O pessoal anda deprimido com todos esses conflitos políticos e não só. Andamos nervosos, deprimidos e com o medo do futuro. Em diversos casos, a depressão pode ser considerada como o último estágio da dor humana. Nesses casos, é mais intensa do que a dor da fome, pois uma pessoa faminta ainda tem o instinto de vida preservado, por isso, se necessário, remove até o lixo para sobreviver, enquanto algumas pessoas deprimidas podem, mesmo diante de uma mesa farta, não ter apetite e nem sequer desejo de viver. A dor emocional da depressão é, às vezes, tão intensa e dramática que as palavras se tornam pobres para a descrever.
Com o desenvolvimento tecnológico acreditou-se que as pessoas iriam ter mais tempo umas para as outras. As máquinas substituiriam o trabalho manual e intelectual, deixando mais tempo livre para actividades bem mais nobres, como seja o caso de conviver, ler, estudar, ou numa palavra, partilhar. No entanto, com a Internet surgiram os chamados “interdependentes do pequeno ecrã”. Todos os dias essa imensa massa de gente, que utiliza as redes sociais, tem vindo a aumentar e com ela aumenta a “escravatura”. As pessoas, ou melhor, os Amigos, têm vindo a desaparecer, assim como os convívios desportivos, convívios de homenagem, de amizade, de aniversários, pessoas que partilhavam o seu tempo com os filhos, com os Amigos ou mesmo com desconhecidos, agarram-se aos computadores, programando a sua vida através de pesquisas, contactos através de email’s (correio electrónico), “chats” (diálogos virtuais), transferindo deste modo, não só os afectos de outrora, como o conviver, o partilhar! Quem está sozinho ou entra numa vida fictícia (virtual) ou compra um cão ou um gato, já que estes não o contrariam e não o abandonam.
É que, geralmente, só compreende a dimensão da dor da depressão e da solidão, quem já passou por ela. Além do humor deprimido, as doenças depressivas têm uma rica sintomatologia. São acompanhadas de ansiedade, desmotivação, baixa auto-estima, isolamento social, insónia, apetite alterado (diminuído ou aumentado), fadiga excessiva, libido alterada, ideias de suicídio, etc.. e, para estes casos, a psiquiatria e a psicologia clínica sabem tratar com eficiência os transtornos depressivos, obsessivos, a síndroma do pânico. É que parece que as pessoas têm, cada vez mais, medo do mundo real. Onde há alegrias, tristezas, desilusões, mas onde, acima de tudo, se vive plenamente.
Portanto…viva, dê os passeios a pé, ande, corra um pouco, pratique desporto e acredite em Deus e em Cristo, que um dia, bradou em voz altissonante para toda a multidão: “Se alguém tem sede, venha a mim; porque quem crer em mim, do seu interior fluirão rios de águas vivas”!
Pensem nisso!
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