“Outside coming in”na
Art Gallery of Mississauga
PINTOR NAÏF MANUEL DA ROSA
REPRESENTOU BEM A NOSSA COMUNIDADE
Por: Vasco Oswaldo Santos
Adiaspora.com
Manuel da Rosa, pintor.
Inaugurou-se na passada quinta-feira, 1 de
Junho, uma exposição subordinada ao tema “Outside
coming in” na Galeria de Arte da Câmara Municipal
de Mississauga. Conforme o seu nome indica, trata-se de uma
mostra de vários tipos de expressão plástica,
da modelagem à pintura, passando pela escultura e artesanato,
destinada a artistas que, sem formação formal
nas chamadas belas-artes, apresentem trabalhos dignos de ser
partilhados com o público em geral.
É o próprio conservador da galeria
municipal, Sr. R. Freeman, que explica ter este show o seu início
como “uma proposta de arte com raízes na tradição
rural naïf de outras exposições patentes
na costa leste do Canadá” e que posteriormente
“evoluiu num festival abrangente de arte folclórica
representando a diversidade das comunidades etnoculturais da
cidade de Mississauga”.
Cosmos
E, na realidade os artistas e os trabalhos
expostos são bem variados, quer em amplitude quer em
estilos, métodos e propósitos. Como denominador
comum, os autores produzem a sua arte com uma paixão
que os separa do desejo de vender ou do reconhecimento do mérito
artístico, demonstrando uma pura obsessão com
a criatividade.
Jahan Maka, Scottie Wilson, Alma Rumball, Menno
Krant, Bill Anhang, Richard Greaves, Stanko Anicic, Thomas Canning,
Rocky, Sorgente Palmerino, Jahan Maka e o nosso Manuel da Rosa
são as estrelas do certame. E o ilustre pintor picoense
não deixa os seus créditos por mãos alheias,
o que está bem patente no espaço que lhe foi reservado,
à proeminência com que é citado no programa
e na atenção que despertou da média presente
à inauguração.
Índico
A arte de Manuel da Rosa merece no catálogo
a definição de “ilustrador de crenças
religiosas pessoais que incluem movimentos neo-religiosos”.
Algo que nos permitimos discordar. Os quadros que apresentou,
são, fundamentalmente, relatos históricos da epopeia
dos navegadores portugueses do século XV e XVI, acrescidos
de um pequeno quadro a evocar o cosmos, de um colorido alucinante
de harmonia e simbiose de estrelas e planetas. É certo
que o pintor luso menciona constantemente uma certa visão
sagrada. Mas, estamos em crer, porque foi na sequência
de uma mudança de estilo de vida que lhe veio esta “fome”
pela pintura, a que ele associa a fé que presidiu à
citada mudança.
Clicar p/ ver
Atlântico
Esta exposição, digna de ser
vista, estará patente ao público até 16
de Julho. O horário de admissão é: Segunda
a Sexta, das 9h00 às 17h00 e, aos fins-de-semana, do
meio-dia às 16h00.