EMPREENDIMENTO "PORTAS DO MAR" VAI DAR UMA NOVA
DIMENSÃO ÀVIDA DOS AÇORES

Sete propostas foram hoje presentes ao concurso público para a construção do Terminal Marítimo para Cruzeiros e Ferries, integrada na requalificação do porto de Ponta Delgada, e que o Governo Regional pretende concretizar nos próximos dois anos.
No acto de abertura, que decorreu esta manhã, no edifício-sede da Administração dos Portos de São Miguel e Santa Maria, em Ponta Delgada., o jurí do concurso, que é presidido pela directora regional dos Transportes Aéreos e Marítimos, Luísa Schanderl, recepcionou as propostas subscritas por duas empresas que concorrem individualmente, e por cinco consórcios integrando várias empresas regionais e nacionais.
Apresentaram-se, assim, a concurso, as empresas Ferrovial Agroman, SA (proposta n.º 1) e OPCA – Obras Públicas e Cimento Armado, SA, (proposta n.º 3) e os consórcios constituídos por Edifer Construções, SA, RRC – Ramalho Rosa Cobetar, SA, Conduril – Construtora Duriense, SA e Sanibetão – Empreiteiros, SA (proposta n.º 2); Construtora Abrantina, SA, NECSO – SOPOL – Sociedade Geral de Construções, SA e STAL – Sociedade Técnica Açoriana, Lda. (proposta n.º 4); Construtora do Tâmega, SA e Avelino Agrela (proposta n.º 5); Somague, Engenharia, SA, Mota Engil – Engenharia e Construção, SA, OFM – Obras Públicas, Ferroviárias e Construção, SA, Irmãos Cavaco, SA, e Zagope – Construções e Engenharia, SA (proposta n.º 6); e Etermar – Empresa de Obras Terrestres e Marítimas, SA, Tecnovia Açores – Sociedade e Empreitadas, SA, SETH – Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos, SA e Marques, SA (proposta n.º 7).
A concretização deste projecto, genericamente designado por “Portas do Mar” assume uma particular relevância para o Governo Regional dos Açores uma vez que a sua execução, na baía da maior cidade açoriana, constituirá um sinal de progresso e de contemporaneidade.


O próprio presidente do Governo considerou, na respectiva cerimónia de apresentação, que o projecto “vai marcar o nosso tempo e os tempos que virão” aludindo que os seus benefícios terão uma evidente repercussão positiva na vida económica e social micaelense e, ao disponibilizar mais uma entrada nas ilhas, o empreendimento desenvolverá todos os Açores.
Para o executivo de Carlos César, a realização desta empreitada vai dar um forte contributo ao desenvolvimento do turismo, nomeadamente de cruzeiros, permitindo a racionalização das actuais condições de operacionalidade do porto comercial de Ponta Delgada e vai traduzir-se, igualmente, numa substancial melhoria do transporte marítimo de passageiros inter-ilhas e na criação de um conjunto de actividades na área dos serviços com forte impacto no desenvolvimento da iniciativa privada.
O projecto, que envolve um investimento público da ordem dos 46 milhões de euros, prevê a construção de um terminal marítimo de cruzeiros, de uma nova marina para 450 lugares, de piscinas e de diversas estruturas de apoio à náutica de recreio e à realização de exposições e eventos culturais, nomeadamente, um pavilhão do mar, com cerca quatro mil metros quadrados, e um anfiteatro de grandes dimensões.
Da autoria do arquitecto Manuel Salgado, o projecto contempla, também, a implantação de um cais para ferries e de um parque de estacionamento para 200 viaturas, além da criação de um jardim com dez mil metros quadrados, desenvolvido ao longo do passeio marítimo.


O projecto “Portas do Mar” vai ser candidatado pelo Governo da República a comparticipação europeia no âmbito do Fundo de Coesão, estimando-se que a comparticipação comunitária seja da ordem dos 25 milhões de euros, tendo sido já aprovada uma candidatura das obras ao Sistema de Incentivos de Vocação Estratégica, no valor de sete milhões de euros, aguardando-se, ainda, um apoio complementar do programa de turismo PITER. A Região Autónoma dos Açores, por seu lado, vai comparticipar o empreendimento em cerca de 13 milhões de euros.
Após a abertura das propostas presentes ao concurso público, seguir-se-á um período de análise para se determinar a empresa vencedora que, disporá de vinte e quatro meses, depois da consignação, para a execução das obras.

GaCS/JMB
Anexo: Fotografias GaCS/João Freitas/Valter Franco