INVESTIGAÇÃO MARINHA NOS AÇORES
Dr. FIlipe Porteiro
“A comunicação começa
por dar uma perspectiva da situação geográfica
dos Açores sobre o ponto de vista geológico, hidrológico
e biogegráfico.
Depois apresenta-se uma série de autores e de campanhas
científicas históricos que contribuíram
significativamente para o conhecimento do mar dos Açores:
1) viagens científicas, com base em terra, patrocinadas
pelo rei de Portugal (sec. XIX); 2) envio de uma colecção
biológica para Boston pela família Dabney (sec.
XIX); 3) cruzeiros científicos marcantes que passaram
pelas águas Açorianas: Challenger” (1873),
“Travailleur” e “Talisman” (1880 –
1883), “Albatross” (1879), “Michael Sars”
(1910); “Dana” (1921, 1931, 1936), “Delaware”
(1963), “Atlantis II” e “Chain” (anos
60-70), “Anton Dohrn” (1979), etc. È destacado
o papel muito relevante do SAS o Príncipe Alberto I do
Mónaco no conhecimento do mar dos Açores.
Entre os naturalistas regionais e nacionais que mais desenvolveram
este campo de investigação destacam-se: Arruda
Furtado, Ernesto Ferreira, Afonso Chaves, Bernard Collins (radiotelegrafista
da Western Union), Augusto Nobre e Luiz Saldanha.
Com o surgimento do Departamento de Oceanografia e Pescas da
Universidade dos Açores (DOP/Uaç), em 1976, a
investigação do mar dos Açores e dos seus
recursos assumiu uma importância fundamental para o Arquipélago.
O aparecimento do Instituto do Mar (IMAR) contribui para a consolidação
e o desenvolvimento das ciências marinhas, tanto a nível
aplicado como fundamental. Nesta apresentação
descreve-se brevemente a orgânica e a logística
deste núcleo de investigação: secções,
laboratórios, núcleos, plataformas de investigação
(e.g. navios), etc.
Apresentam-se alguns resultados relevantes
da investigação marinha nos Açores: 1)
Instalação do Laboratório Internacional
de Ecossistemas do Oceano Profundo (LabHorta); 2) Crescente
associação com parceiros tecnológicos;
3) Instalação de uma estação de
satélite (SeaWifs) para oceanografia; 4) Novos projectos
e iniciativas enquadradas por instrumentos financeiros de acesso
competitivo nacionais e internacionais; 5) Participação
em comissões científicas nacionais e internacionais;
6) desenvolvimento de actividades de disseminação
científica, informação e educação
para o público em geral e para os jovens em particular;
etc.
Depois apresentam-se exemplos das principais linhas de investigação
em curso no DOP/Uaç – IMAR, nomeadamente:
No domínio litoral: 1) Biodiversidade e caracterização
das comunidades litorais; 2) mapeamento de habitats; 3) definição
de áreas de interesse para a conservação
4) gestão de ecossistemas prioritários; 5) reservas
marinhas protegias e seus efeitos; 6) estudos de telemetria
acústica aplicados à conservação,
etc.
Em recursos pesqueiros: 1) bases científicas
para a avaliação e gestão dos mananciais
de pescado; 2) estudo das comunidades de peixes comerciais;
3) comunidades associadas a montes submarinos; 4) exploração
de recursos alternativos;
No domínio profundo: 1) estudos integrados de montes
submarinos e da Crista Média do Atlântico; 2) corais
de profundidade; 3) ecossistemas hidrotermais; 4) telemetria
por satélite; etc.
Finalmente apontam-se vários projectos que ilustram as
fontes de financiamento diversificadas que sustentam a investigação
produzida (regionais, nacionais, europeias e outras).
A produção científica do grupo (publicações
científicas) e a acções de divulgação
públicas (publicações; produção
artística; centro de interpretação; etc.)
são também apresentadas.
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