VICE-PRESIDENTE
DO GOVERNO GARANTE EQUILÍBRIO
DO SECTOR EMPRESARIAL DOS AÇORES
O vice-presidente do Governo Regional assegurou,
hoje, que o sector público empresarial dos Açores
vai entrar em 2006 numa situação de perfeito
equilíbrio financeiro, tendo o executivo liquidado,
até final deste ano, todos os compromissos decorrentes
da prestação dos serviços públicos
a que está obrigado.
Na posse, em Ponta Delgada, dos novos gestores
da empresa de lotas dos Açores, Lotaçor, recentemente
transformada em sociedade anónima, Sérgio Ávila
realçou a boa execução do processo de
reestruturação das empresas regionais desenvolvido
pelo executivo, rejeitando, por isso, a ideia da utilização
o sector público empresarial como instrumento de desorçamentação.
Pelo contrário, esse processo tem-se
traduzido num reforço dos financiamentos do Governo
às empresas da Região de forma a assegurar o
equilíbrio e rigor na sua gestão, afirmou.
Segundo acrescentou, no sector público
empresarial dos Açores apenas se recorre ao endividamento
para reforço da sua capacidade de investimento (em
estruturas produtivas) ou para financiar intervenções
impostas por situações de catástrofes,
em que é preciso dilatar no tempo os respectivos encargos.
O vice-presidente do Governo disse, também,
que se está em condições de no início
do próximo ano continuar a proceder à alienação
das participações detidas pela Região
no sector público, designadamente na Empresa de Transportes
de Santa Maria e na Fábrica de Tabaco Micaelense.
“Queremos ter cada vez mais um sector
público empresarial moderno e potenciador do investimento
e desenvolvimento, equilibrado do ponto de vista económico
e que não seja um mecanismo de recurso ao endividamento
fácil e descontrolado”, sustentou.
Segundo Sérgio Ávila, essa
lógica é extensiva à Lotaçor,
empresa que passará a ser financiada pelo Governo através
do estabelecimento de contratos-programa.
Vão ser apurados os encargos da empresa
de lotas no que se refere aos empreendimentos e a despesas
de financiamento contabilizáveis como decorrentes da
prestação de serviços público
e assinados os contratos-programa respectivos, garantiu.
Destacou, igualmente, como projectos imediatos
da Lotaçor a implantação de novas lotas
na Graciosa e Corvo, a conclusão da lota de Ponta Delgada
e a criação de postos de recolha de peixe em
várias ilhas.
Com vista à valorização
do pescado açoriano no exterior, o vice-presidente
do Governo sublinhou a parceria estabelecida com o Departamento
de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores
para certificação do peixe capturado nos mares
do arquipélago, a recuperação dos entrepostos
de frio e o aumento da capacidade dos equipamentos de produção
de gelo.
Segundo alegou, os esforços do executivo
na melhoria das infra-estruturas de apoios ao se sector só
fazem, porém, sentido se acompanhados de uma estratégia
de defesa de uma pesca sustentável.
Por isso, o Governo Regional continuará
a fazer tudo o que estiver ao seu alcance, nomeadamente no
plano da União Europeia, para salvaguardar os recursos
piscícolas da Região, assegurou.
Sobre a transformação da Lotaçor
em sociedade anónima, decidida em Junho pelo Parlamento,
Sérgio Ávila referiu que a mudança do
estatuto da empresa abre caminho ao estabelecimento de parcerias
com privados à sua eventual privatização
no futuro.
António Raposo, reconduzido na presidência
do Conselho de Administração, na primeira Assembleia
Geral da Lotaçor como sociedade anónima, reafirmou
a aposta da empresa na formação dos seus profissionais,
na informatização das lotas e no estabelecimento
de parcerias com privados.
GaCS/AP
Anexo: Fotografias GaCS/João Freitas
|