Em 18 de Setembro último, encontrando-me em Lisboa, deparei-me via internet com uma reportagem, que há meses era murmurada/desejada pelos nossos pescadores da Manhenha. A notícia da RTP-Açores avançava que “Os pescadores da ilha do Pico estão insatisfeitos com as obras de ampliação e remodelação do porto da Manhenha. Os pescadores dizem que a estrutura não tem condições e acusam o Governo Regional de não ter cumprido o que prometeu. O cais vai ficar com vinte e dois metros quando estavam prometidos vinte e seis. Além disso, sustentam os pescadores, o cais ficará desalinhado, o que prejudica a operação das embarcações. Eduardo Freitas: Não escangalharam o velho e só com balões grandes um barco de 5 a 8 metros pode acostar; Luís Gonçalves: Pouco altura de cais para poderem encostar os barcos de pesca, com segurança mínima; Em resposta, Marcelo Pamplona, Subsecretário Regional das Pescas, diz que o Governo procurou, nesta obra de ampliação, respeitar o património construído. O novo terrapleno que não estava previsto, foi reivindicado por José António Fernandes, Presidente da Associação de Pescadores do Pico (Associação de Armadores da Pesca Artesanal do Pico) e vai ser agora considerado.”
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| Antes da reivindicação ficaria assim |
E assim aconteceu. Depois desta serena mas firme posição dos pescadores da Manhenha, a quem felicito e que são os que melhor conhecem as condições de operacionalidade do seu porto, o governo como lhe competia, mas que também se regista a forma aberta e compreensiva de aceitar essas sugestões, da parte do Comandante Marcelo Pamplona, Subsecretário Regional das Pescas, deu luz verde e a obra tomou outro rumo e outra dimensão. Os trabalhos decorrem em ritmo acelerado, pois aproximam-se os tempos invernosos e de mar alteroso – o inverno - e o prazo desta empreitada era de 7 meses (Maio a Dezembro) mas poderá entretanto ter sido prorrogado por estes trabalhos a mais, no novo terrapleno, que não nos 26 metros do cais acostável desde o início previstos.
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| Depois da reivindicação dos pescadores |
É natural que depois deste melhoramento concluído, surjam outras aspirações, consentâneas com uma outra frota de barcos cabinados que um dia também acabarão por surgir no porto da Manhenha, e essa nova obra, dizem-nos alguns, seria a construção de um novo molhe assente no maciço rochoso, defronte do actual cais acostável.
Utopias? Para quando?
Talvez um dia venha a acontecer, porque o mundo “pula e avança”…
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