UMA TRADIÇÃO QUE SE COMEÇA A ARREIGAR NO CANADÁ

Por: adiaspora.com

Há quem lhe chame “Compasso”. Há quem lhe chame, apenas e só, “Beijar da Cruz”. Foram várias as associações comunitárias – especialmente as oriundas do norte de Portugal – que, no domingo, fizeram os seus almoços de Páscoa, durante os quais se deu a Cruz a beijar.
De facto, no Norte de Portugal, a tradição perde-se nos tempos. O sacerdote saía da Igreja e ia, de casa em casa, a dar a Cruz a beijar, por alturas da Páscoa da Ressureição. A tradição, ainda que com menos “força”, ainda hoje se mantém por lá.
No Canadá, começou há precisamente quarenta anos. Segundo Alberto Cunha, o sacerdote que era então o Pároco da Igreja de Santa Maria, a primeira igreja dos Portugueses, foi há 40 anos que a iniciativa começou. Segundo ele, o primeiro Beijar da Cruz fez-se à porta daquela Igreja.

Depois, a tradição começou a ganhar raízes, designadamente através da Associação Cultural do Minho, Arsenal do Minho, etc.
No Arsenal do Minho, este ano, foram muitos os sócios e simpatizantes que ali compareceram. Depois de um lauto almoço, em que meteu também cabrito assado – nos fornos de uma pastelaria local – a cerimónia da tradição tomou conta dos presentes.
Um a um, todos foram ao beijar da Cruz, naquele momento apresentada por um director do clube, Manuel Marques, na presença de Alberto Cunha e dos presidentes da Assembleia-Geral e da Direcção da colectividade, respectivamente, António Letra e Isabel Roriz.
Um “Compasso” diferente que, pelos vistos, pelo menos em associações e clubes de carácter regionalista do Minho, começou a ganhar raizes entre nós.