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MATANÇA DO PORCO NO
SPORT CLUB LUSITÂNIA DE TORONTO


Carlos Morgadinho (Texto e fotos)
Adiaspora.com

 

Estamos em época das tradicionais matanças de porco e para isso muitos dos nossos clubes e associações  da comunidade portuguesa, daqui de Toronto e arredores, não deixam fugir a oportunidade de celebrar estas festas seculares e que veio com os nossos imigrantes quando deixaram as suas terras para se radicarem nestas terras de acolhimento. Assim, por todo o lado, semana a semana cá vamos assistindo a estas festas que a nossa gente quer, a toda a força, preservar e dar, ao mesmo tempo a conhecer não só aos mais novos como a outros grupos étnicos que compõem este mosaico multi-cultural que é Toronto e outras cidades do Ontário.

Os jovens em grande número também alegraram este evento tradicional dos seus pais e avós e que eles não querem perder essas raízes - O pezinho da matança nao faltou e alegrou

O palco decorado como era uso fazer-se nas terras de onde viemos - O estendal dava
um cunho tradicional

Desta fomos até ao Sport Club Lusitânia, no passado Sábado, dia 17 de Novembro de 2007, uma matança tradicional do porco bem à moda da região açoriana, mais precisamente da Ilha da Terceira. Assim, para celebrar esta efeméride, o salão nobre do popular clube Sport Club Lusitânia of Toronto, sedeado no 103 Ossington Avenue, esteva engalanado a preceito cujo menu, daquele soberbo jantar, foi totalmente preenchido pela rica gastronomia das Ilhas de Bruma onde salientamos a feijoada, torresmos, batata doce, inhames, morcelas, fígado, chouriço e muitas outras iguarias de fazer crescer água na boca ao mais exigente palato.

O jogo da sueca no palco como era costume fazer-se nas nossas casas la nas nossas origens

Mesa preparada para os visitantes junto ao palco enfeitado a preceito
para este tipo de evento - Aspecto parcial do salão

Foi pois uma noite bem participada e alegre onde se recordou, e se saboreou também, a comida que há muitos anos foi a alimentação básica dos habitantes daquela zona de Portugal mais propriamente na estação invernosa onde então as populações das ilhas ficavam isoladas pelo rigor do mau tempo, do mar encapelado e das tempestades. Era assim, com os produtos derivados destas matanças, que o povo açoriano se alimentava e sobrevivia, por muitas semanas, por vezes até aos alvores da Primavera.

Dois porcos preparados para as arrematações oferecidos por benfeitores

Esta noite foi também motivo para se dançar, pelo menos para fazer a digestão daquele excelente repasto, com um baile bem animado pela música de D.J.

O Senhor Orlando Fortuna e Maria Fernandes

E, como é da praxe, neste nosso clube, o Pezinho da Terceira teve forçosamente de estar presente com um rancho, sendo formado por diversos sócios e amigos, que enquanto dedilhavam os instrumentos de cordas, as violas e os violões, cantavam quadras improvisadas. Assim actuou no palco com a primeira parte chamada A Moda do Rancho e as outras duas O Pesinho da Matança e o Charambão.

I
A todos quero saudar
Deixamos aqui algumas quadras cantada naquela noite:
O que é isto que o meu coração sente?
A esta casa eu vim cantar
Porque mora cultura da nossa gente
II
Cantar bem, cantar bem já não importante
O que vai o que vale é a lembrança
E tens um rancho e tens um rancho à tua porta
Porque hoje, porque hoje está-se na matança
!!!
Abre a porta, abre a porta aqui à gente
Por favor seja delicado
Abra lá, abra lá senhor Presidente
Disso fico muito obrigado
!V
Estava quase, estava quase dormindo uma soneca
Pois fazias, muita demora
Olha, olha estão jogando uma sueca
Chegamos, chegamos mesmo na hora
V
Agora que o porco está partido
É hora para começar a dividir
Mas é preciso tomar sentido
Pra ver pra onde o rabo vai ir
VI
Como é, como é cabeça sózinha
Já teo o lugar destinado
Vai direita pra cozinha
Elas lá, elas lá fazem guisado
VII
O tempo vai e castiga
Quem anda sempre a pecar
Eu acho que a bexiga
Fica pro Joe do bar

E este pesinho continua com muito mais quadras acabando desta maneira:

Tudo dividido amigavelmente
Não temos mais nada pra dar
Como tem cá muita gente
o remédio é arrematar

Nossa missão está comprida
Nesta matança à moda da Terceira
Pra quem fez a comida
Seja abençoada pela Padroeira

Do fundo do coração
Com muita competências
Obrigado à Direcção
E um abraço para a assistência

Seguiram-se vários intervalos para arrematações das partes dos porcos que entretanto tinham sido já esquartejados e do bingo. Gostaríamos, mais uma vez, focar a excelente decoração do palco bem sugestivo desta festa, uma arte e dedicação de duas directoras desta clube, a Maria Fisher e Tina Rosa.

O ex presidente Artur de Freitas e família nao pode estar ausente
nesta tradicional festa terceirense


As arrematações dos suínos já esquartejados esteve bem animada

Pois mais uma vez deixamos os nossos parabéns à Direcção do Sport Cub Lusitânia of Toronto pelo sucesso na realização de outro importante evento que tem por finalidade não só de contemplar os seus sócios, familiares e amigos com um tempo de bom e salutar  convívio, mas também de preservar  e divulgar as nossas raízes tradicionais. Bem hajam e não parem nesta vossa sublime obra cultural.

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