PRIMEIRO ENCONTRO ARCUENSE EM TORONTO
(29 de Setembro de 2002)
Por Carlos Morgadinho - Adiaspora.com
As gentes minhotas não param de confraternizar por estas
terras do Ontário. Desta foi a vez dos naturais de Arco
de Valdevez e Ponte da Barca, obviamente em face da proximidade
destas duas localidades, com um almoço-convívio
no passado dia 29 de Setembro no Restaurante Dundas Banquet Hall,
cujo salão foi pequeno para acomodar tantos naturais e
amigos daquela zona do Alto Minho. Para abrilhantar este encontro
estiveram presentes várias individualidades vindas propositadamente
de Portugal para este fim, como convidados de honra obviamente,
pondo em destaque o Dr. Francisco Araújo (Presidente da
Edilidade de Arcos de Valdevez), Olegário Gonçalves
(Presidente da Associação dos Comerciantes de Ponte
da Barca e Arco de Valdevez), Dr. João Manuel Esteves (Vice-Presidente
da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez), Dr. Paulo Queirós
(Gestor dos Municípios do Vale do Lima), João Caldas
(Presidente do Clube Atlético de Valdevez), António
Campos (Presidente do Conselho Fiscal do Clube Atlético
de Valdevez) e os cantadores ao desafio Maria Celeste e Manuel
Sargaceira.
Foi uma efeméride inesquecível
para muitos de nós, cheia de alegria como é da praxe
nestas gentes minhotas - onde está um Minhoto não
há tristeza - assim me disse um natural daquela região
há muitos anos, durante o serviço militar, nas antigas
colónias, em Angola, onde o medo nos inibia de expandir
a alegria exuberante da juventude que possuímos então.
Aquele minhoto cujo nome olvidei excepto a alcunha "O Barcelos"
por que era conhecido, tocava a sua pequena e inseparável
concertina durante as patrulhas móveis. A sua voz alta
e bem timbrada a todos fazia rir com as suas improvisações
à "Quim Barreiros" e que nos fazia esquecer os
horrores da guerra injusta que o Governo da ditadura nos impunha.
Desta vez no Banquet Hall foi o delírio com a actuação
dos cantadores Maria Celeste e Manuel Sargaceira acompanhados
pelos acordeonistas Joaquim Araújo e José Manuel.
O riso foi deveras contagioso pois era de parede a parede naquele
recinto. São mesmo pândegos estas gentes do norte
e, o autor destas linhas, por uns escassos três dias quase
nascia lá - em Vila Nova de Famalicão -para, no
fim, vir ver o Mundo em Lisboa. Talvez cá, bem no fundo
do coração, nutra um caminho muito especial pelo
Minho que poderia ter sido o seu berço.
Mas outro facto que também não podemos passar em
branco foi a actuação do Rancho Folclórico
da Associação Cultural do Minho, pois os dançares
estão bem enraizado nos minhotos que nunca perdem a oportunidade
de o manifestar chegando ao fim com os elementos do rancho e muitos
dos presentes a dar ao "pézinho". É assim,
é à minhota.
O trabalho de Mestre-de-cerimónias esteve,
e muito bem, entregue aos colegas da comunicação
social, Ana Fernandes e Suzy Soares, que pensamos também,
se não estamos errados, serem daquela região de
Portugal. É verdade? Parabéns pelo êxito deste
primeiro encontro.
Fotografias cortesia do Jornal O Milénio
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