A Bandeira da Ass. Cultural do Minho
A Associação Cultural do Minho de Toronto realizou, mais uma vez, a grande festa minhota do Santoinho, no Domingo passado, dia 9, num ex-hangar do complexo aeronáutico de Downsview, no cruzamento da Dufferin e Sheppard Ave., com uma participação que ultrapassou de longe as duas mil pessoas entre sócios, simpatizantes e familiares desta bem reputada associação da nossa comunidade. Com a abertura das portas pelas 15.00 horas da tarde iniciou-se esta popular festa de tradições minhotas, o Santoinho, e que aqui em Toronto, são realizadas todos os anos graças ao trabalho e dedicação desta dinâmica Direcção e coadjuvada por dezenas de voluntários.
Os dançares do Minho
Este autêntico arraial teve o seu término bem perto da uma da madrugada nunca faltando animação e alegria onde além de um animado baile abrilhantado pelo conhecido conjunto musical Mexe-Mexe incluiu, na sua gastronomia, uma sardinhada bem à portuguesa com a deliciosa sardinha a pingar na broa além da salada e, obviamente, das bifanas.
Vista parcial do salão
Outro factor a não olvidar foi a presença do folclore regional minhoto através das actuações do grupo da casa anfitriã - a Associação Cultural do Minho - e do Rancho “A Eira”, este vindo expressamente de Newark, do Estado de New Jersey, para abrilhantar esta noite minhota. Registamos também a presença do Rancho Folclórico do Centro Cultural Português de Mississauga que, como nos habituamos há muito, envergam diferentes trajos das nossas das regiões de Portugal (Continente e Ilhas). Os “famosos” Zé Pereiras, também conhecidos por Cabeçudos, percorreram o vasto espaço desta festa ao som duma charanga e do rufar dos bombos, trazendo uma alegria contagiante levando dezenas de pessoas a entrarem neste cortejo tradicional.
No "fabrico" do Champarrião
Seguiu-se a actuação do conjunto musical “Minhotos Marotos” e das suas hilariantes cantigas ao desafio. Uns autênticos “marotinhos”, com piri-piri e tudo, que este popular grupo musical, formado em 2009 e que tem vindo a subir no estrelato do entretenimento nacional, nos proporcionou. Uma boa aposta a da Associação Cultural do Minho na escolha deste grupo de jovens minhotos com as idades oscilando entre os 9 e os 24 anos de idade, liderados por Cláudia Martins de apenas 19 anos, e que veio expressamente para dar mais animação e alegria a este arraial. Gostaríamos de focar o mais jovem dos músicos, o Jorge Ferreira, um verdadeiro “herói” de palmo-e-meio, que além de ser um excelente músico de concertina empresta a sua voz e é bastante hábil no cantar ao desafio, ou desgarrada.
Os Zé Pereiras ou cabeçudos
Resumindo foi um magnifico espectáculo que agradou totalmente os presentes e onde a cultura, a etnografia e a culinária do Minho continua a ser o “Norte” desta reputada agremiação cultural pois tudo o que “cheira” a Minho é para se manter e divulgar por estas terras do Canadá. Sempre o fizeram e continuarão neste caminho. É o seu lema.
Na desfolhada
Até os mais novos queriam entrar na malhada
Pelas 11 horas da noite foi servido um reconfortante caldo verde dando-se, de imediato, ao “fabrico” do tradicional Champarreão (um composto de vinho, cerveja e açúcar) que esteve à disposição de quantos quisessem saborear esta bebida improvisada e típica das gentes de Viana do Castelo e não só.
Os viras e chulas em destaque
As velhas tradições das tarefas no campo estiveram em destaque, como é apanágio desta agremiação cultural, e uma delas, o descascar das massarocas de milho, esteve presente com uma demonstração improvisada onde muitos dos presentes mostraram, como se fazia o debulhar, no passado, sem a maquinaria que nestes últimos quarentas anos vem, rapidamente, substituindo o trabalho braçal.
Baile sempre animado
As “Marchas Populares” (não sabemos se de Santo António ou de São João pois este último é, como se sabe, o padroeiro não só do Porto como de muitas cidades e vilas do Alto Douro e Minho), com arquinhos, arrancou com mais de uma centena de foliões desde os mais novos aos “menos” novos, percorrendo repetidamente o salão quase até à exaustão.
Os Minhotos e Marotos animaram até à exaustão
Finalizando foi a largada de centenas de coloridos balões que fez a alegria de quantos ali se encontravam, toda a gente queria um….
Depois, até ao encerrar, foi a dança bem animada pelo conjunto “Mexe-Mexe”.
Está de parabéns a Direcção da Associação Cultural do Minho de Toronto, e toda a equipa de voluntários, pelo êxito (como nos anos transactos) alcançado na preparação deste grande e conhecido festival minhoto que é uma das grandes atracões de Viana do Castelo, pelas mãos família Cunha sob a tutela de Valdemar Cunha.
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