OS RANCHOS DE NATAL, OS REIS E OS GRUPOS CORAIS

Paulo Luís Ávila - Adiaspora.com

Por quase toda a Ilha e em revoadas de saudade e esperança, surgiram os Grupos de Natal e os Grupos de Reis. Como de costume, a Casa do Povo da Criação Velha mais uma vez promoveu o encontro de ranchos e de grupos de Reis que, e diga-se em abono da verdade, estão já a fugir ao cunho tradicional e emocional com que inicialmente foram apresentados e que conseguiam transmitir às pessoas presentes que enchiam por completo aquele Salão,- um dos maiores da Ilha-, uma viagem ao passado não muito distante da sua juventude. Uns dizem que é desvirtuação e outros que é actualização às realidades cada vez mais prementes e actuantes dos dias de hoje. O que se nota é que de ano para ano há um decréscimo de inscrições e este ano apenas concorreram oito.

Quase em paralelo o Grupo Coral das Lajes do Pico e o Grupo de Música de Câmara da Escola Básica e Secundária de São Roque, uniram esforços e com o patrocínio das Câmaras das Lajes e de São Roque, deram consertos de Natal nas Igrejas da Prainha, do Convento de São Pedro de Alcântara no lugar do Cais do Pico da Vila de São Roque, no dia 28 de Dezembro do ano transacto, depois no dia dois de Janeiro no Santuário do Bom Jesus em São Mateus e dois dias mais tarde nas Igrejas Paroquiais da Piedade e das Lajes. Também o novel Grupo Coral da Piedade, dirigido pelo Maestro Hildeberto Peixoto, deu um conserto de Natal das Igrejas da Ribeirinha, da Calheta de Nesquim, da Piedade, de Santa Cruz das Ribeiras, da Silveira e das Lajes. Estes momentos culturais tiveram a adesão maciça do público, que não regateou aplausos aos coralistas, músicos e maestros. De referir ainda que os maestros foram respectivamente: do Grupo de Música de Câmara, Helder Bettencourt enquanto que o do Grupo Coral das Lajes foi o já consagrado Manuel Emílio Porto.