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Estado de Santa Catarina no Brasil é um Estado Mártir

Texto: Paulo Luís Ávila Fotos: Regis


As inundações no estado brasileiro de Santa Catarina já causaram pelo menos 109 mortos, 79 mil deslocados e 1,5 milhões de sinistrados, segundo um novo balanço difundido, este sábado, pela Protecção Civil.
O balanço foi revisto em alta após a descoberta de mais dez cadáveres e, poderá vir a aumentar porque pelo menos 19 pessoas continuam dadas como desaparecidas. As repetidas intempéries provocaram ainda fortes aluimentos de terras e inundações.
O recolher obrigatório foi decretado em algumas áreas para prevenir contra possíveis pilhagens, que se multiplicavam, mas também para impedir residentes de regressarem às suas casas face ao risco de novos desabamentos.
Os jornais brasileiros publicaram este sábado inúmeras fotografias que mostram habitantes locais, submersos até ao peito, procurando chegar a supermercados para se abastecerem de comida.

O ministério da Saúde brasileiro, que teme epidemias, instalou um hospital de campanha com capacidade para 400 pessoas no vale do Itajai, a região mais atingida e o principal pólo de produção têxtil, de cerâmica e de exportação de frangos do Brasil.
Cerca de 515 toneladas de produtos alimentares, 10 toneladas de medicamentos e 12 mil cobertores foram enviados para a região, onde ainda há zonas apenas acessíveis de helicóptero.

Esta é a notícia que a Lusa forneceu ao ciberespaço, mas temos de fazer um balanço crítico e ponderado sobre o assunto. Em primeiro lugar, é certo e sabido que muito sangue e suor lusitano dos primeiros colonos que para ali emigraram (Estado de Santa Catarina), inundou aqueles terrenos.

É para nós deveras doloroso vermos o que ali se passa, porque a quando da nossa expedição terrestre, Toronto-Canadá, a São José da Terra Firme, estado de Santa Catarina, entre 5 de Outubro e 15 de Novembro, do ano transacto, comemorando o VI Aniversário de Adiaspora.com, tivemos o grato prazer de conhecer todo esse maravilhoso estado e contactar com essa simpática e hospitaleira gente. O nosso sentimento de pesar confrange-nos neste momento e daqui enviamos as nossas condolências às famílias das vítimas na pessoa do Governador do Estado de Santa Catarina. Hoje através de vários estudos genéticos e genealógicos, sabemos que devem ser muitos os descendentes daquelas dezenas de colonos aventureiros que partiram da Ilha do Pico, do Faial e de outras Ilhas dos Açores, após o flagelo das erupções vulcânicas que destruíram povoações, nomeadamente naquelas duas citadas Ilhas e, não tendo meios, para sobreviverem, o melhor que lhes aconteceu foi meterem-se num barco à vela e demandarem terras de Vera-Cruz, hoje a grande potência Mundial que dá pelo nome de Brasil.

Todos estes desastres tem uma explicação científica e o facto provado da desmatação da Amazónia, tem contribuído para a desestabilização do clima no planeta. Como disse o Governador do Estado, não há memória de ter havido tal calamidade nos anais da história da Nação naquelas paragens.

As alterações climatéricas são um facto provado e infelizmente comprovado através de todas as alterações que tem provocado no planeta os buracos de ozono que assim desprotegem a Terra, dos raios perniciosos do Sol. Se formos até ao Alasca nos Estados Unidos da América do Norte, mais duma centena de glaciares desapareceram nos últimos cem anos, contribuindo para a subida das águas dos oceanos, não só ali, mas também em outras zonas do planeta. Será que agora o Governo Brasileiro vai controlar a desmatação da Floresta Amazónica ou as mais de cem vidas humanas que pereceram nesta calamidade, tem um preço igual a cem árvores da floresta?! Uma vida humana não tem compensação, mas a ganância humana leva hoje em dia a fazer contas e a abafar os valores morais e cívicos duma sociedade.

515 toneladas de produtos alimentares, 10 toneladas de medicamentos e 12 mil cobertores não substituem uma vida humana, quanto mais as de 120 pessoas que ali pereceram?! A partir de agora o Brasil e o mundo será talvez mais solidários e o que se passou e passa em Santa Catarina, que veio em muito afectar a cada vez mais depauperada economia mundial, não tem nada a ver com as vidas humanas que ali foram ceifadas pela morte.

Mais cem ou menos cem, nas cabeças «laureadas» de certos políticos, nem altera a votação, para eleger um qualquer Perfeito duma qualquer Vila do Interior do Estado, nem mesmo do Vale de Itajai. Agora é nossa obrigação alertar os responsáveis e se possível abrir-lhes as vistas, porque ontem foi na casa do meu vizinho e hoje pode ser na minha e, quando passa na nossa casa é outra coisa, porque dói mesmo de verdade, por isso o velho aforismo popular aqui tem cabimento: Quando vires as barbas do teu vizinho a arder,  põe as tuas de molho!
As fotos aqui expostas falam por si!...
11-12-2008

 

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