Ao que parece, segundo várias notícias recentes publicadas em matutinos locais, a nossa cidade de Toronto encontra-se listada nas mais caras para se viver neste grande país que é o Canadá.
Não é, confesso, surpresa deste facto pois tanto a minha pessoa como em conversa semanal com muitos outros amigos meus, tal revelação serviu apenas para reconfirmar este facto agora posto a circular. Tudo tem subido vertiginosamente e não há antídoto que faça regredir este fenómeno nada agradável de se saber. Outras cidades canadianas ficaram para trás na carestia como as cidades de Vancouver, Calgary, Montreal e Otava. Toronto fica assim em 59º lugar nas cidades mais dispendiosas do mundo no que respeita, entre outras coisas, à habitação, alimentação, transportes, vestuário e entretenimento e as outras mencionadas cidades canadianas, atrás referidas, quedaram-se em 65, 79, 96 e 114 lugar, respectivamente.
Pudera com todos estes aumentos na luz, aquecimento, lixo, água, táxis, na compra de víveres nos supermercados e na aquisição de roupa não só para nos vestirmos como também de cama e enxovais, bateram já no “roof” , ou telhado, há muito. De entretenimento é que estou “fora de jogo” pois não vou a essas luxos por as “massas” não darem nem para comer quanto mais para ir ao teatro, cinema ou alugar filmes para os ver em casa. Quando um cidadão está reformado temos que, cada vez que saímos para compras, de levar o alicate para espremer os tostõezinhos, multiplicá-los, e assim trazer-se uma caixa extra de cereais para aconchego do estômago no frugal pequeno-almoço.
Mas a vida está caríssima isso é a pura das verdades. Só não o sabe quem anda mesmo “à pala” do papá ou da mamã. Aí sim, é tudo, para esses felizardos, um autêntico “Mar-de-rosas”.
Ao fim e ao cabo os nossos Governantes, das autarquias, da Província e de Otava (Federal), é que têm a maior quota-parte na culpa por serem eles os que dão os “maus exemplos” de não terem coragem para “cortar a gordura”, ou o esbanjar das notas e assim não têm outra opção, ou caminho, e toca de aumentarem as nossas taxas e os impostos. Ao fim, estes nossos Governos, fazem-no muito camufladamente para criar a diversão e, no meio da “confusão”, não se saber as razões efectivas desses aumentos que se abatem constantemente sobre o Zé Povinho tanto nos impostos já existentes como com a criação, ou invenção, de outros.
Como exemplo temos a electricidade que em pouco mais dum ano subiu astronomicamente que qualquer dia temos que estar às escuras dentro de casa e sem ar condicionado pois isso é coisa para rico. O gás está na mesma prateleira e a água vai, ou irá, de certeza absoluta, entrar em órbita pois com a saga do lixo e de modernizar os esgotos da rede da cidade de Toronto não vai haver dinheiro para pagar os “bills”. Cá por mim vou deixar de beber água e tomar o duche matinal e irei reabastecer-me nos Liquor Store, de tinto ou branco, pois sai mais barato.
Nas passagens aéreas a coisa está a ficar apertada com as taxas quando se adquire o bilhete. Está sempre a subir e agora para Portugal, em muitos casos, paga-se tanto de taxas como de transporte. Será por imposição do Governo ou das companhias transportadoras? Nunca, que eu o saiba, foi esclarecido devidamente como por exemplo “X” de taxa de aeroporto, “Y” de imposto de transacção e ”W” de imposto de combustível ou serviço na aeronave. Isto é uma maneira minha de ver o problema que poderá não ser o caso e toda, toda aquela taxa ir direitinha para os cofres de Otava, Missisauga (onde se encontra instalado o nosso aeroporto de Lester Pearson) ou para a transportadora.
Perguntar não ofende e sobre este assunto haja alguém com conhecimento sobre o assunto que venha com uma explicação sobre tudo atrás mencionado. Espero bem que sim.
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