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Na Galeria “Almada Negreiros” do C.G. de Portugal TORONTO VAI VIVER A 1ª. EDIÇÃO Por: Vasco Oswaldo Santos São dois jovens luso-canadianos entregues a uma missão em que acreditam: Ruth Santos Fernandes sonhou em realizar um festival de cinema (em) português na cidade de Toronto. Luís Duarte apoiou desde a primeira hora. Desta parceria inovadora no seio da comunidade lusófona da maior cidade do Canadá a ideia tomou forma, moldou-se às realidades e foi em frente.
De 21 a 25 de Junho, uma plêiade de artistas, directores, realizadores, guionistas e outras profissões directamente ligadas à 7ª. Arte irá exibir na sala de cinema do National Film Board, nada mais nada menos que 38 filmes num ambicioso calendário meticulosamente preparado. Na segunda-feira, 5 de Junho, a Galeria “Almada Negreiros” do Consulado-Geral de Portugal em Toronto foi pequena para conter o afluxo de público jovem e representantes dos órgãos da informação comunitária a quem foi apresentado o programa e facultados os programas do Festival.
Após a Dra. Maria Amélia Paiva haver dado as boas-vindas aos presentes, Ruth Santos Fernandes, dirigiu algumas palavras ao público explicando que “quando começámos não tínhamos nada excepto uma ideia, um sonho que vivia na minha mente. Depois de a analisarmos em pormenor fomos, naturalmente, aos livros, jornais, internet, etc., para descobrirmos trabalho actual... (Daí) decidimos que o nosso mandato seria a luta por uma ideologia de mérito e seguimos em frente”. E mais adiante: “O nosso festival de cinema gerou uma resposta muito positiva, ambas local e internacionalmente: recebemos 62 peças de cinema de géneros variados. Temos todo o gosto em trazer a Toronto a maior concentração e diversidade de cinema em língua Portuguesa. Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer o vosso interesse no cinema de língua e cultura lusodescendente e a vossa participação no festival inaugural.”
E terminou, a jovem Directora Executiva: “No fundo acredito que a vida é uma viagem para cumprirmos o nosso mandato pessoal e tenho todo o gosto em dirigir os meus esforços em algo em que acredito imenso, e que é a arte do cinema. Como é maravilhoso que os nossos sonhos se podem tornar em realidade!” Luís Duarte, Director Associado desta iniciativa, corroborou com as palavras da oradora antecedente acrescentando: “...somos dois jovens lusodescendentes porfiando para devolver algo à comunidade e permitir que ela partilhe o nosso gosto em assistir à passagem dos grandes filmes. E ainda prestarmos o devido tributo aos cineastas que, à volta do mundo, creditam, como Portugueses, a sua paixão pelo cinema”. Seguiu-se uma eloquente e breve dissertação pelo cada vez mais popular e dinâmico Adam Giambrone, vereador eleito pelo Bairro 18 (Davenport) à assembleia municipal de Toronto, afirmando que “O Festival Internacional do Filme Português em Toronto vai adicionar mais uma oportunidade para evidenciar publicamente o talento e a riqueza da comunidade Luso-canadiana da cidade.”
Miguel Rocha, director cinematográfico que fez a sua aprendizagem com esse gigante do celulóide, o internacionalmente reconhecido e premiado Manuel de Oliveira, não escondeu a sua alegria por ver tornar em realidade um empreendimento desta envergadura, desejando aos organizadores os maiores êxitos depois de sumariar a sua própria paixão pelo cinema o que o levou, há anos, a abandonar um curso de arquitectura. Sem remorsos...
A encerrar as saudações, outra breve e distinta intervenção do presidente da ACAPO, José Eustáquio, a enaltecer o acontecimento que vai ser o Festival e a apoiar uma participação cada vez mais significativa das novas gerações de lusodescendentes no Ontário. Seguiu-se um beberete.
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