MUSEALIZAÇÃO DA FÁBRICA DA BALEIA DE SÃO
ROQUE
Paulo Luís Ávila - Adiaspora.com
A MUSEALIZAÇÃO
da Fábrica da Indústria Baleeira de São Roque
do Pico, no lugar do Cais, hoje transformada em Museu da Indústria
Baleeira, está a ser alvo dum processo de identificação
das peças que a compõem e das pessoas, (mais de
150 operários chegaram a trabalhar num só dia naquele
recinto), que em épocas recuadas em que a faina da caça
à baleia, era uma actividade que não permitia descanso.
Hoje, infelizmente, descansou-se mais do que se devia e o que
estaria para ser inaugurado com toda a pompa e circunstância,
redundou nuns painéis – poucos - que apesar de chamarem
a atenção não preencheram o «motivo»
daquele evento. No momento da inauguração, o Director
do Museu, Manuel Francisco Costa Jr., falou em primeiro lugar.
Da sua intervenção retirámos estas frases:
«Aproveitando, valorizando e rentabilizando uma razoável
diversidade de testemunhos industriais, com qualidades e características
capazes de lhes conferir um estatuto patrimonial, quer de valor
municipal, quer de valor regional, a musealização
industrial visa proteger esse património, investigá-lo
e interpretá-lo, sempre que possível «in situ».
Essa musealização industrial pretende também
articular e relacionar conteúdos e formas de difusão
desse património, tendo em vista públicos mais alargados...»
«Estamos hoje aqui para fazer a apresentação
pública do processo da reconversão museológica
da Fábrica da Baleia de São Roque do Pico. O projecto
em curso visa dotar a Fábrica de um conjunto de meios e
estratégias de comunicação, painéis
explicativos, desdobrável, ambiências/atmosferas
sonoras, imagens antigas, equipamentos audiovisuais, filme, área
de vendas...) determinantes para a requalificação
e modernização do Museu. Este Museu, é o
primeiro Museu Industrial público dos Açores e em
articulação (complementaridade) com o Museu dos
Baleeiros, nas Lajes do Pico, assume-se como um espaço
privilegiado de explicação das memórias e
da cultura da baleação à escala regional.
A todos quantos colaboraram connosco neste projecto, o nosso mais
profundo agradecimento.» E citámos.
O Director Regional da Cultura, Dr. Vasco Pereira
da Costa improvisou estas palavras que passo a transcrever: «O
Pico fica ligado com esta unidade à aliança daqueles
que lavraram o mar e arpoaram o chão da terra. Estou ligado
a essa memória colectiva. Temos de lutar contra os sábios
dissidentes. Este Museu não existiria sem a colaboração
das pessoas, sem a sua prestimosa participação e
sem o patriotismo dos Picoenses. Aqui a índole das gentes
do Pico está pragmatizada entre a terra e o mar. Morra
o fado da morte e viva o fado da vida». Fim de citação.
Esteve presente muito público e também
compareceu o Secretário Regional da Educação,
Dr. Álamo de Meneses, que veio acompanhado pela Directora
Regional, Dra. Isabel Rodrigues.
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