NA ROTUNDA DO METRO HALL

Belíssima azulejaria portuguesa
para Canadiano ver… que o português ignorou!

Vasco Oswaldo Santos
Adiaspora.com


Foi cerca de uma vintena de pessoas – os convertidos do costume – que acorreu no pretérito dia 12 de Junho ao magnífico “carrefour” que é a Rotunda do Metro Hall, um local diariamente calcorreado por milhares de pessoas durante as horas de expediente de tudo o que é escritório na baixa de Toronto. Um local bem iluminado, espaçoso e público.

Só que, no dia da inauguração, foi a gritante ausência de quem lá deveria estar, nem que fosse para apoiar esta iniciativa do Consulado-geral de Portugal em Toronto e do Instituto Camões. A apresentação esteve a cargo da Consulesa, Dra. Maria Amélia Paiva e o acto inaugural foi seguido de um beberete.

O conteúdo da exposição em si data de 2000 quando o Instituto Camões na sua (débil) tentativa de promover “a disseminação da língua e da cultura portuguesa no estrangeiro” decidiu organizar esta mostra em parceria com o Museu Nacional do Azulejo e com o Instituto Português dos Museus.

 

Na sua essência, e utilizando as palavras prefaciantes do magnífico livrinho que serve também de guia ao visitante, diz a presidente do Instituto Camões, Simonetta Luz Afonso, presidente do IC, que, “na sua essência a exposição representa um itinerário privilegiado com a finalidade de disseminar esta forma de arte para o público de outros países (...) e demonstrar o papel importante que o azulejo desempenhou na vida portuguesa – algo que, por si próprio reflecte aspectos significativos da nossa história e cultura nacional – ao mesmo tempo que se alcandorou a um lugar especial no mundo das artes decorativas”.

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Os azulejos e mosaicos cuidadosamente rotulados e dispostos à roda do salão reflectem muito bem esta arte magnífica que Portugal conseguiu apurar ao longo dos séculos, beneficiando da herança árabe do 700 anos de presença na Península Ibérica, posteriormente enriquecida pelas cerâmicas do oriente que os navegadores portugueses foram trazendo para Europa.

Mais do que as palavras, é a própria imagem da azulejaria que fala por si. Daí que se facultam agora as imagens recolhidas pela reportagem. E ainda que a iluminação não seja a ideal, ficam os leitores com uma ideia aproximada da beleza do que foi exposto.