Na segunda-feira, dia 17 de Outubro, noite
dedicado ao sócio o qual beneficiou de entrada e refeição
totalmente grátis, abriu com um jantar de Cozido de
Grão tendo no final a intervenção do
presidente da Assembleia Geral daquela Casa, Dr. Tomás
Ferreira, que apelou aos sócios daquela Casa para “comparecerem
a uma reunião agendada para o dia 17 de Novembro, pelas
20:00 horas, a fim de ser discutido um assunto primordial
para a vida daquele Centro Cultural para a próxima
Assembleia Geral a realizar num futuro próximo e que
é, segundo as suas palavras, arranjar elementos para
substituir os presentes Corpos Gerentes. Acrescentou ainda
que aquela Casa precisa dos esforços e ajuda de todos
os sócios para continuar a servir toda a comunidade,
o Alentejo e Portugal”. Terminada a intervenção
do Dr. Tomás Ferreira iniciou-se o espectáculo
com o Grupo Coral Masculino da Casa do Alentejo e da actuação
do Rancho Folclórico da Casa do Alentejo – ”Os
Ceifeiros” que apresentaram uma coreografia impecável.
Muitos foram os trechos que dançaram dos quais destacamos
Polca Corrida, Dois Passos, Saias da Mariana, Verde Gaio,
Trai Larilolé, Carreirinhas da Aldeia, Gigas e Peras,
Oliveira Chora Chora e Marcha ao Centro. Para encerrar esta
noite foi o concerto da Banda Filarmónica vinda de
Galveias, Cidade Ponte-de-Sor, no Alto Alentejo, que embora
seja constituída por 37 músicos só 35
se disponibilizaram nesta digressão a Toronto. Liderada
pelo maestro Silvio Pleno, ex-oficial das Forças Armadas,
esta Banda constituída por 90 por cento de jovens desde
os 8 anos de idade até aos 18 ou 20 anos, foi francamente
de uma excelência contagiosa nos trechos que apresentou
naquela noite. Este maestro desde que encabeçou a Banda,
há mais de três anos, tem vindo a dar-lhe nova
“vida” com o recrutamento de muitos jovens para
fazerem parte da Banda dando-lhes, obviamente, o treino devido
na aprendizagem e na arte musical. Assim esta Banda que foi
formada em 1930 mas que, por vezes, e por alguns anos, esteve
praticamente inactiva “floriu”, mais uma vez,
com a entrada deste experiente mestre. Dando uma dimensão
diferente às músicas que estamos habituados
ouvir foi, deveras, gratificante assistimos, durante estes
dias, na Casa do Alentejo, aos concertos desta Banda formada,
como atrás referimos, quase na totalidade por jovens
músicos. Os concertos, tipo pout-pourri, ou rapsódia,
dividiram-se em vários segmentos que eram singelas
homenagens a grandes nomes da música nacional e estrangeira,
dos quais destacamos a nossa saudosa Amália Rodrigues,
o Frank Sinatra, os êxitos dos anos sessentas, o cantor
alentejano Paço Bandeira, o famoso compositor luso-americano
John Sousa, o 25 de Abril de 1974 incluindo nesta a célebre
“Grândola, Vila Morena”, e à nossa
Lisboa, com as suas marchas, não esquecendo, obviamente,
o fado e a música popular portuguesa. Enfim não
temos adjectivos para engrandecer mais esta extraordinária
Banda Filarmónica que vimos actuar. É que, sem
intenção de ofender todas as outras Bandas que
nos têm visitado, ao longos destas semanas culturais
da Casa do Alentejo, e abrilhantar estes dias tão importantes
para a cultura alentejana, esta Banda, a da Junta de Freguesia
de Galveias, foi a que verdadeiramente nos extasiou pela qualidade,
pela harmonia e o “profissionalismo” embora seja
formada por “miúdos”. Tivemos também
a ocasião de apreciar um jovem com a idade à
volta dos quinze anos, e que é já um autêntico
mestre solista no clarinete. O seu nome, segundo anunciado,
era Mike (Por aqui os nomes mudam de imediato logo que pisamos
estas terras do Canadá ou da América. Claro
que o nome daquele excelente músico deve ser, de certeza,
Miguel).
Na terça-feira, dia 18 de Outubro,
foi a noite dedicada à terceira idade em conjunto com
a agência de apoio comunitário conhecido por
todos por PIN (Portuguese Intregation Network), iniciou-se
com um jantar de Pezinhos de Coentrada seguida de um concerto
pela Banda Sociedade Filarmónica Galveense que, mais
uma vez agradou a quantos se encontravam naquele salão.
Na quarta-feira, dia 19 de Outubro, com
a noite dedicada à juventude abriu com um jantar típico
das planícies, a Carne à Alentejana, e no entretenimento
com a actuação do Grupo de Ginástica
Rítmica da Casa do Alentejo, um excelente bailado clássico
pela jovem Kayla Cruz e a presença do Rancho Folclórico
Infantil daquela Casa que, dentro dos seus membros, incluía
uma pequenita de apenas quatro anos de idade e que dançava
maravilhosamente. Era um espectáculo ver essa jovenzinha,
bem séria e bem compenetrada no seu papel de dançarina,
não cometendo erros durante a exibição.
Este Rancho Infantil, que ao longo dos meses vem sendo ensaiado
pelo seu mestre, Joaquim, interpretou, sem falhas, os trechos
alentejanos, Saias, Oh Compadre Zé, Laranjinha, O Bailarico,
Três tons, Miroscas, Sereia, Fadinho e Saias outra vez
e outros.
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Quinta-feira, dia 20 de Outubro, com um delicioso
jantar de Arroz de Pato foi o prelúdio para mais um
belíssimo sarau na companhia do conjunto local Searas
de Portugal, do Grupo Coral Feminino da Casa do Alentejo e
a encerrar, com o concerto da referida Banda Sociedade Filarmónica
Galveense, que foi a sua última exibição
nesta digressão por Toronto, que, mais uma vez, encantou
quantos ali presentes naquela noite recebendo uma extensa
ovação, como despedida. Após finalizado
o concerto um pequeno grupo de músicos daquela Banda,
manteve-se no palco tocando temas da nossa música popular
como marchas de São João e Santo António
e dezenas de outros êxitos que pôs toda a sala
totalmente em alvoroço e a dançar “até
cair para o lado” de exaustos, incluindo os restantes
moços e moças componentes da Banda. Bons músicos
e bem divertidos esta juventude da Banda visitante.
Na sexta-feira, dia 21 de Outubro, fomos
servidos com um prato bem típico das gentes portuguesas
sejam elas oriundas do Alentejo, Minho, Beiras, Madeira ou
Açores, o Bacalhau à Brás bem confeccionado
pelas voluntárias daquela Casa e que estiveram destacadas
nesta semana na preparação das ementas gastronómicas.
Para acompanhar estas refeições esteve presente,
como é da praxe, o vinho produzido no Alentejo dos
muitos à disposição destacamos o Monte
Velho. Segundo a expressão de um sócio daquela
Casa que no acto da compra de uma garrafa de marca alentejana
referiu, na brincadeira, como é óbvio, “ser
o melhor medicamento para os males de eczema e dos aparelhos
digestivo e circulatório”. Esquecemo-nos de interrogar
o Dr. Tomás Ferreira, médico de profissão,
e presente naquele salão, sobre a veracidade daquele
dito. Quer o nosso estimado leitor ver que os vinhos daquela
região são também bons para “combater”
os males de carcinoma. Não nos espantava mesmo nada.
A partir de hoje, está dito, que só vamos p’ro
tinto alentejano para chegarmos aos 120 anos de idade. O sector
de entretenimento foi preenchido com demonstrações
na “especialidades” de artes marciais pelos alunos
da Escola de Tae Kwon Do da Casa do Alentejo e dirigida pelo
mestre Chris Branco, que foi extraordinário tal exibição
que incluiu a quebra, com golpes de mãos e pés,
de peças de madeiras. Seguidamente actuaram os artistas
convidados, a Otília de Jesus e Porfírio Ribeiro,
que finalizaram aquela noite de cultura.
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No sábado, dia 22 de Outubro, foi
o encerramento desta semana de cultura alentejana, a XXI,
com mais um sucesso a somar aos muitos desta nossa Casa Regional,
e que teve para jantar o tradicional Lombo de Porco. Foi apenas
sarau de dança abrilhantado pelo conjunto musical Duo
Som Luso que entreteve e alegrou, e bem, os amigos de “dar
ao pé” que dificilmente deixaram vaga a pista
de dança.
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Várias exposições de
arte estiveram patentes ao público bem apreciadas por
quantos a visitaram. Na galeria Alberto de Castro, localizada
no primeiro andar, duas interessantes exposições
de fotos tanto a cores como a preto e branco, de cidades e
prédios de Portugal, pelo cidadão canadiano
Steven Bickerstaffe e a outra de pinturas a óleo de
António Louvado. Já que falamos no atrás
citado Steven e da sua exposição fotográfica
gostaríamos de acrescentar que este elemento da comunidade
canadiana faz também parte do Rancho Folclórico
da Casa do Alentejo – “Os Ceifeiros” onde,
como tivemos ocasião de presenciar, é um exímio
executante do reportório daquele grupo de danças
regionais. Na sala de convívio uma apresentação
de louça fina do artista Américo Ribeiro com
temas sobre os nossos descobrimentos e heróis da nossa
história além de poetas dos quais destacamos
a grande Florbela Espanca que foi uma poetisa alentejana.
No salão nobre viam-se trabalhos em madeira e pinturas
de Maurício de Almeida além de uma linda e interessante
colecção, propriedade da Casa do Alentejo, de
objectos de cozinha e decoração em cobre.
A Casa do Alentejo teve este ano o apoio
de duas Câmaras Municipais daquela Região, a
de Ferreira do Alentejo e de Ponte de Sôr. Esta última
autarquia patrocinou a vinda a Toronto de dois seus representantes;
do autarca Joaquim Carita, da técnica Dra. Maria José
Barradas e da belíssima Banda Sociedade Filarmónica
Galveense.
O trabalho de som e luzes durante este evento esteve ao cuidado
de TNT Productions enquanto o de Mestre-de-Cerimónia
foi repartido, ao longo dos dias, por diversos profissionais
da nossa rádio e televisão dos quais destacamos
Clara Abreu, António César, Valdemar Mejdoubi,
Luís Medeiros, José Mário Coelho, Ana
Fernandes e a sócia daquela Casa, Lurdes Marchão.
Está pois de parabéns a Direcção
da Casa do Alentejo por mais um estrondoso sucesso na organização
desta semana cultural.
Bravo Comadres e Compadres. Não parem.
Continuem.
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