Antero Anastácio e a Dra. Maria Amélia Paiva
Ocorreu no passado dia 12 de Novembro, no Consulado Geral de Portugal em Toronto, mais uma tarde de cultura. Desta feita o pintor plástico, Antero Anastácio, um homem das dunas e do mar, - nasceu em Peniche -, expôs pela primeira vez fora da Europa os seus quadros na sala de Almada Negreiros daquele espaço a que deu o sugestivo título de Outro Olhar. A Cônsul Geral de Portugal, Maria Amélia Paiva apadrinhou esta mostra, distribuindo sorrisos e simpatia por todos os presentes e apresentando este artista plástico que já viveu no Canadá. Depois foi a vez do Pintor, elucidar a assistência sobre cada uma das obras expostas transmitindo toda a sua criatividade e sentimento.
O Arlequim e Gil Vicente
Ele que também é fadista. Da conversa que com ele tivemos o leitor pode escutá-la à margem deste texto. respigamos algumas falas trocadas: Eu defendo muito a natureza e há dois quadros que são preparados com areia da minha terra, Peniche e, há outro em que a tela foi preparada com casca de banana cosida antes de ser pintada...Quando estou a preparar um quadro fazendo o seu esboço, outras ideias me surgem e parto para outra. Posso ao mesmo tempo ter várias telas começadas, mas nunca as acabo ao mesmo tempo. Há quadros que levaram muitos meses a concluir...Aquele da peixeira dos anos 2050, levou muito tempo e foi escolhida para servir de pano de fundo em diversos eventos que se realizaram principalmente em Albufeira no Algarve este ano. Esta é a minha primeira exposição internacional e por isso sinto-me muito satisfeito porque estou a expor num país onde vivi e dele recebo pensão de reforma e é um prazer estar aqui convosco. Eu também sou optometrista e contactologista e ao desempenhar esta profissão não me sentia totalmente realizado, porque sempre gostei muito de fazer desenhos e a pintura estava subjacente. Fui fazer uns anos a Belas Artes e depois comecei a pintar. No entanto eu considero-me um pintor autodidacta...
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Momento de Descontração saboreando as castanhas
Após a visita guiada pelos quadros foi a vez de se saborearem as castanhas e o vinho, embora com um dia de atraso, (o dia de São Martinho tinha sido no dia anterior), mas fizeram recordar a tradição do nosso país distante. Após estes momentos de descontracção foi a vez de se apreciar um momento de teatro que foi para nós uma agradável surpresa, não só pelo desempenho dos actores, mas também e principalmente, pela forma atenta como aquelas cinco dezenas de pessoas que preenchiam a Sala-Galeria Almada Negreiros, souberam estar e aplaudir os actores em cena. Dos actores distinguimos o desempenho admirável do «arlequim», Jessica Baiona, de Victor Charrua, de Lurdes Oliveira, de Cristina Taborda e da declamadora, Aida Jordão. Momentos destes são dignos de serem «badalados» na nossa comunidade portuguesa e aqui deixo as congratulações à Cônsul Geral de Portugal por mais esta iniciativa merecedora dos maiores encómios.
A Varina do Ano 2050
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