"Terminamos hoje a nossa VII Semana Cultural Açoriana. E terminamo-la já a pensar na próxima. Terminamo-la a deitar contas à vida para vermos até onde podemos ir nesta luta de tornar ainda mais conhecida a nossa terra e as nossas gentes.

Sim, porque as Semana Culturais que a Casa dos Açores organiza, servem, fundamentalmente, para espalhar a nossa Cultura e a nossa maneira de ser. Durante oito dias, aqui e agora, olhámos melhor o nosso Passado, ouvindo falar na nossa História. Entendemos melhor o nosso Presente, com oradores que nos colocaram lá, onde mora a nossa saudade. E acho, também, que começámos a visionar melhor o que poderá ser o nosso futuro.

É evidente que esta Semana não seria possível sem os apoios que, desde logo, nos foram dado. Apoios dos que vieram de lá oferecer-nos a sua visão da nossa terra e apoios que surgiram, aqui, com muitos de nós, a dar-nos o seu contributo. Apoios que a Casa dos Açores - grata como é - quer e deve agradecer. E nós agradecemos.

Senhoras e Senhores - Prezados consócios:

Ficamos, todos a partir de hoje, mais ricos. Estamos a ficar mais ricos. Na palestra da deputada Manuela Aguiar, a certeza que a Emigração portuguesa - sobretudo aquela de raízes açorianas - é algo de que nos devemos orgulhar. A doutora Manuela Aguiar é, desde há muito, uma apaixonada pelas coisas da Emigração. É, desde há muito, uma referência que todos nós devemos ter. É, afinal, um farol que nos vai animar, também, a fazer mais e melhor.

No ano passado, quando fechámos a Semana Cultural Açoriana, dissemos que a meta era em frente. Hoje, dizemos que a meta é em frente. Dissemos que haveríamos de ter, em breve, a nossa CASA DOS AÇORES. A Nossa Casa dos Açores. Hoje…terminamos da mesma maneira. Encerramos apenas um ciclo de preparação. Para o ano temos de avançar. Mais: vamos avançar rumo à construção da nossa Casa. Cada um de nós vai trazer o seu tijolo, à sua maneira, o seu pequeno ou grande contributo. E a nossa Casa vai, assim, surgir em sede nossa.

Como temos fé na nossa gente - fé que foi afervorada nestes oito dias da Semana Cultural Açoriana - acreditamos que vamos conseguir. Quando, em breve, puxarmos a primeiro plano as Festas do Espírito Santo, nosso Padroeiro, havemos de lhe pedir, também, o seu apoio. E depois, aos homens às entidades, que por aqui estiveram juntos no Congresso Mundial das Casas dos Açores, vamos solicitar, também, apoio. Apoio que não nos vai ser negado. Hão-se ver, assim, que a Casa dos Açores ficará ainda mais enriquecida. E mesmo de lá, das Nove Ilhas donde viemos, não nos vai faltar o apoio que este ano não aconteceu - mas vão reconhecer o muito que estamos todos a contribuir para o engrandecimento da nossa mística. E vão agir em conformidade.

Ser Açoriano é também isto: ter fé, acreditar na nossa gente, avançar para metas que nos vão honrar.

Se não houvesse mais nada hoje dizíamos já ATÉ PARA O ANO! Só que temos ainda entre nós uma peça de Teatro que está agora, graças Dra. Laudalina Rodrigues, a dar um cunho ainda mais cultural à nossa Semana. E é com este tecer de situações que vão convergindo para a nossa Casa dos Açores que vamos crescer ainda mais.

Por outro lado, entendo que não nos devemos despedir. Devemos, isso sim, dizer até logo…até uma próxima festa…até uma próxima realização.
Porque a nossa Casa - a Casa dos Açores - não vai parar. Vai andar ainda mais depressa.

Muito obrigado".