Revista À Portuguesa
Por Carlos Morgadinho - Adiaspora.com
Os amantes da Revista à Portuguesa residentes
em Toronto e nas cidades limítrofes foram obsequiados no
passado fim-de-semana de 1 a 3 de Novembro de 2002 com a revista
"Não Batam Mais No Zézinho". Foram três
dias em cheio para os residentes das cidades de Mississauga e
de Toronto, à iniciativa de Carlos Firmino. Foi um reviver
das noites de revista do "Parque Mayer", um tipo de
teatro genuinamente lisboeta e muito do agrado do povo português,
quer pelo sentido crítico, quer pela forma brejeira dos
intérpretes que compunham (e compõem) os elencos,
classificando-os de "sui generis"
Agora que se fala na remodelação
do Parque Mayer de modo a torná-lo como pólo de
atracção da cidade de Lisboa, graças à
iniciativa do actual Presidente da Edilidade de Lisboa, Pedro
Santana Lopes, renasce também o interesse dos amantes do
teatro de revista e quiçá o gosto dos jovens como
prenúncio de que a revista não sobrará tão
depressa, apesar do cepticismo dos velhos do Restelo.
No último domingo, dia 3 de Novembro,
fomos à Casa do Alentejo de Toronto para assistirmos à
revista "Não Batam Mais No Zézinho". Do
elenco composto por João Rodrigo, Fátima Couto,
Mário José, Mané Ribeiro, Emília Silva
e Mena Leandro, sobressai uma figura que nos surpreendeu mais
pela sua voz do que como actriz de revista. Falamos de Fátima
Couto que, sem ser uma jovem, se comportou no palco como tal.
No que concerne ao João Rodrigo apenas podemos dizer tratar-se
de um "compére" dos pés à cabeça,
na linha de um Eugénio Salvador, Óscar Acúrcio,
Carlos Coelho etc., etc. Dos restantes uma palavra de apreço,
com maior incidência no jovem Mário José que
nos surpreendeu sobremaneira, com o devido respeito: Será
que estamos em presença do futuro João Rodrigo?
Em relação à revista propriamente dita podemos
referir, não obstante as condicionantes próprias
deste tipo de espectáculo que cerceia a possibilidade de
se apresentar um guarda-roupa e cenários completos, primou
pelo humor e pela coreografia tão do agrado do público
conforme as manifestações expressas no final de
cada "acto". Foram um total de quatro espectáculos
recheados de boa disposição e de contributo para
quem semanalmente trabalhar arduamente. Foi, em suma, um atenuar
do "stress".
Com um palavra de agradecimento ao Grupo de Teatro
Alegre e, em especial, ao Carlos Firmino, afinal o grande impulsionador
da vinda desta Revista ao Canadá. Esperamos e fazemos votos
para que a dose se repita mais vezes e se possível ainda
este ano. A malta ficou a gostar. Parabéns a todos.
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