Pioneirismo, 52 anos depois...
Consulado-geral de Portugal em Toronto
Comemora Dia Internacional da Mulher
Adiáspora.com
Cinquenta e dois anos são decorridos
após a chegada das primeiras mulheres portuguesas, um
ano passado sobre a dos seus maridos pioneiros, em Maio de 1953,
ao iniciar-se a que se considera a imigração moderna
dos Portugueses para o Canadá.
Em termos da comemoração do Dia
Internacional da Mulher, instituído ao abrigo da Organização
das Nações Unidas, a partir de 1975, em Toronto,
ao que se saiba, apenas a Associação Democrática
Luso-canadiana o fez, logo após o 25 de Abril, emergindo
no clima de liberdade – e libertação –
que se sucedeu à Revolução dos Cravos ocorrida
um ano antes derrubando a ditadura em Portugal e abrindo portas
até então aferrolhadas a ideias consideradas tabu
como a emancipação feminina.
Com o advento da nomeação da
Dra. Maria Amélia Paiva como primeira mulher a assumir
funções de Cônsul-geral de Portugal em Toronto,
uma outra dinâmica se começou a sentir quanto a
uma “outra atenção” à valorização
da condição feminina na comunidade portuguesa
desta região. Daí que, sem se dever contornar
a aura de pioneirismo de que se revestiu, não cause estranheza
a histórica iniciativa de se comemorar oficialmente,
por parte da representação diplomática
lusa no Ontário, uma efeméride como a do Dia Internacional
da Mulher.
Com o espaço da Galeria “Almada
Negreiros”, do Consulado-geral de Portugal em Toronto
repleto de público, a 7 de Março, a sessão
comemorativa iniciou-se com um apontamento musical da Prof.
Dra. Judith Cohen, da Universidade de York, uma especialista
sobre as comunidades judaicas de Portugal e sua tradição
instrumental.
Após as palavras de abertura da Cônsul-geral,
seguiu-se o testemunho de outras onze mulheres representantes
de quase todos os sectores sociais da comunidade portuguesa
do sul do Ontário, cujos nomes aqui ficam para a História,
por ordem alfabética dos seus apelidos, que não
pela das suas intervenções: Ana Bailão,
Ana Fonseca, Clara Abreu, Cristina Marques, Felicidade Macedo,
Humberta Araújo, Idalina da Silva, Irene Blayer, Maria
do Céu, Milai Sousa e Rosa de Sousa.
As apresentações, num misto de
experiências pessoais e de manifesto pela condição
feminina, ficaram gravadas em som e imagens. Utilizando as modernas
tecnologias electrónicas do presente, o portal a_diáspora.com
aqui as deixa registadas para a História da Comunidade
Portuguesa de Toronto – e do Canadá de expressão
lusófona -, disponíveis para uma consulta futura,
porque na realidade elas são o testemunho mais eloquente
de tudo o que se passou numa noite fria de Inverno mas aquecida
ao rubro pelas melhores embaixadoras comunitárias deste
primeiro ano de valorização oficializada do seu
dia. Porque certamente ninguém mais terá a ousadia
de travar tal iniciativa da dinâmica Dra. Maria Amélia
Paiva.
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Assim, o Dia Internacional da Mulher passa
agora a fazer parte do calendário oficial de eventos
do Consulado-geral de Portugal em Toronto. E já não
era sem tempo.
As fotos e os discursos aqui ficam para a História!
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