CASA DOS AÇORES DO ONTÁRIO HOMENAGEOU O ARTISTA
DE ARTES PLÁSTICAS HILDEBRANDO SILVA
Por: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com
Da esquerda para a direita:
Cônsul Geral de Portugal Dr. Emídio da Veiga
Domingos,
Hildebrando Silva e Carlos Botelho, Pres. Casa dos Açores
do Ontário
Finalmente foi prestada homenagem a um dos
artistas mais credenciados da comunidade portuguesa aqui radicada
por terras do Ontário. Versado desde muito novo na
arte da pintura de aguarela, acrílica e a óleo
além de excelentes trabalhos apresentados em mosaico,
Hildebrando Silva é tido, há muito, como um
artista que se inseriu, pelo seu esforço e sui generis,
nas outras comunidades não só pelo seu estilo
paisagista de motivos urbanos desta cidade de Toronto. Mas
não é só pelos trabalhos sobre a nossa
cidade de Toronto que este pintor e artista é bastante
apreciado e reconhecido. Na sua extensa obra ao longo de mais
de cinquenta anos muitas são as telas com cenários
típicos de Lisboa e da cidade de Angra do Heroísmo,
sua terra natal, como também como retratista. Algumas
das nossas Igrejas aqui de Toronto, têm os seus altares
e painéis restaurados pela mão deste grande
mestre das artes plásticas, obras essas na sua grande
maioria, se não quase todas, executadas a titulo gracioso.
Lembramo-nos de ter visto algumas das suas obras citadinas
a enriquecer gabinetes de vereadores da Câmara Municipal
de Toronto, embora seja, como retratista que, nestes últimos
anos, este nosso compatriota e artista, tem vindo a ser solicitado.
Como acima já referimos Hildebrando Silva nasceu em
Angra do Heroísmos, Ilha Terceira, Açores, no
dia 24 de Outubro de 1922, na Freguesia da Sé, e estudou
artes na Escola Industrial tendo, após terminado o
curso, exercido a sua actividade na Base americana daquela
Ilha. Em 1966, decidiu experimentar novos horizontes e assim
emigrou para o Canadá onde poucos anos depois decidiu
trabalhar por conta própria. Para isso adquiriu um
prédio na Queen Street West, junto à Dovercourt
Road, onde, residindo com a família no 2° andar
explorava, coadjuvado por um filho, a loja de venda de produtos
de arte, pintura, decoração, caixilhos para
quadros e painéis, posters e vidros, localizada por
baixo, tendo então transformado em estúdio a
garagem anexa àquele prédio, onde hoje continua
a mantê-la para seu próprio uso, como atelier.
António Lisboa, amigo de infância
de Hildebrando Silva
Desta maneira a Direcção da
Casa dos Açores do Ontário resolveu homenagear
o pintor Hildebrando Silva, um natural daquela região
de Portugal, organizando um jantar no passado dia 24 de Setembro
de 2005, sábado, pelas 19:30 horas, no salão
de festas do Sindicato dos Trabalhadores da Construção
Civil (Universal Workers Union – Local 183) sito no
1263 Wilson Avenue, em Toronto, que contou com a presença
de mais de duzentas pessoas entre amigos, conterrâneos
e admiradores daquele artista plástico.
Após o jantar, que foi animado pela
actuação do Trio Tavares e da vocalista de jazz
Fernanda Amaral, foi passado um interessante vídeo,
uma realização do canal televisivo OMNI/TV,
onde focava a obra do homenageado, após que foram chamados
ao palco diversos oradores entre familiares e amigos do homenageado.
Deste modo interviu Carlos Lisboa, um colega e amigo de longa
data, dos tempos em que eram jovens, e que teceu uma imagem
intocável tanto sobre o carácter como dos sentimentos
de mutuo respeito e camaradagem que os tem unido desde aqueles
velhos tempos, reforçando, ao mesmo tempo, aqueles
elogios enaltecendo a habilidade e a criatividade do espírito
artístico de Hildebrando Silva que tem granjeado a
melhor reputação por quantos têm a oportunidade
de apreciar os seus trabalhos. Um deles, o mural do Aeroporto
das Lages, na Ilha Terceira, foi reconhecido internacionalmente,
uma prova que a fama deste artista passou bem os limites da
região e do país que o viu nascer desfrutando,
já nesses tempos, de óptimas referências
e credibilidade no seio artístico internacional. A
sua filha Fátima Jameson, subiu ao palco e “transpirou”,
para os presentes, a admiração e o carinho que
tem pelo seu progenitor reconhecendo e estando, ao mesmo tempo,
muito orgulhosa das qualidades artísticas de seu pai.
O mesmo se passou com o seu genro, Bob Jameson, que enalteceu
as qualidades de seu sogro que o tem por extremoso esposo,
pai, avô e amigo. Outros intervenientes durante aquele
evento foram: o presidente da Casa dos Açores, Carlos
Botelho, os directores culturais daquela Casa, António
José Medeiros e Fátima Toste e o Cônsul-Geral
de Portugal em Toronto, Dr. Emídio da Veiga Domingos
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