25 DE ABRIL NA ASSOCIAÇÃO DEMOCRÁTICA LUSO-CANADIANA

Por: JMC
Adiaspora.com


Mestre Carrusca e seus companheiros

Dou A bem simples e agradável sede-social da Associação Democrática Luso-Canadiana, em Toronto, encheu de entusiastas de Abril. O encerramento dos festejos de Abril deu-se exactamente na noite de 25 de Abril, uma noite de confraternização, amizade e grande fervor patriótico. Depois de um jantar muito bem confeccionado pelo "grupo da cozinha ", onde se incluia a activa e sempre simpática Presidente Maria de Lurdes Oliveira, e servido com um sorriso do tamanho da boa vontade, a ssessão relacionada com a "Revolução dos Cravos" teve início com a presença do Grupo Musical e Coral do Amor da Pátria com os Hinos de Portugal e do Canadá, e alguns trechos de Abril. De realçar a presença do Maestro Carrusca e seus companheiros. Segui-se o Membro do Parlamento Sergio Marchese que, ponderado, manteve-se à volta da preservação das coisas -tradições, língua e movimentos políticos, tal como o 25 de Abril que deu a Liberdade e a Democracia a Portugal. "Lá como cá, é preciso preservar as coisas do passado e dar aos mais jovens Educação para que eles possam entender o ontem e o hoje".


Enquanto o Dr. Tomás Ferreira saboreia o bacalhau, Helder Pereira dialoga
com Rosário Marchese, o mesmo acontecendo com João Freixo e Fernanda Nunes

A seguir, dirigiu a palavra o Presidente da Assembleia Geral da Associação que, de forma crítica, lamentou a falta de muita gente e, particularmente, de um representante do Consulado Geral de Portugal. Eugénio Mendes historiou a sua vivência na Associação e o muito que viu e ouviu, pedindo para que os que restam não deixem de apoiar a Associação Democrática Luso-Canadiana.

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Stephanie Tavares e a Presidente Maria Lurdes Oliveira

Mais cáustico, iniciou o seu discurso o Dr. Tomás Ferreira, Presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas do Canadá. -"Onde está o representante do Consulado Geral de Portugal? Onde estão os Órgãos de Informação? Pois é, possivelmente esqueceram-se da data do 25 de Abril. É por isso que é importante que nos juntemos aqui para lembrar e lançar aos ventos esta tão importante data histórica". O Dr. Tomás Ferreira, com sua bem conhecida veia discritiva e conhecimentos, falou sobre vários acontecimentos históricos mundiais e, naturalmente, do 25 de Abril, da célebre "Revolução dos Cravos" que trasformou Portugal, juntou-o aos demais países democráticos, e acabou com a desnecessária guerra colonial. Mas, salientou:-"O 25 de Abril de 1974 foi apenas o começo da Revolução. Temos de continuar a lutar diariamente para que o 25 de Abril atinja os seus mais importantes fins!". Depois, e salientando os seus sentimentos pessoais sobre o 25 de Abril de 1974, falaram os convidados, Fernanda Nunes do Sporting C.P. de Toronto, João Freixo do Peniche Community Club, e Joe Eustáquio Presidente do Conselho de Presidentes da ACAPO.
Após um pequeno intervalo, surgiu em palco a jovem e bonita Stephani Tavares que bridou os presentes com algumas canções portuguesas do seu repertório. Pouco depois, a presença do músico e intérprete Helder Pereira, que não perdeu o ensejo de encher as almas dos amigos à sua frente com cantigas ligadas à caminhada da Revolução de Abril e outras de cariz popular.
O som ambiente e o de acompanhamento aos artistas esteve excelente.


Helder Pereira


O encerramento foi feito pela Presidente Maria de Lurdes Oliveira que, no seu jeito muito especial, agradeceu a contribuição de todos, explicou o que era para ela o 25 de Abril, com as palavras que dirigia à sua neta: -"O 25 de Abril é aquilo que nos deu a todos a possibilidade de estudar, de ter assistência médica, de viver em paz e sem medo do futuro, de deixar de caminhar desclaça ou com apenas uns pobres sapatos, e vendo os mais ricos a caminhar de sapatinhos de verniz". Muito emocionada, Maria de Lurdes Oliveira pediu aos presentes que não a deixassem sozinha. A tesmpestade está a amainar e, "com o esforço de todos, a Associação voltará a ser o que era, voltará a ser DEMOCRÁTICA, sem os rótulos que lhe pôem no exterior. Tenho muita honra em pertencer à Associação Democrática e, por favor, não me deixem só!". Maria de Lurdes Oliveira recebeu o maior aplauso da noite, bem demonstrativo de que, na hora certa, ninguém a deixará só a remar contra a maré.
O serão prolongou-se com a habitual cavaqueira entre uns e outros. E, o célebre grito "ABRIL SEMPRE!", fez-se ouvir muitas vezes.