NOITE REGIONAL NO CLUBE ASAS DO ATLÂNTICO
DE TORONTO
Por: Carlos e Natividade Ledo
Adiaspora.com
Vista parcial do salão
Quem não gosta de recordar os bons e
velhos tempos que já lá vão e que não
voltam mais? Em nosso entender, achamos que todos nós
gostamos de viver bons momentos recordando as nossas terras
que nos viram nascer, embora fossem então pobres, mas
estavam cheias de riqueza para todos nós, porque elas
são torrões da nossa Pátria Mãe,
que hoje, em muitos casos, só em recordá-las,
muitas vezes nos emocionamos, pois toca-nos um pouco, bem fundo
no nosso ser, isso porque, a saudade, é um sentimento
fortíssimo, para quem verdadeiramente sente amor por
aqueles pedacinhos de terra que um dia atrás tivemos
de abandonar, porque, assim quis o destino dos muitos milhares
dos seus filhos.
Exposição de produtos regionais
Graças, aos muitos clubes das nossas
comunidades por estas terras Canadianas, pudemos viver bons
momentos contando histórias, dos usos e costumes que
se vivia lá longe, no outro lado do Atlântico,
com particular atenção ao prestigioso Clube Asas
do Atlântico de Toronto, que nas suas festas anuais, dá
preferência, e com grande destaque, à cultura Açoriana,
sobretudo, a da Ilha do Pico, onde a maioria dos membros deste
clube são oriundos, embora, a ele se juntassem pessoas
das outras ilhas e até do Continente, onde todos são
bem vindos e recebidos de braços abertos por aquelas
gentes hospitaleiras.
Muita gente na Noite Regional
No passado sábado, dia 1 de Abril de
2006, a gerência daquele clube, levou a efeito, a sua
anual noite regional, como já é tradição,
há muitos anos, naquele clube, estando a sala complemente
lotada, para, com muita alegria, mais uma vez confraternizar-se
e, desta maneira, recordar-se, os tempos vividos nos Açores,
o que na realidade aconteceu. A boa disposição
enchia bem aquele espaço bem decorado, com as paredes
lindamente enfeitadas e com belas toalhas de mesa representando
todas as belas Ilhas de Bruma, Ilhas Açorianas.
Artesanato regional
Numa maravilhosa e rica exposição,
encontravam-se muitos artigos, que eram uso e costume da rica
cultura Açoriana, mais precisamente da ilha do Pico,
que, muito preservam e disseminam a sua cultura na diáspora.
Directores serviram massa sovada aos presentes
Nesta exposição encontrava-se,
o chicharro frito, com molho verde ao lado, certamente que fazia
salivar muitas das bocas de quem por lá passava, o caranguejo
cozido, o bacalhau, as malassadas, o hortelão, que dava
uma aroma especial na sopa, o torresmo branco, os figos passados,
o inhame, o bolo de sertã, o velho moinho, os biscoitos,
os carrilhos, a morcela, o chouriço, as rosquilhas, os
suspiros, a massa sovada, a moda do Pico, e ainda a cartola
de vinho, a tradicional aguardente, também conhecida
por “Cachaça” , que servia para “aquecer”
as energias dos madrugadores que caminhavam logo pela madrugada
para as lavouras, e para a faina do mar, o alambique, o tear,
o cesto de vimes, as cestas que transportava as merendas dos
camponeses, o pote do vinho, o garrafão empalhado e ainda
os trajes regionais que se usavam naqueles tempos. Mas por onde
se encontra uma alma portuguesa, encontra-se também uma
alma devota ao Divino Espírito Santo, e, nesta exposição,
encontrava-se ainda a mais linda Coroa do Divino Espírito
Santo que jamais vimos até ao momento.
Tony Silva, Chico Ávila e Carlos Ledo
- Adiaspora.com
A certa altura da noite, Lucília Simas,
Presidente do Clube, deu as boas vindas a todos os presentes
desejando-lhes um bom serão, seguindo-se o serviço
do jantar, que era composto pelas Sopas do Divino Espírito
Santo e para sobremesa o tradicional arroz doce e a massa sovada.
Actuação de Chico Ávila
vindo directamente da Califórnia
Passando para a parte musical, cujo o artista
convidado daquela noite regional, era o conhecido e talentoso
Chico Ávila, um natural da Ilha do Pico, mas que muito
novo emigrou para a Califórnia, onde ainda reside. Este
talentoso artista, Chico Ávila, actuou naquele palco
pela segunda vez e, de alma e coração, animou
bem aquele inesquecível sarau com as suas belas cantigas,
as suas gentes que tanto adora, adorou rever amigos lá
da terra, seu berço natal, com o seu muito à vontade
não poupou uma boa gargalhada de alegria ao encontrar-se
mais uma vez entre o seu publico e o seu povo.
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Naquela noite houve ainda uma surpresa muito
agradável, que foi uma maravilhosa dança do folclore
dos Açores, a “Chamarrita do Pico”, por um
grupo de elementos daquele clube social, envolvendo gentes de
várias idades, incluindo o casal António e Lucília
Simas. É uma dança muito interessante, não
muito fácil de aprender, mas que eles sabem dançar
numa harmoniosa coreografia aquelas suas tradições
que tanto fazem para preservá-las.
Da nossa parte, um muito obrigado pelo convite endereçado
e também pela simpatia e amabilidade que tiveram connosco,
na qual retribuímos encarecidamente, desejando as maiores
felicidades e grandes sucessos na vida deste Clube.