DO CANADÁ AO BRASIL POR TERRA - DIA 1 |
MARATONA PARA RECUPERAR
ATRASO: DEU MESMO!!!
Vasco Oswaldo Santos (Texto e fotos)
Adiaspora.com
António Perinú (Fotos)
Sol Português
As constrições do tempo nos obrigaram a um
irritante silêncio de 3 dias. É que a partida tardia de Toronto
e a obrigatoriedade de termos de entregar, imperetrivelmente,
o nossocarro em Colón, na manhã de sexta-feira, 12
de Outubro, nos obrigam a conduzir mais de 12 horas diárias.
Isto não nos deixa tempo livre para escrever – apenas fotografar
e tomar notas. Acrescente-se a dificuldade de acesso
à Internet nos hotéis e até os problemas técnicos de configuração.
Assim, só depois da chegada ao Panamá poderemos enviar, como previsto,
o nosso relato diário. Esperamos que compreendam.
Louisville, Kentucky, EUA, 5 de Outubro – Tivéssemos nós saído pelas 06h00 e a chegada à cidade do “derby” equestre mais famoso do continente norte-americano teria acontecido pelas 16h00 da tarde. Isto seria o ideal para enviar a resenha do dia. Só que, depois da maravilhosa recepção que nos foi facultada pelos amigos do Clube Português de Lemington prolongou-se um nadinha mais. Daí que a passagem da fronteira para os EUA, na Ambassador Bridge de Windsor, ON para Detroit, MI, acabou por se dar pelas 16h20.
José Ferreira e Vasco santos com os directores do CPL
E aí se deu a primeira nota digna de menção: a estupefacção do (muito) jovem oficial de imigração americano, ao saber do nosso destino: - What’s in Brazil? Lá respondemos que éramos jornalistas e íamos fazer algo inédito. O moço despachou-nos de seguida com um desejo de boa viagem como que compreendendo a pressa que nos movia...
Uma hora e dez depois cruzávamos a fronteira estatal para o Ohio, não antes de fortes risadas ácerca do apetite com que devorámos as iguarias de Leamington e do espanto do escriba pelo tamanho dos ovos cozidos a primor. É que, das duas umas: ou as galinhas poedeiras da terra do tomate são muito avantajadas ou as pobres devem sofrer terrivelmente de fissuras na cloaca. Enfim, especulações que ajudaram a passar o tempo e a aliviar a correria.
Com os anfitriões no bar do CPL
Várias foram as mensagens que íamos recebendo por telemóvel. Uma das mais simpáticas foi a do praiense ilustre que é o Tony Rodrigues, senhor de muito boas qualidades que a de ser benfiquista nos tempos que correm é das mais corajosas!
O Zé Ferreira e o Luís Sousa, os primeiros condutores designados fizeram das tripas coração, as anedotas ajudaram a passar o tempo requerido e, pelas 20h50, entrávamos no estado do Kentucky, depois de atravessadas as porções do Michigan e Ohio, com a visão bucólica de um veado de boas proporções jantando pacatamente à beira da 75, alheado da passagem do nosso SUV, e ignorante das propostas que tecemos sobre a forma como também o jantaríamos...
Primeiro abraço para Luís Sousa - Comitê de Recepção
Curiosamente, o escriba era o único que já havia escolhido a cidade em viagens anteriores. Só que não lembrava mais o local exacto para a pernoita, até porque o sol há muito se havia escondido e àquela hora “todos os gatos são pardos”. Então não é que a ironia do destino nos ofereceu a surpresa de saírmos no local exacto, sem nada ter sido feito por isso? Extenuados e ainda comovidos pelo calor da despedida em Toronto, jantámos e fomos dormir à pressa que o domingo seguinte tinha de ser aproveitado ao máximo dada a escassez de camiões nas estradas.
Percurso percorrido: 1.175 kms em 10h50 minutos |
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