HOMENAGEM AO COMANDANTE ROBERT PICHE

TRIBUTE TO CAPT. ROBERT PICHÉ

 

“And from the universal mist and shadow

         All that reaches me is but the murmur of sighs…

And lament that oh most profuse of cries

 

Of things that seek blindly

           And painfully in the night

        Yet another light, another end perceived…”

Antero de Quental

 

We render a Lusitanian tribute to Capt. Robert Piché,

                       Who spread his Silver Wings over an isle of shadows

              And dared guide our own home to a Port of Light. 


Captain Piché,

The hot summer of 2001 was to be one filled with many significant and alarming events. It was the summer of 9/11, the tragedy that was to forever change the lives of North Americans, reverberating far and wide and visibly altering the world’s geo-political chessboard. But undoubtedly in times of darkness there are always signs sent out by the universe through various messengers, if we can call them that, that Hope is essential and inherent to Life. Destiny chose you, Capt. Robert Piché, on that unforgettable day in August at Lajes Airport, to be such a messenger.

 

Capt Piché, you have proved that in the face of fear and daunting challenges, Willpower, Hope and Faith in life will get one far…far over the seas and monsters of the deep to safe haven on the other side.

 

In the book Hands on Destiny you are, upon landing, reported to have said to your co-pilot: “I told you we’d get out of this!” the utterance of a man who has accomplished his mission. No trivial mission but one that required a man of indomitable spirit and fearless disposition for during that flight the lives of 291 passengers and 13 crew members were at stake.

 

Today, we of the Portuguese Diaspora, pay our tribute to you, Capt. Robert Piché, and wish, by this simple and humble gesture, to express our most heartfelt gratitude for having saved the lives of so many of our own. Further, may we remind you that you have become one of us and as such “mi casa es tu casa”!

Please accept this small token of our dedication and gratitude. Over the clock, upon which you may see the exact time of your landing on that day, a basalt Açor, the hawk that lends its name to the Azorean archipelago, a symbol of freedom, courage, and the open skies that you so love. Below this noble bird, the nine Azorean islands.

 

On behalf of our people, thank you Sir.

 

 

Comandante Piche,

 

O verão quente de 2001 foi recheado de muitos significativos e alarmantes acontecimentos. Foi o verão de 11 de Setembro, a tragédia que alterou para sempre as vidas dos norte-americanos, e que, reverberando por toda a parte, visivelmente alterou o tabuleiro geopolítico mundial. Mas não há dúvida que em tempos de trevas existem sempre signos emanados pelo universo que chegam até nós através dos mais diversos mensageiros, se assim os podemos chamar, de que a Esperança é inerente à Vida. O destino escolheu a si, Comandante Robert Piché, naquele inolvidável dia de Agosto no Aeroporto das Lajes, para ser um desses mensageiros.

 

Comandante Piché, provou que, ao defrontar o medo e os grandes desafios, a Força de Vontade, a Esperança e a Fé nos levam longe...longe, para além dos mares e monstros das profundezas, até porto seguro do outro lado.

 

No livro “Hands on Destiny” reporta-se que, ao aterrar, disse ao seu co-piloto: “Eu não te disse que sairíamos desta!”, palavras de um homem que completara a sua missão. E não foi uma missão qualquer, mas uma que requeria um homem de espírito indomável e disposição temerária porquanto naquele voo estavam em jogo a vida dos seus 291 passageiros e 13 membros da sua tripulação.

 

Hoje, nós, da Diáspora Portuguesa, prestamos o nosso tributo a si, Comandante Robert Piché, desejando, através deste gesto simples e humilde, exprimir a nossa gratidão por ter salvo as vidas de tantos dos nossos. Mais, queremos lembrar-lhe que se tornou um dos nossos e como tal “a minha casa é tua também”!

 

É favor aceitar esta pequena recordação da nossa dedicação e gratidão. Sobre o relógio, no qual poderá ver a hora exacta da aterragem que realizou naquele dia, um Açor em basalto, a ave que presta o seu nome ao arquipélago Açoriano, e símbolo da liberdade, coragem e dos céus abertos que tanto ama. Sob esta nobre ave, as nove ilhas dos Açores.

 

Em nome do nosso povo, o nosso muito obrigado.