Por iniciativa do S.C. Lusitânia de Toronto
que ajudou a erguer
HOMENAGEM
A OSCILDO COUTO
– O ABRAÇO DE RECONHECIMENTO
À SUA DIGNIDADE
Avelino Teixeira (Texto)
Clara Fonseca-Santos (Fotos)
Adiáspora.com
Oscildo Couto falando para a OMNI TV
O Sport Clube Lusitânia de Toronto,
localizado em Toronto, abriu uma vez mais as suas portas, no
passado sábado, dia 3 de Março, para homenagear
um dos seus mais importantes e dinâmicos associados, na
pessoa de Oscildo do Couto Sousa, um homem que abnegadamente
sempre lutou pela perseverança daquele prestimoso clube.
Um baluarte comunitário que, ao longo dos anos, talvez
por má fortuna, de quando em vez se encontrou vertiginosamente
à beira de um encerramento das suas portas.
Presente, esteve um elevado número de
sócios que fizeram questão em se associarem a
tão merecida homenagem a qual foi conduzida com o esmerado
profissionalismo de Vasco Oswaldo Santos que não se poupou
a reverentes adjectivos para se referir ao homenageado. Este,
talvez por se encontrar fisicamente limitado, raramente pôde
dominar os seus sentimentos e lágrimas de emoção.
Mesa principal com familiares mais próximos
e os presidentes da Assembleia Geral
e da
Direcção
do Lusitânia
Naquela majestosa sala de festas encontravam-se
também o Dr. Fernando
Gonçalves, em representação da Dra Maria
Manuela Paiva, Consul-geral de Portugal em Toronto, e Idalina
da Silva, em representação de Mário Silva,
MP, para a área da Davenport, que entregaram certificados
de apreço ao homenageado.
Oscildo Couto foi igualmente reconhecido pela
Dra. Alzira Serpa Silva, Secretária Regional para as
Comunidades do Governo da Região Autónoma dos
Açores, pelo seu “trabalho e desenvolvimento junto
das comunidades açorianas” através de um
diploma emanado por aquela individualidade, na Horta, Faial,
Açores.
Vasco Oswaldo Santos, o MC da noite
De Kelowna, British Colúmbia, Canadá,
foi-lhe enviada uma mensagem dereconhecimento e amizade pelo
Professor Dr. José Carlos Teixeira, docente da universidade
provincial. Fernando Gonçalves, sócio fundador
do S. C. L. de Toronto, e um dos seus primeiros presidentes
de direcção, também usou da palavra reconhecendo
e enaltecendo as qualidades de Oscildo Couto e o seu importante
contributo para com aquele clube.
Depois de um apetitoso jantar deu-se início
ao espectáculo, com o som retumbante de Sounds Good Productions,
a cargo do seu proprietário Raul, no qual participaram
Mano Belmonte, Humberto Silva, o autor deste modesto artigo
e Fátima Ferreira que, na qualidade de Madrinha do S.
C. L. de Toronto, se referiu ao homenageado como “um grande
lutador pelas causas daquele clube” incentivando-o a tomar
coragem para prosseguir os mesmos trilhos.
Mano Belmonte, Avelino Teixeira, Humberto Silva
e Fátima Ferreira - os artistas
Logo após as intervenções
dos participantes, foram-lhes entregue placas alusivas à
efeméride. Intercaladamente, Vasco Oswaldo Santos, Mestre-de-cerimónias,
foi aludindo às inúmeras actividades de Oscildo
Couto “como Associativista Comunitário, Colunista,
Cidadão Exemplar e Terceirense de Mérito”.
Oscildo do Couto Sousa nasceu na Freguesia
de Santa Luzia, Angra do Heroísmo, a 15 de Junho de 1933.
Na Ilha Terceira foi funcionário da Alfândega durante
17 anos e colaborou com o jornal Diário Insular –
se bem que no início lhe tivesse sido recusada tal colaboração
porque no dizer do nosso homenageado, “talvez tivesse
sido por consideração a outros colaboradores de
reconhecido mérito, que há muitos anos colaboravam
com aquele diário terceirense, e não quisessem
parceria com principiantes” como era seu caso. A sua colaboração
com aquele diário veio a materializar-se mais tarde e
prosseguiu durante muitos anos, mesmo depois de se encontrar
vivendo no Canadá.
"Bate-papo" entre Oscildo Couto e Oswaldo Santos
Oscildo jogou futebol no Sport Clube Lusitânia
de Angra do Heroísmo em diferentes posições
de campo e lutou afincadamente pelo desenvolvimento e sobrevivência
daquele clube terceirense, sendo o criador da sua primeira “claque
oficial” embora tivesse nascido no seio de uma família
“toda ela envolta pela cor vermelha”. Imigrou para
o Canada em 1967 tendo trabalhado para a Douglas Aircraft, durante
28 anos, na manufactura de peças aeronáuticas.
Foi cronista do Sol Português até que a saúde
lhe permitiu e por isso foi reconhecido pelo director daquele
importante semanário, António Perinú, que
o adjectivou de “Um Bravo dos Açores”. Igualmente,
fez questão de lembrar que Oscildo Couto havia sido também
um repórter de elevado mérito quando se ocupava
das reportagens das S. Joaninas directamente de Angra do Heroísmo.
Em 1976 foi eleito primeiro Presidente da Assembleia-geral do
Sport Clube Lusitânia de Toronto, logo após a criação,
e serviu durante cinco mandatos consecutivos nessa posição.
José Ferreira (RP) e Luís Ferreira (Presidente)
entregam as lembranças do S.C. Lusitânia de Toronto
Manuel Martins, associativista e amigo de longa
data, referiu-se a Oscildo Couto como sendo “um homem
corajoso e persistente que lutando contra uma possível
usurpação da Casa dos Açores a 13 de Março
de 1998, deliberadamente, escreveu ao então Presidente
do Governo Regional dos Açores afirmando que não
era contra os subsídios enviados a algumas associações”,
subentenda-se que se referia à Casados Açores,
“mas afirmando simultaneamente que discordava com tal
procedimento de exclusividade”. No final da sua alocução
o Sr. Manuel Martins entregou ao homenageado um martelo de julgamento.
Águas passadas não movem moínhos...
José Ilídio Ferreira,
Oscildo Couto e o "pacificador" Manuel Martins
No final das cerimónias Oscildo Couto,
emocionadamente, usou da palavra e referiu-se sem pejo algum
à sua luta pela subsistência dos vários
clubes açorianos da cidade de Toronto, inclusive o S.
C. L. de Toronto, quando esta esteve em causa devido a um atentado
pela Casa dos Açores, (que pretendia uma amalgamação
de todos os clubes de origem açoriana), na altura sob
a presidência de José Ferreira. Foi quando, se
voltando para o antigo adversário, lhe apresentou desculpas
pelos desaguisados de então mas reiterando estar disposto
a enfrentá-lo novamente, “se necessário
fosse, e a saúde lho permitisse”. Agradeceu, finalmente,
ao S. C. L. de Toronto pela homenagem prestada e lembrou que
muitas outras pessoas mereciam também ser reconhecidas,
nomeadamente Fernando Gonçalves que ali se encontrava
presente.
Muito comovido, Oscildo Couto agradece a homenagem
No final, José Ferreira, Secretário
das Relações Públicas do S. C. L. De Toronto,
tentando conter a sua emoção, fez entrega de uma
lembrança a Oscildo Couto o qual juntamente com todos
os membros da direcção do Sport Clube Lusitânia
pousaram para uma fotografia de apraz que documentou uma merecida
homenagem, a qual Oswaldo Santos intitulou de “consumação
de um acto de dignidade”.
Oscildo Couto, entre a esposa Juvnália
e o amigo Manuel Martins, recebe em casa a
medalha atribuída pelo vereador Adam Giambrone
da Câmara Municipal de Toronto
Clicar p/ ver
............
............