Mais de seis mil pessoas compareceram naquela tarde inesquecível para todos nós havendo apenas a lamentar as pancadas d’água que se fizeram sentir durante toda a manhã que deve, pensamos, ter contribuído para a fraca comparência da nossa gente àquele local aprazível. Se não fosse as fracas condições atmosféricas daquele domingo a presença de pública duplicaria ou até triplicaria. Só esperamos é que para o próximo ano esta festa tenha também a “bênção” do nosso São Pedro, isto é que não haja chuva. Embora os espectáculos tivessem decorrido numa zona abrigada, numa tenda de tamanho gigantesco onde caberiam mais de dez mil pessoas, o certo é que o mau estado do tempo evitou que as pessoas saíssem de casa e não comparecessem, como se esperava, em muito maior número.

Dos políticos enquadrados na folha do programa da Casa dos Açores para aquela festa só compareceu o deputado federal, o luso-canadiano Mário Silva. Possivelmente porque não é ainda época de eleições. Se fosse este o caso apareceriam, de certeza absoluta, os convidados e os…não convidados. É sempre assim com esta gente ligada aos governos por cá, nestas bandas do Atlântico, sejam lá dos governos federal, provincial e municipal. Só se mostram quando há eleições ou precisem do apoio das comunidades étnicas.

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Mas esqueçamos os políticos e vamos a continuar a falar desta grande festa que embora organizada por uma Casa Açoriana trouxe àquele lugar não só açorianos mas também centenas de continentais e até de madeirenses. A gastronomia açoriana não esteve ausente e assim as linguiças, as morcelas, as malassadas, as bifanas, as favas, as sardinhas e outros pitéus ali estavam para gáudio dos amantes deste tipo de comida. O artesanato, que também é uma forma de expressar cultura, não faltou, atraindo assim bastantes pessoas interessadas nesta forma de cultura além de exposição de pinturas a óleo pelo consagrado pintor Luis Palaio.

Presente naquela festa o Dr. Duarte Manuel Gil da Silva Braz, representante do Presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores, Dr. Carlos César, de quem é, presentemente, seu assessor.

O trabalho do Mestre de Cerimônia esteve aos cuidados dos profissionais António César e Luis Fernandes.

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Está de parabéns o comité de festas e igualmente o de cultura, cujos elementos, o Tony Arruda, Joe Tavares, Fátima Toste e Tozé Medeiros, mostraram um alto grau de organização e competência nas lides destes pelouros, não esquecendo, obviamente, o Presidente da Direcção, Carlos Botelho, que vem, nestes poucos meses em que está à frente dos destinos daquela Casa Regional, mostrando que o “Querer é Poder” e, assim, estamos convencidos que o grande sonho desta Casa de adquirir a sua sede social, com a finalidade de se unir as agremiações existentes de cariz açoriana na Província do Ontário, se concretizará possivelmente num futuro próximo.

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