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Paulo Luís Ávila - Adiaspora.com Foi no início dos anos sessenta do século passado que um grupo de pessoas da Piedade se juntou e começou a organizar esta Festa. Inicialmente deslocavam-se a pé até ao recinto do «Paul da Burreca», que antigamente tinha sido um charco e ali se começaram a juntar todos os anos no primeiro Domingo de Julho, construindo barracas que primeiro foram cobertas de ramos de faias e incensos e mais tarde como no passado Domingo, dia 4 de Julho aconteceu, já eram revestidas de plástico e outros produtos impermeáveis, não fosse o tempo desabar em chuva e apanhar os incautos desprevenidos. Para além do convívio entre as várias pessoas da Freguesia e de outras limítrofes, teve lugar uma mini feira de gado, onde apreciámos óptimos exemplares de gado vacum, caprino e cavalar. Muita juventude esteve presente, mais que não fosse só para mostrar os seus dotes de amazonas e de cavaleiros. Um dos primeiros promotores desta festa, o Fontes, disse-nos que :«naquele primeiro ano foram vendidos três quintos de vinho e que hoje, já ninguém pede aquela bebida, porque a cerveja e os sumos ocuparam o seu lugar». Por todo o lado por onde passámos toda a gente de volta e meia olhava para o relógio, porque queria ir ver o jogo e mais admirado fiquei, porque eram formuladas pelas esposas, alertando deste modo os maridos que bebiam e conversavam com amigos e conhecidos. Quando abandonámos o recinto muito poucos já estavam arrumando os farnéis ou dobrando os cobertores, para voltarem para suas casas. Esta festa é realizada nos matos da nossa Ilha, sobranceiros à freguesia da Piedade, rodeado dum ambiente bucólico e acolhedor, onde o silêncio da natureza obriga a uma reflexão. Fizemo-la também e pensámos noutros sítios e noutras pessoas que naquela hora e noutra parte do nosso planeta vivem em contínuo sobressalto, porque a guerra e a fome por lá fazem lei. Clicar p/ ver
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