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Uma Carta para os nossos Presos!

 

Viver o momento, permanecer centrados no presente é, porventura, um dos exercícios mais difíceis de fazer. Por vezes, até muito doloroso. Acontece-nos a todos ser frequentemente traídos por memórias do passado ou pela antecipação de um futuro que ninguém jamais poderá antecipar. E o problema é que a vida vive-se e, decide-se, em cada momento. No meio destas manifestações ou exuberâncias de vida, há pessoas que vivem um presente muito difícil. Um tempo que decorre de outro tempo em que, por terem cometido faltas mais ou menos graves, foram julgadas e condenadas. Ou, nos casos dos presos preventivos, de pessoas que permanecem detidas por razões que, a maioria de nós, desconhece ou não sabe avaliar.

Mas a vida é feita destas pequenas coisas. Basta estar vivo para correr riscos.

Risco de fracassar, ser rejeitado, frustrar-se consigo mesmo, decepcionar-se com os outros, ser incompreendido, ofendido, reprovado, adoecer. Não devemos correr riscos irresponsáveis, mas também não devemos temer andar por terrenos desconhecidos, respirar ares nunca antes aspirados. Viver é uma grande aventura. Quem ficar preso num casulo com medo dos acidentes da vida, além de não os eliminar, será sempre frustrado.

Quem não tem audácia e disciplina, pode alimentar grandes sonhos, mas eles serão enterrados nos solos da timidez e nos destroços das preocupações. Estará sempre em desvantagem competitiva. Uma empresa pode ter máquinas, tecnologia, computadores, mas, se não tiver homens criativos, inteligentes, motivados, que saibam prevenir os erros, trabalhar em equipa e pensar a longo prazo, poderá sucumbir. Tudo isto vem a propósito de quê? No essencial, e em resumo, para vincar o facto de a privação da liberdade física não implicar (felizmente!) a privação da liberdade de pensar e sentir.

Apesar de não sobrar muito espaço numa cadeia, sobra tempo para pensar e para tentar perceber o que se pode fazer já hoje para tentar mudar o amanhã. Sem falsos idealismos, vale a pena perceber que, dentro ou fora da prisão, não importa o que fomos, mas o que somos. E é aquilo que somos hoje, aqui e agora, que vai determinar aquilo que seremos amanhã.

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