O último de três dias do III Clinic de Arbitragem foi, em parte, dedicado à gestão de conflitos e assertividade, um tema abordado por Nuno Corte-Real, da Faculdade de Desporto do Porto, e que prendeu a atenção dos dezoito árbitros açorianos que se preparam para dirigir os jogos de voleibol da II divisão masculina e divisão A2 feminina.
Nuno Corte-Real entende que “as sociedade evoluem com conflitos” e partindo dessa premissa o voleibol também pode conhecer uma evolução através da discussão de ideias que por vezes geram alterações as regras.
“O conflito existe quando não existe concordância em relação a uma decisão ou determinada matéria. Contudo, um árbitro confiante, conhecedor das regras, competente em termos técnicos e nas relações humanas tem maior facilidade em comunicar e pode ser assertivo na resolução de conflitos”, explicou.
O termo assertivo significa afirmar, ou seja, o árbitro afirmar-se perante determinada circunstância e tem sido dessa assertividade que têm surgido alterações às regras. Nuno Corte-Real deu como exemplo “árbitros que podem tomar decisões contra as regras, justificando-se depois e tornando essa decisão numa nova regra”.
É este crescimento qualitativo que Eduardo Elias da Silva, presidente da Associação de Voleibol de São Miguel, espera ver no futuro, considerando de “proveitoso” o trabalho realizado ao longo de três dias, a quem coube encerrar o III Clinic de Arbitragem.
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