A Maior Macieira de Gatineau
Sair de Toronto e ir até outra Província aqui neste grande país das neves eternas e ainda por cima com temperaturas rondando os 20 e muitos, negativos, tem muito de aventura e de temerário, no entanto, como já tínhamos programado, empreendemos a viagem, que teve lugar na passada quinta-feira, dia 22 do corrente mês primeiro do ano e cujo destino era a Ville de Gatineau, em Quebeque, que não visitávamos há mais de um ano. Apesar do tempo agreste, as saudades dos amigos Maria e Jaime Dutra que sempre escancaram as suas portas para nos receberem de braços abertos, sobrepuseram-se à tempestade.
Cozinheiros e ajudantes almoçando
A viajem foi óptima, apesar do perigo rondar a cada metro do percurso, porque ao mínimo descuido, poder-nos-ia levar a uma indesejável derrapagem e o acidente naquelas circunstâncias poderia ser grave mas, felizmente, tudo não passou de meras suposições e chegámos a Gatineau não sem antes de passar por Otawa, a Capital do Canadá, a noite já há alguns minutos era uma realidade. Aqui estamos em contacto com um mundo diferente, mais que não seja pelo panorama desolador causado pela neve que nos fere os olhos e dá cabo da paciência. Mas como os dias eram para descansar e havia que fazê-lo e por outro lado havia as conversas para pôr em dia e também muitas fotos para ver e, uma hipotética reportagem preparada não sabíamos onde, felizmente ela aconteceu e é sobre ela que escreveremos com mais detalhe.
O casal de pescadores, Joile e Christiane
nas águas geladas do Rio Otawa
No sábado pela manhã e como havia manifestado o desejo há chegada, de ir fotografar monumentos portugueses, o casal Dutra, juntamente com minha esposa Aldora, foi-nos mostrar umas igrejas e alguns monumentos e numa delas deparou-se-nos a preparação para um jantar de festa. Tratava-se dum jantar de angariação de fundos para a Igreja de Santo Cristo em Otawa e quando dissemos ao que íamos logo nos acolheram de braços abertos, fazendo jus à amabilidade e simpatia como bons e boas portuguesas que o são e inclusivamente convidaram-nos para o almoço que decorria. Claro que declinámos o convite, porque não era esse o fim em vista da nossa visita, mas voltámos há noite para focalizar o jantar e a festa e os convivas, que teria lugar pelas 20 horas, no Salão da Igreja da Paróquia de Santo Cristo de Otawa.
Os mordomos, Maria Goretty Silveira e Filipe Oliveira
Depois fomos visitar um dos lugares sempre obrigatórios, a Flea Market, Marché Larose, onde almoçámos e cortámos o cabelo e dali seguimos para casa do amigo de infância, Francisco Machado (Chico do Tabaco) e da esposa Monique, que nos brindaram com um lauto e muito bem confeccionado jantar. Antes porém e quando nos dirigíamos para o jantar atrás citado, presenciámos a pesca que é efectuada no rio Otawa, que estava completamente coberto de água congelada. Após o jantar e a conversa amena trocada com os nossos anfitriões, voltámos a casa para nos aperaltarmos para o Baile e quando chegámos ao Salão as mesas já estavam limpas e a sobremesa aguardava-se a todo o momento que fosse servida pelos simpáticos ajudantes que se desfaziam em sorrisos e simpatia para com os comensais, esta nota é de salientar, porque noutros locais e em outras ocasiões, vimos muitos ajudantes em jantares, que pareciam que estavam ali a fazer um frete. Apesar de haver alguns convivas ainda a saborearem a galinha assada, deambulámos pelas mesas fazendo fotos e prestando esclarecimento e distribuindo os cartões de visita aos mais desconfiados que sempre os há nestas ocasiões e, explicando o porquê daquelas fotos. Infelizmente apenas houve uma mesa que declinou o convite para pousar para a foto. Se calhar neste momento já está arrependida quem tomou tal decisão, mas...quem se arrepende vai para o céu e esta seria mais uma oportunidade para os parentes ausentes, verem os seus rostos simpáticos e sorridentes.
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Mordomos, cozinheiras e ajudantes
Depois de fazermos as fotos de que necessitávamos para o bom pronuncio deste trabalho, fomos à cozinha cumprimentar os cozinheiros e ajudantes e fazermos a foto da praxe. A ementa do jantar foi: sopa de vegetais, salada, galinha assada com vegetais e batata e, arroz doce como sobremesa. As cozinheiras foram as senhoras: Isabel Raposo de S. Miguel e Ema Marinheiro de Ponte da Barca. Os Mordomos da Festa do Divino Espírito Santo 2009, - que se realizará nos dias 30 e 31 de Maio p.f., serão Maria Goretti da Silveira e Filipe Oliveira, naturais de São Jorge -, que pousaram para a nossa reportagem com a coroa do Espírito Santo e o Estandarte.
As cozinheiras, Ema Marinheiro e Isabel Raposo
Os outros mordomos são: Filomena e José Avelino da Silveira, também naturais de São Jorge; Lourdes e Lino Oliveira, ela de Santa Maria e ele, de São Jorge; Cristina e Victor Pereira, ela de São Jorge e ele, de São Miguel; Odette e Scott Newton, ela de São Jorge e ele, de Otawa; Raimunda e Jeremias Medeiros, ela de São Jorge e ele, de São Miguel; Fátima e António Serralheiro de Santa Maria. De notar que aqui quem sobressaem são os naturais de São Jorge e talvez por isso fomos recebidos da forma esfuziante e entusiasta como nos trataram, talvez, porque vizinhos, a qual desde já agradecemos reconhecidos. Depois das fotos às mesas onde se encontravam cerca de 340 convivas, - que ali foram para contribuírem com o seu óbolo e com a solidariedade que nos caracteriza, uma vez que o jantar se destinava a angariar fundos para a Igreja de Santo Cristo dos Portugueses de Otawa -, foi a vez de subir ao palco a artista de origem Micaelense, Fátima Miguel, que com a sua voz e o seu jeito peculiar de ser, animou o baile pela noite dentro.
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Interior do Templo de Nossa Senhora de Fátima em Hull
No Domingo dia do Senhor, fomos à missa como de costume, à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, adjacente ao Centro Comunitário Português, Amigos Unidos de Hull, com o casal Dutra e regressámos depois a casa onde existe a maior macieira de Gatineau onde almoçámos e após as despedidas da praxe, fizemo-nos à estrada de regresso a Toronto, não sem antes de fazermos uma paragem turística obrigatória na Capital do Canadá – Otawa, para apreciarmos o à vontade com que as pessoas patinam sobre as águas geladas do Rio do mesmo nome, atrás citado. Após algumas fotos, rumámos há 417 e regressámos a Toronto, após 4 horas de viajem sem incidentes.
Vista Panorâmica do Rio Otawa gelado e os esquiadores
Aqui quero deixar todo o meu enlevo e simpatia ao Casal Dutra, ao Casal Machado e a todos os Portugueses que nos aceitaram de braços abertos, principalmente na Festa em Otawa e na missa em Hull. A todos um Bem Hajam!
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