POCINHO, CALHAU E GUINDASTE
Por: Paulo Luís Ávila
Adiaspora.com
O Pocinho
O Pocinho do Monte,
lugar da freguesia da Candelária, há bem pouco
tempo foi inaugurado um complexo para turismo de habitação,
um parque para merendas e uma piscina natural, separada ao
centro por pedregulhos para maior segurança dos banhistas
menos afoitos.
A via está alcatroado, apesar de mal sinalizada, mas
o recinto foi bem aproveitado. Tem um campo de futebol de
salão, um espaço para merendas, ensombrado por
frondosos salgueiros, onde existem mesas e bancos para as
pessoas se sentarem a descansar, um balneário de apoio
aos banhistas, uma piscina natural e, intramuros, protegido
por um muro dos olhares curiosos, encontramos um complexo
turístico com casas em pedra de alvenaria devidamente
recuperadas e arranjadas para receber o turismo de habitação.
Casas para turismo rural
Fora do recinto chama a atenção um poço
de maré, colocado no meio da via, sem a necessária
sinalização e já com sinais de ter sido
danificado. Junto encontram-se três pias de lavar e
respectivos lavadouros, escavados em pedra basáltica,
sinal de que eram utilizadas para fins comunitários.
A proximidade do poço de maré indica que era
dali que se tirava a água para as lavagens de roupas.
Sobranceiro a este local e para os lados de São Mateus,
encontra-se uma casa que em tempos serviu para veraneio a
senhores do Faial, construída toda em pedra trabalhada,
com várias portas e janelas e um balcão e conservando
um lagar que poderia ser recuperado, porque possui todos os
utensílios no lugar.
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O caminho sempre em asfalto, seguia em frente,
na direcção do porto do Calhau
(da Madalena). No cais da minha
memória, ainda lá estava a pedra onde se refugiava
o Sr. Gilberto com o cabo da popa na mão, para segurar
a lancha, quando uma onda maior galgava o cais. Lá
encontrei três pescadores, apanhando carapau. Pena foi
que o restaurante O Calhau tivesse desaparecido do roteiro
turístico tão abruptamente e o que agora resta
dele está a desmoronar-se. Vale bem a pena as pessoas
efectuarem, com tempo, uma visita ao Calhau, para apreciarem
as casas solarengas que lá existem e aproveitar as
águas calmas do seu cais, ou para a pesca ou para se
banharem. O Ramal que leva da Estrada Regional ao porto, apesar
de necessitar de uma correcção e recarga no
pavimento betuminoso, não é ainda impraticável.
Adegas no Porto do Calhau
E m primeiro plano pescadores a apanhar carapau
Seguindo na direcção das Lajes, e ao descer
da Mirateca, deparamos com uma placa sinalizando o lugar do
Guindaste, que em tempos idos serviu
para se instalarem viveiros de marisco, mas agora é
somente um lugar onde se pescam os chamados peixes de fundo
e onde se fisgam grandes enchovas, bicudas, sargos, vejas
e írios. Um muro alto oculta, da vista dos transeuntes,
um campo de vinha saibel e uma moradia apalaçada. O
caminho que conduz ao Café Silva, em plena Estrada
Regional, está devidamente asfaltado, convidando assim
o turista a descobrir aquele local pitoresco. São três
lugares turísticos para se apreciarem e usufruírem.
Casa solarenga no lugar do Guindaste
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