Com olhos de ver...
FOTOGRAFIAS DE CÉSAR PEDRO QUE
NOS
ENSINA A VER OUTROS "DETALHES"
Por: Vasco Oswaldo Santos
Adiaspora.com
O fotógrafo César Pedro
O César Pedro é um profissional
de muitas facetas. Olha as coisas como elas são mas...
à maneira dele. Com outros ângulos e outras visões.
Directas, honestas, sem floreados, ou não fosse ele transmontano
assumido, geneticamente formado para ser simples mas poético,
calado mas bom observador, reservado mas atento ao que o rodeia.
A sua fotografia é um pouco como os
vídeos que jornalisticamente produz. E muito dos que
artisticamente engendra no documentário, a sua outra
actividade paralela. E somos nós todos que ficamos a
ganhar com esta sua atenção aos “seus”
detalhes, ao colorida que aproveita de forma superior, à
técnica de impressão que é seu apanágio
de há muito.
Esta nova exibição que o nosso
compatriota tem, desde quarta-feira (24) patente na Galeria
Almada Negreiros do Consulado Geral de Portugal em Toronto,
já tardava. Há tempos que não éramos
brindados com tal qualidade. Qualidade essa que perpassa, ligeira
e colorida, pelos 30 trabalhos com olhares do Portugal continental,
madeirense e açoriano que transformam um salão
cultural polivalente em galeria de arte fotográfica.
Dra. Maria Amélia Paiva - Cônsul
Geral de Portugal em Toronto
e César Pedro na Galeria Almada Negreiros
Tal como a anfitriã, Dra. Maria Amélia
Paiva, nossa histórica primeira Cônsul-geral afirmou
na apresentação do artista, encerram aquelas imagens
um desafio na localização que não na identificação
cultural intríseca de quem tem raízes lusitanas.
Uma das obras do fotógrafo
Em momento tão grado para o artista
e para quem o admira, o César Pedro até falou
aos presentes em óptimo português e óptimo
inglês. Sem muitos floreados, já se esperava, de
quem utiliza quase todos os sentidos para observar e registar,
ou não fora como o granito transmontano que lhe corre
nas veias, e por vezes no rosto sério, a esconder uma
sensibilidade igual à das flores que timidamente despontam
por entre as fragas das montanhas severas de uma província
de rochas e montanhas que produzem doçuras como o vinho
do Douro, injustamente conhecido pelo porto de escoamento que
não pelo do leito da sua lídima origem.
Para quando outros detalhes, César?...