EM COLÓN: ATRASO DA CHEGADA DO NAVIO-CONTENTOR
VOLTA A AFECTAR OS NOSSOS PLANOS

Vasco Oswaldo Santos (Texto e fotos)
José Ilídio Ferreira (Fotos)
Adiaspora.com
António Perinú (Texto e Fotos)
Sol Português

Cidade do Panamá, Panamá, 15 de Outubro – Arrumámos o que não necessitávamos e colocámos a bagagem no carro para o ir deixar a Colón, depois de ontem à tarde o Zé e o Luís terem preparado o carro e minimizado os estragos da água nalguns dos pacotes guardados na mala extra apensa na traseira.

De manhã quase não choveu mas, à chegada ao Terminal de Contentores de Colón, com um tráfego de camiões desregrados em cruzamentos portuários sem sinalização, voltou a “malvada”. Pior que isso, os nossos armadores informaram que o navio de sábado, dia 20, chegaria atrasado – devido ao meu tempo, what else is new? – e que só deveria saír para Guayaquil a meio da próxima semana, provavelmente a 24 ou 25.

Não queríamos acreditar! Explicámos que tínhamos lá estado em Setembro passado, mostrámos os nomes dos contactos, escritos até pelos próprios funcionários, o que facilitou o diálogo. A funcionária com quem lidámos não estava. Informei que lhe havia participado em quatro telefonemas com mensagem que a) estávamos a caminho e que b) havíamos sofrido um pequeno acidente que nos impediria de agarrar o navio de sábado passado. Pois, mas águas passadas não movem moínhos. Insisti no preenchimento imediato da nova Bill of Lading, o documento principal que acompanha o contentor. Que não, que era muito cedo, só quando se soubesse da data certa para a partida do barco. Finalmente a (minha) lógica prevaleceu e encontrou-se consenso: eles não a receberiam ainda mas permitiram-me o seu preenchimento ali para nos certificarmos que na hora certa não haverá erros burocráticos. Entretanto, iriam contactar a funcionária que nos atendeu em Setembro e acederam a que o carro fosse colocado à guarda deles na próxima quinta-feira, 18 de Outubro, da parte da manhã.

Regressados a “casa”, já com bastos aguaceiros, passámos pelo Restaurante Portogalo a cumprimentar o amigo João Vieira que prontamente nos convidou para o jogo de Portugal para qualificação do Euro-2008. A ver vamos, como dizia o cego...

As dificuldades do dia não tinham modo de ser mitigadas. À noite, no hotel, falhou toda a ligação à Internet, os computadores do átrio não permitem o uso de acessórios com memória, e as fotos e textos terão de ser transferidas de um cyber-café das redondezas que nos facilite um pouco a vida. Pagando, claro. Dormiu-se, de novo, à pressa.