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Andam distraídos? Eu Não...

 

Duas notícias na comunicação social local deixaram-me preocupado:
-Serviço de urgência (saúde) pode ser centralizado na Madalena (ilha maior 2010-01-15): citação “ (…) O Plano funcional, documento que determina as bases da nova estrutura, já está elaborado, prevendo-se que durante o mês de Março o projecto da nova unidade fique concluído e seja lançado a concurso público. (…) O serviço de urgência, a funcionar actualmente nos três centros de saúde da ilha do Pico, poderá vir a ser centralizado no novo Centro de Saúde da Madalena. O Plano funcional prevê a criação de um espaço de urgência para todo o âmbito geográfico da ilha, (?) tanto residente como temporal” (fim de citação) e a interrogação é nossa…

Centro de saude de S. Roque área de atendimento urgente

- Membros da Assembleia Municipal (iniciativa P. S.) protestam contra localização do Gabinete da Paisagem Vinha no Lagido Santa Luzia; (Rádio Pico, 2009.12.30); citação:
“A terminar os votos, a bancada do PS protestou com a deslocalização do Gabinete da Paisagem da Vinha para o lugar do Lagido de Santa Luzia, bem como toda a estrutura do parque natural de ilha. Os deputados do PS defendem a “centralização e não a descentralização” pois não há transportes públicos para chegar lá, e todos os restantes serviços ficam distantes”. (fim de citação)

Não passaram muitos anos e também não tenho memória curta, mas estas questões eram tratadas com um espírito de equilíbrio da ilha, pelo menos no seio do Partido Socialista e enquanto tive responsabilidades dirigentes. Ora julgávamos nós que estas questões, agora com o P.S. no Governo, continuariam a ter tratamento sério e conciliador, ao invés de se quererem criar guerrilhas estéreis, que apenas servem para alimentar ambições megalómanas de alguns, à custa do indesejável e castrador esvaziamento ou desaparecimento habitacional de outras zonas da ilha, com sérias consequências para a desertificação de toda a ilha. É isso que se pretende?
No caso dos centros de saúde, presentemente, existe em cada um dos três, um SAP – serviço de atendimento permanente, coordenado pela direcção da USIP – Unidade de Saúde da Ilha do Pico, com satisfatório desempenho. Escusado será voltar-se a referir as distâncias dentro da ilha ou até mesmo a intolerável subserviência tecno-burocrática em relação ao Hospital da Horta. Há quem goste disso, eu não. Como não vi em nenhum manifesto eleitoral de qualquer partido politico para a eleição da ultima Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, alguma referência ao fecho dos SAP nas Lajes ou em São Roque, apelo agora às novas edilidades desses municípios, pois está então na hora dos eleitos darem a cara em defesa dos direitos adquiridos dos seus eleitores.

Quanto à segunda notícia e respeitando integralmente a dignidade das assembleias municipais, nos seus períodos de antes da ordem do dia, para tratarem de assuntos de relevante interesse para o município, não é muito entendível o porquê dos elementos afectos ao partido do governo irem contra uma decisão anunciada e profusamente difundida, desde que assim, e já lá vão muitos anos, se decidiu recuperar aquele Solar, no Lagido de Santa Luzia, para ali se instalar o Gabinete de Interpretação da Paisagem da Cultura da Vinha, zona aliás das mais visitadas turisticamente em toda a ilha, pelo que a invocada falta de transporte público não colhe… Contudo, convêm esclarecer que, criado o Parque natural do Pico através da constituição de um novo corpo legislativo coerente e uniformizado como aquele que é consagrado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 15/2007/A, de 25 de Junho, e que põe assim termo a um ciclo de iniciativas avulsas que de alguma forma condicionaram a eficácia das políticas regionais de conservação da natureza e de preservação da paisagem e estabelecido o novo regime jurídico da Rede Regional de Áreas Protegidas da Região Autónoma dos Açores, importava concretizar as vertentes da sua implementação; uma delas traduz-se na criação do Parque Natural de Ilha do Pico. De referir também que o Parque Natural de Ilha constitui, a par do Parque Marinho do Arquipélago dos Açores, a unidade de gestão de base da Rede Regional de Áreas Protegidas da Região Autónoma dos Açores.
Assim, a partir de 2008, fácil é perceber-se que esta unidade orgânica, por decisão governamental iria integrar em termos administrativos e de consulta, o espaço do Solar no Lagido de Santa Luzia, que então estava em obras de adaptação funcional, localidade onde, pela primeira vez (segundo julgamos saber) o governo investiu numa inovadora rede de distribuição de energia eléctrica subterrânea – domiciliária e iluminação pública – e já agora, se se tiver em linha de conta que os três municípios da ilha estão comprometidos com a construção da Casa dos Vulcões, na mesma aprazível localidade do Lagido, em Santa Luzia, mesmo ao lado daquele Solar, maior razão existirá para que ali se concentrem estas estruturas de cariz ambiental com algum carácter científico. Não será?
Mas é sempre tempo de também lembrar, que durante o primeiro governo de Carlos César e visando encontrar alguma justiça para o esvaziamento a que havia sido votado anteriormente o Parque Matos Souto na Piedade, ali foi instalada a Direcção de Serviços de Conservação da Natureza (de âmbito regional). Alguém contestou então?
Por nossa parte, apenas queremos apelar ao bom senso e à partilha solidária e estaremos sempre frontalmente contra os egoísmos intolerantes e exacerbados.

 

 

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