A frota baleeira lajense foi dispersas por essas ilhas e anda agora tnma azafama enorme. E não só.
Voltaram às regatas já que outra utilidade não têm as airosas canoas.. E não se têm sucedido mal. Foram à Galiza e arrancaram de lá os trofeu. Voltaram agora para os Estados Unidos e no porto baleeiro de New Bedfort foram os marinheiros picoenses e faialenses mostrar uma vez mais o seu valor de homens do mar, já que não é a primeira vez que ali se deslocam.
Por cá as regatas programadas pelos serviços regionais, têm-se realizado em alguns portos açorianos, principalmente pelas festas principais, fazendo parte dos respectivos programas. Todavia não é só agora que isso acontece. Sempre assim sucedeu ao longo dos anos.
A canoa ou bote baleeiro, uma criação do lajense Francisco José Machado, no último quartel do século XIX, - um homem lajense que anda esquecido e cuja memória de artista invulgar bem merecia ser perpetuada - sempre foi “requisitado” para tomar parte em regatas.
Há anos foram os botes lajenses tomar parte numa regata realizada na baia de Angra e integrada nas Festas da Cidade. A vitória foi sua. Mas , a quando da visita régia, a 28 de Junho de 1901, à cidade da Horta, os Reis D. Carlos e D. Amélia, viajaram no cruzador D. Carlos, e foram recebidos por uma esquadrilha de canoas-baleeiras, a remos, que contornaram o navio e o acompanharam ao ancoradouro.
No dia seguinte houve uma regata à vela e a remos de canoas baleeiras e
Embarcações de recreio. Os régios visitantes assistiram à regata a bordo do cruzador S. Gabriel . (1)
Não nos diz o historiador quem ganhou a regata mas sabemos que foram duas canoas das Lajes pertencentes, respectivamente, às companhias das “Senhoras “(União Lajense, Lda.) e “Judeus” (Nova Sociedade Lajense, Lda.)
D. Carlos ficou muito satisfeito com a homenagem dos baleeiros (que nas ruas da cidade haviam já levantado um artístico arco triunfal que se destacou entre os demais), e ofereceu às duas canoas vencedoras uma canoa baleeira.
No tempo as armações baleeiras eram sociedades irregulares. As embarcações eram registadas no departamento marítimo em nome do ger4ente “e outros”.
A baleação deve ter sido iniciada nesta vila a meados do século XIX. O primeiro armador João Paulino Narciso da Silveira armou um brigue , aí por volta de 1850, mas a sorte não o bafejou. Mais tarde, precisamente em 28 de Abril d 1876, é constituída a primeira armação, com contrato escrito, entre os Dabney’s, comerciantes e industriais americanos instalados na Horta e Anselmo Silveira, antigo Capitão de baleeiras americanas, regressado e residente na sua freguesia natal, a Calheta de Nesquim.
No porto de S. João foi instalada uma armação, pertencente aos Macieis. O ciclone de Agosto de 1893 destruiu as instalações terestres e eles acabaram por vender as canoas para o porto das Lajes, ficando a respectiva armação c,onhecida por “Queijeiros”.
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