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(Toronto, Agosto, 16 de 2003) Por Carlos Morgadinho - Adiaspora.com
Os sócios e amigos deste nosso popular centro comunitário tiveram, no passado sábado, dia 16 de Agosto, o seu piquenique anual, desta numa granja a 85 km a norte da cidade de Toronto, mais precisamente na 7th Line East, junto à auto-estrada # 89. Esta bonita e bem tratada propriedade, pertença da família Cabral (Jorge/Lourdes Cabral e António/Maria Cabral), é composta por uma larga residência, quase centenária, e por outros edifícios secundários que servem de estábulos e armazéns para as alfaias agrícolas e forragem destinada ao gado existente naquela propriedade nos meses de inverno, além de grandes áreas verdejantes vedadas para pastagens. Os dois casais Cabral, há muito sócios activos do Amor da Pátria, juntamente com a presidente da actual Direcção, Maria Manuela Goulart, logo de manhã cedo não pararam no preparo das boas-vindas aos convidados que iam chegando ao local. Todos, senão quase todos, os nossos clubes e associações organizam nesta época do ano os seus piqueniques anuais, normalmente nos parques e junto aos lagos, fora dos grandes centros urbanos. Desta vez a Direcção do Amor da Pátria decidiu, e bem, mudar os hábitos e proporcionar a todos os seus sócios, amigos e familiares algo diferente que é um pouco da beleza da vida bucólica que só é possível numa herdade agro-pecuária como a do "Farm Cabral". Foi simplesmente fantástica a recepção de boas vindas da presidente, coadjuvada por outros elementos directivos e pelos donos daquela herdade, onde, várias mesas recheadas de tudo o que é bom para um pequeno-almoço, tipo bufete, esperava os convidados durante toda a manhã. A pouca afluência de público, cerca de 130 pessoas, podemos certamente imputar à "calamidade" que se abateu sobre o Ontário nos dois dias priores ao piquenique - o corte da energia eléctrica, por motivos técnicos (ainda ninguém sabe ao certo) - que afectou mais de 50 milhões de habitantes, não só no Ontário, onde vivemos, como no norte da costa ocidental, e também aos escassos chuviscos que se abateu na zona de Toronto naquela madrugada. No entanto, o tempo melhorou, transformando-se num dia de calor abrasador de tal ordem que só apetecia estarmos abrigados à sombra das muitas árvores de grande porte que rodeavam aquele local. Durante a manhã, muitos dos presentes preferiram iniciar conversas sobre diferentes tópicos, um dos quais foi, segundo observamos, quase obrigatório - o "apagão" da energia eléctrica - que paralisou toda a actividade comercial e industrial, além dos transportes públicos de meio Continente. Outros dedicaram-se a diversos "desportos" como ao jogo da Sueca ou Bisca ou então preparavam as mesas para o almoço ou ajudavam na azáfama junto dos fogareiros que assavam as sardinhas, hot-dogs, pernas e asas de galinha e as "famosas" hambúrgueres.
Por volta das 13 horas, "tocou" a rancho e, como na tropa, todo o "mundo" formou para o almoço, enquanto se preparavam outras mesas com outros petiscos como os inhames, diversos tipos de saladas, favas, pão de milho e outras delícias. Muitos dos presentes, senão quase todos, trouxeram de suas casas diversos petiscos como pastéis de bacalhau, feijoada, "pipis", rissóis de camarão e de carne, fígado e alcatra, além de deliciosos pudins (de maracujá, banana, chocolate e de frutas com natas). Fomos, como bons apreciadores da boa gastronomia regional, de "peregrinação", de mesa em mesa, a convite daquela gente hospitaleira do Pico e do Faial, embora também se encontrassem compatriotas doutras ilhas e até do Continente. Já há muito que andamos a prometer ao nosso médico de família de iniciarmos uma dieta rigorosa, mas, até ao momento, não conseguimos arranjar coragem para tal "penitência" perante tão deliciosos manjares à nossa frente. Mas um dia vamos mesmo para a frente com o "projecto" - custe o que custar!
Após o suculento almoço, muitos foram "passar pelas brasas" ou tirar uma soneca, como se usa dizer, enquanto outros decidiram por um passeio a pé, visitando e observando mais de perto aquela propriedade. Um dos lugares que atraiu a curiosidade da maioria dos presentes foi a cerca onde se encontrava um razoável número de vacas e bezerros "acompanhadas" por um jovem, simpático e sociável boi. Veio de seguida a participação dos diversos jogos planeados para quantos quisessem participar. E muitos foram os presentes que o fizeram. O jogo das maçãs foi ganho pela Vanessa e o dos balões cheios de água pelo casal José e Bertina Matos. Seguiu-se a Dança da Melancia que o casal João e Maria Albina Vieira, facilmente venceram, apesar de carregarem nos braços um bonito cachorro. No Jogo da Corda a equipa dos picarotos, ou picoenses, derrotou a forte selecção formada por terceirenses e micaelenses. Na Corrida do Saco saiu vencedor o "team" Michael e Roberto, tendo estes jovens "limpado" também a Dança da Laranja. Bailarico não faltou e foi animado por boa música DJ que empurrou dezenas de dançarinos para a pista de dança, toda relvada, e ali deram muito bem ao pezinho, só parando já à noitinha. No entanto, fez-se um intervalo, não para descansarem, mas sim para que um grupo de sócios pudessem dançar a sua música regional de que destacamos a Chamarrita que apresentava uma óptima coreografia executada por um grupo de jovens e menos jovens. Isto, no que se refere ao folclore, está bem enraizada nas gentes açorianas em cujas festas, não importando o local onde se realizam, nunca poderá estar ausente a dança. Para o jantar, tipo bufete, que foi uma autêntica surpresa para quantos ali presentes, foi-nos apresentado várias mesas recheadas de tudo o que é bom da gastronomia regional. As sardinhas foram ofertadas (uma gentileza de Carlos Luís da Peixaria Portugal) e os hambúrgueres e os hot-dogs pelo sócio e ex-presidente do Amor da Pátria, António Cardoso.
Foi um dia inesquecível de sã e
franca camaradagem e mais um sucesso da dinâmica Direcção
deste Centro Comunitário da nossa Comunidade. Adiaspora.com
agradece à Presidente do Amor da Pátria, Maria Manuela
Goulart, o convite formulado. Gostámos, e sinceramente
agradecemos, as amabilidades e atenções de que fomos
alvo durante aquele Piquenique. |
