A FESTA DE SANTA MARIA MADALENA

Por: Paulo Luís Ávila
Adiaspora.com


A procissão com a imagem da Padroeira levada em ombros pelos Bombeiros

A vila da Madalena celebrou entre os dias 21 e 24 do mes de Julho com a dignidade que se impunha, como se pode inferir do vasto programa divulgado em opúsculo distribuído gratuitamente à população, a festa da sua Padroeira, SANTA MARIA MADALENA.
No dia 22, dia da Festa e feriado municipal, teve lugar no remodelado e reconstruído templo, a festa religiosa. Presidiu ao Solene Pontifical, D. António Sousa Braga, Bispo de Angra e Ilhas dos Açores, que foi acolitado por D. Arquimínio Rodrigues da Costa, Bispo Emérito de Macau e por Monsenhor Cónego José de Lima do Amaral Mendonça, Deão do Cabido da Sé Catedral de Angra. Presentes estiveram quase todos os sacerdotes do Pico, do Faial e da Graciosa, que concelebraram. Os fiéis encheram por completo o vetusto templo que se encontrava profusamente ornamentado. A Missa foi cantada pelo Grupo Coral da Matriz da Madalena. A festa foi precedida de novenário preparatório, que teve início no dia 13 e a proclamação da palavra esteve a cargo de e por ordem cronológica de: D. Arquimínio Rodrigues da Costa, Pe. José Paulo Machado, Mons. José de Lima do Amaral Mendonça, Pe. Marco Paulo de Marcos Martinho, Mons. José Freitas Fortuna, Pe.Raimundo Garcia Bulcão Duarte, Pe. José Simões Borges, Pe. Ângelo de Freitas Valadão Eduardo e D. António Sousa Braga que ministrou também o sacramento da Confirmação.


Um aspecto do Solene Pontifical

Depois da missa saiu a procissão que percorreu as principais artérias do burgo e nela tomaram parte as imagens da Senhora da Penha, do Sagrado Coração de Jesus e da Padroeira, Santa Maria Madalena. Muitas centenas de fiéis, vindos de toda a Ilha, bem como da vizinha Ilha do Faial, de São Jorge e da diáspora, formaram duas alas, como é habitual nesta Ilha. Marcaram também presença diversas associações, irmandades do Espírito Santo, representantes das autarquias, Escuteiros, entidades oficiais e seus mais lídimos representantes e as filarmónicas: Lira de São Mateus, União Ribeirense de Santa Bárbara, União Artista de São Roque, Nova Artista Flamenguense, União e Progreso Madalense, Lira Madalense, Harmonia dos Mosteiros e Unânime Praiense. À chegada, as imagens e o pálio perfilaram à entrada do templo, foi entoado e cantado o hino de Santa Maria Madalena pelos devotos e pelo pároco, Pe. Marco Martinho.


Uma das exposições de pintura


À margem da festa religiosa houve exposições, homenagens, lançamentos de livros, concertos musicais, folclore, diversas provas desportivas e actuação de bandas musicais e de filarmónicas.
Foi prestada homenagem a um filho ilustre da terra, o Deputado Estadual por Massachusets, U. S. A., António Cabral e a conferência na abertura Oficial das festas, subordinada ao tema: Madalena, uma Nobre Senhora, foi proferida pelo Dr. Artur Cunha de Oliveira. Na escola primária da Madalena encontravam-se diversas exposições de pintura e de artesanato. No que toca ao artesanato, destacamos a sala onde se encontrava a artesã Maria Amélia Garcia Costa Bettencourt, nascida na freguesia dos Cedros da Ilha do Faial, casada em São Jorge e há alguns anos a viver nesta Ilha. Podemos dizer que é uma verdadeira habitante do Triângulo, Faial, São Jorge e Pico. A sua arte está patente nos trabalhos expostos que cria com muita originalidade e paciência. Reproduzimos algumas das suas palavras: “É a melhor maneira que tenho de não tomar calmantes e outros afins que neste momento quase todos tomam, porque vivo intensamente estes momentos de concentração e ao mesmo tempo de relaxamento.” Os consagrados pintores Fátima Madruga e Victor Boga, lá tinham os seus primorosos trabalhos, bem como Rogério Paulo Cristóvão, que foi o formador do Curso (intensivo) de Pintura em Acrílico, que se realizou entre os dias 4 e 19 daquele mês e que foi ministrado a vinte e uma formandas. Os quadros apresentados já são possuidores de muita técnica e sobretudo de muita impressionabilidade.


Concerto de uma filarmónica


Também observámos e apreciámos no mesmo local, os trabalhos dos jovens da Comissão Protectora de Jovens e Crianças da Madalena. Mesmo à saída e no pátio de recreio estava montado um palco onde se exibiram o Grupo Folclórico da Casa do Povo de São Caetano, o Grupo Folclórico da Casa do Povo de São Mateus, o Rancho Folclórico da Casa do Povo da Candelária e no último dia das festas exibiu-se o Grupo Folclórico da Casa do Povo da Madalena. Neste palco também evoluíram a Orquestra Juvenil da Madalena, a Tuna da Escola Cardeal Costa Nunes, o Agrupamento Musical Ronda das Nove e o Agrupamento Musical Banda sem Limites. Os improvisados restaurantes e as tascas serviam os comensais numa azáfama constante.

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No Coreto do Largo Cardeal Costa Nunes, que é o centro da Vila, foi aquele espaço reservado aos concertos pelas filarmónicas: Nova Artista Flamenguense, Unânime Praiense, Lira Madalense, União e Progresso Madalense, União Artista de São Roque, Harmonia Mosteirense e União Ribeirense de Santa Babara das Ribeiras. Depois da meia-noite e no palco colocado junto à gare marítima de passageiros, actuaram, perante alguns milhares de jovens que propositadamente se deslocaram à nossa Ilha para assistirem aos concertos, como muitos nos testemunharam, o agrupamento musical ÍRIS, os FINGERTIPS, a banda brasileira RABO DE SAIA e o famoso artista português PEDRO ABRUNHOSA & OS BANDEMÓNIO. Actuou ainda o Coro Misto da Madalena. O Grupo de Teatro de São Mateus, Gota de Me,l Funny Park – Teatrinho – GAITADARIA; o lançamento do livro Comunidade do Canal de Tomáz Duarte Jr. e a apresentação do Portal Digital da Madalena, complementaram a parte cultural do certame. Para além das bandas vindas do exterior realce ainda para o programa lúdico desportivo do qual salientamos: O futebol, o basquetebol, o voleibol, o automobilismo, a caça, o motociclismo, o karaté shotokan e as actividades náuticas. As festividades terminaram como já vem sendo hábito em anos anteriores, com um espectáculo Piromusical, (fogo de artifício acompanhado por música ambiente).

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