Por Avelino Teixeira
Adiaspora.com
Avelino Teixeira entrevistando Gabriel Alves
Jornalista
e Comentador Deportivo da RTP
AT.: Deixe-me cumprimentá-lo,
Sr. Gabriel Alves. Gostaria também de lhe dizer que de
desporto não percebo muito. Nunca me dediquei ao desporto,
mas admiro as pessoas que o fazem. Por isso pesquisei na Internet
alguma coisa sobre a sua pessoa, visto viver no Canadá
há já 33 anos. Na altura a RTP ainda não
era transmitida para este país.
Soube que o Sr. nasceu em Maputo. Quer falr-me um pouco sobre
o tempo que alí viveu?.
GA: Os meus
pais conheceram-se e casaram-se em Moçambique. Eu nasci
em Lourenço Marques, hoje Maputo, mas fui criado e educado
em Quelimane, onde fiz o liceu até ao antigo 5º ano,
pois o meu pai era topógrafo e trabalhava naquela cidade.
Mais tarde tornou-se professor de matemática que era a
sua profissão.
Aos 16 anos fui para Portugal e mais tarde voltei a Moçambique
onde fiz o antigo 7º ano.
Comecei a trabalhar no Rádio Clube de Moçambique
(RCM), no emissor regional da Zambézia, em Quelimane e
mais tarde integrei os quadros da DETA que era a Companhia de
Transportes Aéreos de Moçambique, onde estive 2
anos a trabalhar, compatibilizando também com a Rádio.
Depois fui para Lourenço Marques onde permaneci uns meses
antes de ingressar na Força Aérea, em Portugal.
Regressei a Moçambique, estive em Nacala, Mueda, Nampula
e mais tarde acabei por voltar para Lourenço Marques onde
ingressei de novo na RCM (Rádio). Considero isto um regresso
a casa. Acabei assim a minha comissão de serviço
e regressei a Portugal e ainda na Força Aérea, concorri
à Emissora Nacional da Rádio difusão e fiquei
qualificado.
Quando se dá o 25 de Abril fui integrado nos quadros e
lá fiquei até 1995...
e agora estou na TV.
AT: Há um comentário
do Sr. Vasco Tenita na Internet que refere ao Gabriel Alves da
seguinte forma; «é dotado de uma impressionante simplicidade
e até humildade. Desde muito cedo deixava entrever o seu
notável timbre de voz e grande capacidade de dissecar as
mais variadas incidências de um jogo de futebol, o que o
catapultou até à RTP».
GA: Bem, eu sou uma
pessoa simples e tenho uma atitude perante a vida, linear. As
coisas são de forma directa e andamos cá para tentar
simplificar e não para complicar. Mas eu fui para os relatos
bastante mais tarde porque a minha vida na rádio era, sobretudo,
escrever para programas.
Na RCM havia excelentes programas que eram escritos por mim. Estou
a lembrar-me da Sintonia 22... da Extensão 10. Eu fiz um
programa em 72 que não agradou em Moçambique e houve
ali uma intenção de acabar um programa e começar
outro.... enfim, questões de ordem política da altura,
em que eu assumi coisas que, na época, não agradaram.
Estava de férias em Lisboa quando fui surpreendido por
esse motivo, pelo produtor, numa noite de Janeiro de 73, onde
ele me informou que eu tinha posto no programa umas músicas
que eles não gostaram. Mas eu nunca fui um político,
nem sou!.
Agora em relação ao futebol, este aparece por mero
acaso. Há um concurso na RCM onde precisavam de relatores.
Lembro-me do Artur Agostinho que foi colega do meu pai na Faculdade
de Ciências e do Amadeu José de Freitas, e de na
Rádio precisarem de relatores. O António Alves da
Fonseca, homem da equipa técnica e dono das Produções
Golo que comercializava os relatos, desafiou-me. Foi bastante
cansativa a minha preparação. Só fiz o meu
primeiro relato depois de ter feito imensos relatos por escrito.
O primeiro relato que fiz não foi sozinho, fui com o relator
principal da altura, o João de Sousa que ainda está
em Moçambique.
Embora Moçambique tenha dado grandes jogadores como o Coluna,
o Carlitos, Mário Wilson, Rui Rodrigues, o Juca e o Eusébio,
o futebol em Moçambique tinha uma dinâmica própria,
mas não era de grande dimensão. Muito maior dimensão
tinham outros desportos, como o hóquei em patins com o
Fernando Adrião (que morreu recentemente), um grande jogador,
uma grande pessoa, um homem de grande fairplay, um homem fantástico...
E era o basquetebol que tinha, de facto, uma grande importância.
Esses eram os relatos que eu fazia, os do hóquei e do basquete
e uma outra vez um de futebol.
Depois na Emissora Nacional em Lisboa, fui para a Onda Curta que
eram emissões para as colónias e só mais
tarde é que fiz o meu 1º relato em Tomar.
No Porto havia o Nuno Brás, também já uma
saudade, que me acompanhou muito e com quem tive um grande envolvimento.
Fizémos uma boa carreira juntos. Mais tarde encontrámo-nos
na TV.
Foi assim que eu fui para os relatos, não porque tivesse
querido, mas porque alguém achou que eu tinha condições
para o fazer.
AT: E o que é
que é necessário para se ser um bom comentador desportivo?
GA: A Rádio
foi importante porque a Rádio é uma boa escola para
todos. Faz com que tenhamos um grande convívio e intimidade.
A Rádio chega onde a TV não vai conseguir chegar.
A pessoa vai numa autoestrada, faz 500 kms e vai a ouvir a sua
rádio, o seu locutor ou jornalista. Esse comunicador é
que lhe faz companhia... e isto é universal.
Para se ser um bom comentador, acima de tudo tem de se saber da
modalidade. Tem de se ter base teórica mas também
prática. Mas acima de tudo, ter distanciamento. Não
ter tribos seja em que modalidade for. Elas têm que existir
porque isso dá emoção, agora o comentador
deve distanciar-se.
Eu faço-o com o ar mais tranquilo da vida porque sempre
fui assim. Enquanto eu for comentador da RTP que é uma
empresa que tem de satisfazer as diversas saciedades de todos
os portugueses, eu sou distante, não tomo partido.
AT: Como já
lhe disse no início, ontem fui à internet saber
quem era Gabriel Alves. Há vários comentários
que referem à sua frontalidade e simplicidade. Que sabe
o nome de todos os jogadores. Como consegue isso?
GA: Isso vem do estudo.
Preparo os jogos. Há documentos, há livros onde
me informar. Eu estou a trabalhar numa TV pública e quem
me paga são os portugueses e quero que isso fique muito
bem expresso, e portanto é para eles que eu trabalho e
por isso tenho de fazer o melhor possível.
Procuro levar sempre o maior número de dados que possam
ajudar a explicar ao telespectador.
AT: Li algo àcerca
dos gracejos que o Sr. faz quase sempre nos intervalos, como...
«durante o final da taça da UEFA, entre o Bayern
e o Bordéus, reparem como os jogadores do Bayern se movimentam
em figuras geoméricas, porque o futebol é uma arte
plástica». É realmente isso que pensa que
é o futebol?
GA: É evidente.
Há figuras no futebol extremamente interessantes. O futebol
é plástico, tem coisas muito bonitas. Um golo bem
marcado, uma jogada que dá o lance capital do jogo, que
é aquilo que as pessoas gostam, é uma coisa muito
bonita, artística..!
Porque é que os ídolos das pessoas são o
Maradona, o Eusébio, o Pelé, o Deco....porque são
artistas e isso as pessoas gostam. Eles fazem arte.
Uns fazem figuras geométricas, outros pintam quadros lindíssimos
e é isso que eu acabo por querer dizer. A mim não
me interessa que o vermelho, o amarelo, o verde ou o azul ganhe
o jogo .... o que me interessa, o que me entusiasma de facto,
é o bom futebol, o bom espectáculo. Infelizmente
em Portugal a «clubite» por vezes acaba por bloquear
esas coisas!.
AT: Há pouco
dizia que o futebol é um desporto caro e eu perguntava-lhe
que pensa sobre os ordenados exorbitantes dos jogadores, porque
será daí que vem a necessidade de se aumentar o
preço dos ingressos. Não acha...isso depois torna-se
num círculo vicioso, não será assim?
GA: Eu acho que os
grandes artistas têm de ser pagos, mas um clube só
deve pagar aos grandes artistas se tiver dinheiro. Quem não
tem dinheiro não tem vícios! Temos de ser gestores
dos quadros com rigor.
Se Portugal não tem dinheiro para comprar por 50 mil, arranje
jogadores por 5 mil, mas é evidente que depois o futebol....!
Por outra forma, em países como Portugal, se calhar tem
de se olhar mais para a formação, dar mais atenção
aos jogadores que jogam nas 2ªas ligas. Tirar rendimento,
mas sobretudo, a formação.
O português é bom de bola!...
AT: Relativamente à
questão financeira, uma vez que os clubes não podem
pagar o ordenado, não correm o risco de, mais tarde, perderem
grandes jogadores?
GA: Portugal tem-nos
perdido todos.
Dos grandes jogadores portugueses, restam em Portugal quem...?
O Simão, no Benfica; no Sporting há 2 ou 3 rapazes
que não auguro que fiquem lá muito tempo; que são
o Moutinho e o Carlos Martins.
Há um agora que está a surgir e que penso que vai
continuar numa progressão forte, que é o Nanu.
No FCP está o Quaresma que já esteve em Barcelona,
mas a continuar como está, porque é um jogador muito
jovem, com 22 anos, dentro de 1 ou 2 anos estará num grande
clube da Europa. Não tenho a menor dúvida.
Compreendo que o Porto tenha um maior valor e com aquele dinheiro.
Mas depois é preciso gerir aquele dinheiro e ir comprar
mais barato, mas com potencialidades, alguém que possa
vir a crescer.
AT: Falando de bons
jogadores...aqui na nossa comunidade há jovens com grandes
capacidades para virem a ser bons jogadores. O que terão
eles de fazer para chegarem a uma situação desportiva
que gostariam de alcançar?
GA: A base é
saber quem são os seus treinadores de formação,
que são homens muito específicos, muito diferentes
daqueles que treinam para a alta competição, onde
o rendimento é o mais alto possível.
Têm de ter primeiro que tudo um bom treinador de formação
que os possa projectar. Mas acima de tudo, têm de trabalhar
muito, atenção. Isso de ser estrela não é
com o estalar dos dedos, nem por ter olhos claros ou escuros ou
por ter feito uma habilidade. Ser habilidoso não é
ter técnica, aprende-se, estuda-se e isso custa muito,
muito treino, muitas horas, mesmo...
AT: Nunca houve ninguém
que fizesse um comentário sobre o seu trabalho que o ofendesse?
GA: Não. Apenas
há pessoas que gostam e outras que não. Isso eu
respeito. Mas ofender ou ouvir alguém dizer-me que .....
jamais.
Há aquelas bocas, mas que eu nem oiço.
Não pretendo que todos gostem daquilo que eu digo, quero
é que toda a gente me oiça porque me gosta de ouvir.
Depois pode haver confronto de ideias; as pessoas têm direito
a isso. Eu respeito as pessoas todas, não tomo partidos,
apenas quero qualidade, verdade, transparência e ser profissional
e isso eu sou; assumo-o. Sem estarem sempre de acordo comigo,
gosto que me escutem e se me escutam é porque gostam de
me ouvir. Óptimo!...
AT: Sente-se confortável
quando é reconhecido na rua?
GA: Passo o mais despercebido possível.
Faço minha vida. Não me ponho em bicos de pés.
Quando chego a uma fila no hospital, no supermercado, ou na lavagem
de automóveis, eu sou mais um português, calmo, tranquilo,
pago um serviço tal como outro qualquer. Por exemplo, eu
geralmente sou visto em hospitais, tenho médicos dos hospitais
e quando lá chego sou igualzinho a quem lá esteja.
Não sei se é pedreiro, engenheiro, doutor, se é
trolha ou o que é... somos pessoas. Eu sou igual aos demais.
Se há alguém que me interpela, falo com essa pessoa.
Há pessoas que nem me conhecem, porque não ligam
à bola ou estão com as suas preocupações.
Eu estou muito bem comigo, faço a minha vida!. Mas também
sei uma coisa, como figura pública que sou tenho de me
saber comportar em público e graças a Deus sei!.
AT: No início
da sua conversa disse que gosta muito de escrever. Sei que já
publicou um livro biográfico que o Sr. escreveu sobre a
figura controversa de José Camacho enquanto treinador do
Benfica. Porque escolheu aquele personagem?.
GA: Ele é uma
pessoa com quem me identifico muito: Primeiro porque é
um grande profissional e anda nas lides futebolísticas
com honestidade, o que para mim tem um valor inestimável.
Depois, porque ele trouxe alguma coisa de importante e interessante
ao futebol português; ao serviço do Benfica. Também
porque hoje em dia se o Benfica está a fazer alguma coisa,
foi ele que veio pôr uma série de pontos de ordem.
Portanto achei que era interessante fazer um livro com ele. Convidei-o,
trocámos impressões sobre o objectivo a atingir
e ele aceitou a minha proposta. Foi giro!.
Depois, ele deu-me toda a colaboração necessária
e actualmente temos uma boa relação pessoal e profissional.
É um indivíduo de muito carácter!.
AT: É a sua
única publicação. Tem algo mais na manga
da camisa para nos apresentar?.
GA: Até agora
é só esta do Camacho, mas vai haver algo mais nos
próximos 2 anos.
Este ano, por exemplo, haverá uma que vai ser forte...lá
para Outubro, mas não vou dizer o que é, claro!.
AT: O Sr. tem uma vida
muito ocupada mas além disso ainda tem outras actividades,
quais são?..
GA: Eu não fico
única e simplesmente ligado à minha profissão,
embora não possa deixar de lhe dar toda a atenção,
mas gosto de fazer outras coisas, como a enologia, ligada à
parte alimentária, onde se dá como que um casamento
de sabores e aromas. É também uma forma de conhecer
outras pessoas, outra sociedade profissional, aprender a partilhar,
a conversar, independentemente da concorrência e da adversidade.
O saber não ocupa lugar e eu gosto de facto de provar vinhos.
Até porque os enólogos e enófilos também
gostam de futebol. Tem sido um mundo extremamente interessante.
Sinto-me bem.
AT: Existe alguma sociedade de enologistas
a que o Sr. pertence?
GA: Não, eu
não estou ligado a tribos.
AT: Será que
lhe poderia perguntar quais são os seus passatempos favoritos?
GA: Gosto de ver cinema,
de fotografia, que aliás também já fiz. Sou
coleccionador de selos e de moedas. Gosto de passear pelas galerias
de arte. Ainda hoje, aqui em Toronto, passei por uma galeria com
pintores interessantes. Gosto de ver antiguidades e também
gosto muito de música!.
AT: De que tipo?
GA: De música
em geral, mas no jazz... acabo por me envolver!.
AT: Aqui no Canadá,
actualmente, pratica-se o hockey no gelo com grande violência.
O que é que pensa sobre isso?
GA: Há uma cultura,
atenção. Em todos os países onde há
invernos mais severos, pratica-se bastante o hóquei e é
uma modalidade que leva a grande furor nos países onde
ela se pratica. Mas acho que a violência não tem
cabimento no desporto. Uma modalidade pode ser muito dura, mas
deve haver lealdade. O ragueby, por exemplo, é de uma dureza
atroz mas há lealdade entre os atletas. Desde que não
seja violência anti-desportiva, que seja controlada. Agora
que o hóquei no gelo é um grande espectáculo,
lá isso é.
AT: Os comentadores
estão realmente preocupados e até já se fala
na necessidade de se implementar leis que venham a aplicar punições
severas aos jogadors que agem violentamente. Acha que haverá
necessidade de se criar essa lei?.
GA: Se há uma
escalada assustadora e se estamos a passar da dureza para a violência
sem nexo, a Federação deveria tomar medidas.
AT: Mas a dureza também
existe no futebol e talvez até mesmo alguma violência,
ou não será assim?.
GA: Sim, mas o futebol
tem vindo a tomar algumas medidas para proteger os artistas. As
chamadas de atenção para o fairplay tem de estar
sempre presente. É importante nas relações
desportivas, bem como a tolerância e a solidariedade entre
as pessoas.
AT: Será que
estão a aparecer bons comentadores desportivos nas camadas
jovens?
GA: Eu só espero
e desejo que sim. Já dei a minha quota-parte de alguma
maneira no lançamento de alguns jovens para a área
no âmbito do desporto. Um deles é hoje director da
Sport TV.
AT: O Sr. quando começou
a relatar teve pessoas, que já faziam esse trabalho há
mais tempo, que o ajudaram?
GA: O que eu tive foi
uma boa escola, a do Rádio Clube de Moçambique.
Uma excelente escola que não esquecerei. Na TV aprendi
à minha custa e mais tarde até dei cursos de formação.
Eu trabalho muito bem com os jovens, há uma boa interligação.
Também aprendo com eles e por isso fazemos boas equipas.
AT: Gostaria que deixasse
ficar algumas palavras para a adiáspora.com, um portal
que já conta com um milhão e meio de visitantes!.
GA: Para a adiaspora.com
tenho a dizer o seguinte: quem saiu de Portugal sabe porque é
que o fluxo de emigração começou e .... obviamente
por essas pessoas tenho de ter muito respeito. Não é
fácil. As pessoas quando saem é porque vão
à procura de qualquer coisa melhor. Para essas pessoas
todas vai o meu enorme respeito, e o meu cumprimento, pois sei
que os portugueses cá fora têm sido a melhor bandeira
do País. São considerados excelentes profissionais.
Há dois nomes que são importantes, o José
Barata ?(Está correcto) e o Pestana que hoje são
grandes investidores em Portugal.
Relativamente à adiaspora.com também tenho uma palavra
relacionada com o futebol. Por exemplo, este jogo mais recente
com o Benfica, os trabalhadores portugueses em Inglaterra, quando
o Benfica venceu o Manchester United, os portugueses sentiram-se
muito bem, foi muito importante. Eles trabalham lá, são
emigrantes e vivem num país onde quem manda são
os ingleses, mas durante um mês ou mais depois do jogo,
os portugueses foram ainda mais respeitados, visto o Manchester
ser um clube muito forte e o Benfica ter-lhe ganho. Foram olhados
de outra maneira. Um jogo que foi ganho sem ajudas...
Também durante o Euro 2004, todos os outros
países tinham os olhos postos em Portugal ... no nosso
País. Como tudo correu muito bem, os portugueses foram
olhados com respeito. O Mourinho é um emigrante de luxo
mas tem sido extremamente importante para os portugueses porque
ele acabou por criar regras. Impõe-nas mesmo mas discute
com vitórias e conteúdo. É importante que
apareçam portugueses que enriqueçam Portugal. Têm
surgido tantos no campo da medicina, da ciência e tecnologia,
arquitectura... nós temos uma emigração rica.
Para ela os meus cumprimentos.
AT: Muito obrigado pelas suas palavras.
A nossa conversa foi muito agradável e fico muito grato
por isso. Obrigado pelo seu tempo.
Entrevista exclusiva
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