ESCOLA PROFISSIONAL, O GRUPO CORAL E DESCOBRINDO AS RAÍZES
Paulo Luís Ávila - Adiaspora.com
Os exames finais que se realizaram na Escola
Profissional do Pico, bem como a saída do
Grupo Coral das Lajes do Pico, até
à Vila Nova de Santo André e a efectivação
do XI Curso «Açores à descoberta
das raízes», foram notícia na
semana que findou.
A convite do Miguel Fernandes, um dos alunos
distintos daquela escola e que foi apresentar o seu trabalho perante
um júri de selecção, tivemos ensejo de conhecer
por dentro os meandros daquele estabelecimento de ensino, único
naquele género existente no Pico e sito nas antigas instalações
do Externato da Madalena, propriedade de Manuel Cristiano Fraga
Bettencourt e Simas e que depois da construção da
nova Escola Básica, Integrada e Secundária, Cardeal
Costa Nunes, ficou desactivado, mas foi em boa hora ocupado pela
Escola Profissional do Pico para ali
serem ministrados aos cerca de cento e oitenta alunos que a frequentam,
vários cursos, que terão para aqueles que os concluírem
um futuro muito promissor no já de si, exigente mercado
de trabalho. Aqui deixo os parabéns ao Miguel, pela sua
brilhante intervenção que no final lhe valeu a nota
de dezoito valores, no curso de Técnico de Informática/Manutenção
de Equipamentos. Teve este curso a duração de três
anos. O Júri de avaliação, bastante selectivo
era formado pela Directora da Escola, Maria das Dores Silva, pelo
professor/orientador, Arlindo Bettencourt e pelo professor, David
Mendes sendo os restantes membros constituídos por técnicos
externos àquele estabelecimento de Ensino, António
Matos e Rui Duarte. Os Pais do Miguel, Fátima e Manuel
Fernandes, e sua irmã Eunice, ofereceram um lauto almoço
a professores e convidados nos quais me incluíram como
amigo e como representante da Diáspora.
Para o Continente e a participar no encontro
de coros, seguiu o Grupo Coral das Lajes do Pico,
numa comitiva que congregou cerca de 40 coralistas. Os outros
grupos que participaram foram: Coro Polifónico
e Instrumental da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense
e o Grupo Coral do Clube Galp Energia, o coro anfitrião
que é composto por treze supranos, cinco tenores, nove
contraltos e quatro baixos, tem como Maestro, Pedro Miguel Ramos.
José Filipe Silva Guerreiro é o Regente do Harmonia
Reguenguense e Manuel Emílio Porto é o Maestro do
Coral das Lajes do Pico. Desde o dia 9 até ao dia 16 do
mês de Julho p.p., a estada do grupo Picoense, foi acolhida
com inúmeras iniciativas das quais saliento: no dia 10,
concerto em Santo André, no dia seguinte um passeio até
à barragem do Alqueva e à Vidigueira. No dia 12,
um passeio até Borealis, uma visita à refinaria
em Sines e à tarde uma visita à Vila de Aljustrel,
onde teve lugar à noite o segundo e último concerto.
Talvez por ser o último, este foi vibrantemente aplaudido
de pé, pelo público que enchia completamente o recinto.
No dia 13 foi a vez de ser visitado o «Badoca Safari Park»
onde alguns, pela primeira vez estiveram em contacto com várias
espécies de animais selvagens que ali vivem em completa
liberdade e dos quais destaco: Zebras, avestruz, girafas, chimpanzés,
pacaças, zebus, leopardos, cabras anãs e várias
espécies de aves exóticas e de rapina. Refiro que
neste Parque foram filmadas algumas das cenas da telenovela «As
Feras». À tarde houve tempo para se ir tomar um banho
na maravilhosa e acolhedora praia de Sines. O dia 14 foi totalmente
preenchido com uma visita à turística e antiga cidade
de Évora, a capital do Alto Alentejo. Ali foi muito apreciado
o templo de Diana e a Capela dos Ossos, dois lugares de visita
obrigatória bem como à Praça de Giraldes.
O último dia, já que no dia imediato era o da partida
para o Pico, foi totalmente preenchido com uma visita a Vila Nova
de Milfontes e a Porto Côvo.
A Direcção Regional das Comunidades,
levou a efeito entre os dias 10 e 17 de Julho p. p., o XI
Curso «Açores à descoberta das raízes».
De várias partes dos Estados Unidos da América do
Norte, Canadá e Brasil, estiveram entre nós algumas
das mais representativas entidades dos residentes portugueses
naqueles países. Nesta Ilha foram sempre acompanhados pelo
ex-deputado Manuel Goulart Serpa e o programa desenvolvido foi
muito vasto e por vezes cansativo. No final falámos com
alguns dos participantes entre os quais, Maria Santa Bettencourt
e Manuel Silveira, que nos disseram que apesar dalgumas anomalias
encontradas, principalmente a nível turístico e
logístico, partem muito mais esclarecidos acerca da complexidade
dos problemas que enfrentam estas Ilhas. Vários passeios
foram proporcionados aos visitantes bem como muitos almoços
e jantares. Manuel Goulart Serpa empolgou a assistência
em duas intervenções subordinadas aos temas: «A
importância da vinha e do vinho na Economia da Ilha do Pico»
e «Momentos Fundamentais da Vida de um Povo». Manuel
Tomás, Director da Escola Básica, Integrada e Secundária,
Cardeal Costa Nunes, também interveio e como sempre cativou
os presentes com a sua fala fluente e clara, digna dum brilhante
«tribuno», como ele aliás faz sempre questão
de ser.
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