, não só porque merece um maior investimento público da Câmara Municipal, do Governo Regional ou até do Governo da República, mas também porque é uma freguesia que detém uma posição estratégica em termos geográficos a nível da ilha. É mais descentralizada e, consequentemente, deveria proporcionar melhores condições de serviços às populações vizinhas. Ali temos um novo pólo, não só de desenvolvimento económico, mas também um importante pólo de apoio social e cultural.

Foi por este motivo que propus elevar a Freguesia da Piedade a vila rural, mas nunca com o objectivo de criar um novo concelho. Acho que isto é uma confusão que se estabeleceu em algumas pessoas, em alguns meios de opinião pública que lamento mas que nada tem a ver com a minha proposta inicial. Espero que um dia a Freguesia da Piedade tenha condições para conseguir este estatuto. Bem sei que a legislação é rigorosa nesta matéria e que a orientação nacional e regional não aponta para a multiplicação administrativa do país. Mas o que tinha como pressuposto nesta minha proposta era dar uma maior atenção a uma freguesia que tem uma população que muito tem trabalhado, muito se tem esforçado para o seu próprio desenvolvimento e progresso e que pouco tem contado com o investimento público.

Adiaspora.com agradece toda a amabilidade e disponibilidade com que o Senhor Presidente das Câmara das Lajes do Pico, Eng. Cláudio José Gomes Lopes nos recebeu, permitindo que, através desta nossa conversa, as gentes da Diáspora tenham a possibilidade de se inteirarem um pouco mais sobre a realidade hodierna deste Concelho.

Entrevista exclusiva de Adiaspora.com