Aguardando que o jantar fosse servido
O Clube do Amor da Pátria da cidade de Toronto é constituído por portugueses que residem na mais conhecida cidade do Canadá, Toronto e nos seus arredores. Estes portugueses, a maioria vindos da Ilha do Pico, alguns deles há mais de três décadas, juntaram-se e fundaram esta agremiação que tem dado muito boa conta de si e não tem deixado os seus créditos por mãos alheias e disso dão conta ao reviverem as várias festas que se faziam e muitas ainda se fazem na ilha de origem. Ontem lá e hoje cá no passado dia 15 de Novembro, a Matança do Porco foi recordada com todos os rs e ss, exceptuando a «queda ou abate» do animal. Tudo o mais foi celebrado e, dentro dos possíveis, metodicamente documentado. Na quarta-feira anterior e seguindo a tradição da Ilha distante, efectuou-se o descasque e a lavagem das cebolas, dos alhos e da salsa, bem como o raspar dos inhames e das batatas doces. A quinta-feira foi escolhida para a picagem das cebolas, dos alhos e da salsa que temperaram na sexta-feira o produto que fez as morcelas que ao todo perfizeram a soma de 270, cozidas que foram, em grandes panelões antes de serem fritas nas frigideiras.
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A expectativa era grande
Este dia foi reservado à preparação dos fígados, das línguas, ao retalhamento dos toucinhos para os torresmos de sal e para os torresmos de carne. No dia de sábado a azáfama começou bem cedo para os lados da sede do Clube e todos os membros da direcção, seus ajudantes e simpatizantes deram uma demão para que no momento aprazado estivessem em cima das mesas do Salão, alugado para o efeito, as travessas com os manjares, que foram apreciados por mais de 200 pessoas. Nas travessas colocadas em cima da grande mesa corrida, encontravam-se as iguarias em travessas. Lá podíamos escolher e retirar de dentro dos recipientes, as laranjas e os limões cortados às rodelinhas para ajudar a digestão, os bocadinhos de morcela, o feijão, os torresmos de sal, os torresmos de carne, os bofes, o fígado guisado, o inhame e a batata doce. Em cima das mesas enfeitadas a rigor, já se encontrava o pão de trigo, de milho e o bolo, para ensopar os molhos que acompanharam os diversos pratos. Enquanto tudo isto se passava, havia na retaguarda um grupo de pessoas capitaneadas pela afamada cozinheira, Fernanda Macedo, a fritar torresmos e morcelas, para que as travessas estivessem sempre recheadas e o «conduto» quentinho.
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Finalmente o Jantar
A sobremesa foi da responsabilidade das senhoras da direcção e doutras pessoas que sempre colaboram nestes momentos. Durante o jantar tivemos a honra de abraçar um distinto amigo, Manuel Azevedo, que é director da revista mensal Lusitania que se publica em Vancouver – BC, tendo a deferência de nos ofertar o número de Setembro e de Outubro. A incansável D. Manuela Goulart, do alto do ambão orientou o repasto e fez os necessários avisos e rifas.
Revista Lusitania que se publica em Vancouver oferta do seu director
A diversão foi grande
O conjunto Duo Som Luso, constituído por Nelson Câmara e Carlos Borges abrilhantou com música apropriada o baile muito animado que se seguiu, tendo havido espaço também para actuar a cançonetista de voz vibrante e bem timbrada, Lindsey Câmara, uma artista com um futuro promissor e um nome a não esquecer no seio da nossa Comunidade Portuguesa. Antes das arrematações um membro do Grupo Coral das Lajes do Pico, por delegação do Maestro, Manuel Emílio Porto, ofereceu à Presidente do Clube, D. Rosa Machado, o livro 25 anos a cantar do Grupo Coral das Lajes do Pico. João Quaresma, como é hábito, foi o leiloeiro de serviço e depois de dar voz aos pregões, ainda teve fôlego para mandar uma Chamarrita.
Cozinheiros e cozinheiras
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