Recolhi há poucos dias de um blog local – http://lepratecoma.blogspot.com as seguintes impressões: a 17 do corrente, o post reflectindo sobre a empresa que nos fornece energia eléctrica referia: “E já agora pergunta-se: onde pára o projecto da hidroeléctrica do Paúl que, no tempo de outro patrão, estava concluído e tinha viabilidade económica? Afinal a protecção do ambiente não passa por aqui? Passa por consumir mais combustíveis fósseis e não passa pela hídrica, já que na eólica se concluiu que há que ampliar a potência dos geradores instalados. Pudera. Toda a gente via que se deveria ter instalado mais geradores. Só a EDA é que não viu. Chegou tarde, mas parece que vai chegar...”
LAGOA DO PAUL - Foto do Eng. Francisco Botelho - EDA
Entretanto em 21 de Março de 2010 – 17:56 respondeu, comentou ou argumentou, um consciencioso anónimo: “Meu caro amigo, a EDA não aumentou há mais tempo o Parque Eólico existente, porque o consumo na altura era muito menor do que é hoje e este tipo de energia é muito instável como todos sabemos. Aqui nesta terra temos de facto muito vento, mas de má qualidade, e qualidade aqui é vento mais ou menos constante e não de rajadas, como o que nós temos. Se injectarmos muita energia eólica na rede, com a instabilidade que ela provoca (sobretudo nos dias de muito vento) iríamos notar em nossas casas algumas flutuações de energia, dai a razão de a EDA ser cuidadosa em adquirir geradores eólicos, porque instala-los e depois ficarem parados, isso é de loucos. Quanto à Lagoa do Paul, o que eu lhe posso dizer, é que nasceu em má hora a ideia de aproveitar aquela água e pelos vistos não é ainda desta que será aproveitada para produzir electricidade, pois a actual administração da EDA diz que este projecto é viável, mas a muito longo prazo e que, com esse dinheiro, investe-se por exemplo na Geotermia em S. Miguel e ter-se-á o retorno desse dinheiro em muito menos tempo; enfim são ideias diferentes das que tinha a anterior administração da presidência de Monteiro da Silva; esse estava muito empenhado e quis fazer uma sociedade com a Câmara Municipal das Lajes, (na altura Cláudio Lopes é que era o presidente) em que a EDA montava a central e produzia electricidade e a Câmara aproveitava a água para distribuir na rede pública, mas a Câmara levou muito tempo a responder e entretanto Monteiro da Silva saiu da administração da EDA e o projecto ficou como estava, na gaveta à espera de melhores dias…”
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Esta douta opinião, que pelos pormenores expendidos denota que quem a emite sabe do que fala, vem entroncar com aqueloutra que escrevi neste jornal, em 28 de Setembro de 2008, sobre tema semelhante e cito-me:
“Com a entrada em funcionamento do Parque Eólico do Pico, a EDA tem poupado toneladas de fuelóleo. Há anos, aquando da montagem/construção das estruturas de canalização da água da Lagoa do Caiado, para a rede pública do município de S. Roque, era corrente a ideia de que essa mesma água, em declive, produzia uma energia incalculável (daí as caixas de quebra de pressão), só que esse aproveitamento, na altura, foi considerado um investimento incomportável para o município e o Governo Regional de então, mostrou-se pouco menos que indiferente e assim se perdeu uma boa energia alternativa. Ou será que ainda iremos a tempo de a recuperar? Se tivermos em atenção que, depois do aproveitamento da água da Lagoa do Caiado, foi agora construído ali bem perto esse Parque Eólico, não será de se voltar a estudar esta hipótese? Aqui deixo o desafio à EDA/Governo Regional.”
Será tempo de se renovarem estes pedidos quanto ao aproveitamento energético da Lagoa do Caiado e do Paúl? … É que, quanto a esta última, estamos confiantes de que o empenhado Presidente do Município das Lajes, Engenheiro Roberto Silva, será a voz privilegiada dessa reivindicação…
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